terça-feira, 20 de dezembro de 2011

DILMA NO MERCO SUL

Países membros do Mercosul assinarão nesta terça-feira (20) um acordo de livre comércio com a Palestina. O acordo foi negociado outubro, na Cisjordânia, e será oficializado na 42ª Cúpula de Presidentes dos Estados Partes do Mercosul e Estados, realizada em Montevidéu, no Uruguai, para onde embarca nesta manhã a presidente Dilma Rousseff.
O bloco econômico – que reúne Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai – vai assinar o acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Palestina, Riadi Malki. O Mercosul assinou acordo semelhante com Israel no primeiro semestre deste ano, durante encontro dos presidentes no Paraguai. A informação é do porta-voz da Presidência da República, Rodrigo Baena.
O comunicado do Ministério das Relações Exteriores divulgado na época em que o acordo foi costurado informava que ele permitirá o acesso dos quatro países ao mercado do território palestino com tarifas reduzidas de importação. A Palestina também poderia exportar, especialmente produtos agrícolas, para a região do Cone Sul. Apesar da pequena produção local, os diplomatas brasileiros estimam um comércio potencial de US$ 200 milhões com os palestinos.
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Em relação às transações internas do bloco, o Itamaraty contabiliza que o comércio total entre os países membros do Mercosul neste ano foi de US$ 52,46 bilhões, crescimento de 20% em relação a 2010. O Mercosul prevê livre circulação de bens, serviços e fatores de produção entre Estados participantes.
Na reunião, o grupo vai ainda declarar o ano de 2012 como "Ano da Erradicação da Pobreza Extrema e da Fome no Mercosul".
Programação
A presidente Dilma deixará a base aérea de Brasília às 8h30 desta terça-feira (20) acompanhada dos ministros Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Marco Aurélio Garcia (assessor especial para assuntos internacionais).
Os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Antonio Patriota (Relações Exteriores) já estão na capital uruguaia, onde participam nesta segunda-feira (19) de um encontro preparatório, a 42ª Reunião Ordinária do Conselho do Mercado Comum.
A chegada de Dilma a Montevidéu está prevista para as 11h30. Ela deverá seguir diretamente para o Edifício Mercosul, onde o presidente do Uruguai, José Mujica, oferecerá um almoço. Às 14h, começa a reunião dos presidentes.
A presidente Dilma deverá defender maior integração entre os países membros do bloco e destacar a "necessidade de integração e articulação dos processos produtivos", segundo afirmou o porta-voz.
Às 15h30, os chefes de Estado do Mercosul e representantes de países associados – Chile, Bolívia, Equador, Colômbia, Peru e Venezuela – deverão assinar o Protocolo de Montevidéu, que atualizará o Protocolo de Ushuaia e trata do Compromisso Democrático no Mercosul, de 1998.
"O novo protocolo conterá mecanismos adicionais de intermediação e de sanção para os casos de ruptura ou de ameaça de ruptura da ordem democrática", informou o Itamaraty.
Dilma Rousseff voltará no mesmo dia a Brasília. A partida está prevista para 18h, com chegada a base aérea da capital federal às 21h.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

FIM DO MUNDO OU FRESCURA?

Vinte anos convivendo no mesmo ambiente fizeram duas araras fêmeas criarem um comportamento de casal homossexual no minizoo do Parque da Redenção, em Porto Alegre. Sempre juntas, a de penugem azul, Linda, e a vermelha, Lara, despertam a curiosidade dos visitantes: “Mulher com mulher a gente sabe que tem, mas ave eu não sabia que existia”, espanta-se Gerson Luiz Emerim, de 46 anos.

A relação entre as duas ficou mais evidente depois que Linda botou três ovos – não fertilizados por um macho – e Lara ajudou a chocá-los. As duas não abandonavam o ninho que construíram juntas por nada, durante cerca de três semanas. Apesar de o comportamento causar estranheza em alguns, a veterinária do zoo, Simone Gutkoski, explica que a proximidade dos animais faz com que eles reajam desta forma naturalmente. “Durante todo o ano elas se comunicam com vocalizações especiais, limpando as penas uma da outra. Elas vivem muito próximas”, conta.

Mas não são todos que sorriem ou fazem uma expressão de espanto quando são informados da relação entre as araras. Há os que acompanham o raciocínio da veterinária, argumentando que é um comportamento natural. “Acho normal, elas vivem tanto tempo no mesmo lugar que acaba acontecendo, é da natureza delas”, comenta Valdeir Winkelmann, 23 anos.
Araras fêmeas do Mini Zoo da Renenção, em Porto Alegre, vivem juntas há 20 anos (Foto: Tatiana Lopes/G1)Araras fêmeas do Mini Zoo da Renenção, em Porto Alegre, vivem juntas há 20 anos (Foto: Tatiana Lopes/G1)

Comportamento é comum entre animais
Para os cientistas, o comportamento não é mesmo incomum. Pesquisas das universidades de Berkeley, nos Estados Unidos, e de Saint Etienne, na França, comprovaram que a formação de aves do mesmo sexo é bem mais normal do que se imagina. Até casos envolvendo leões machos foram verificados. Na Noruega, um museu fez exposição de fotos sobre o tema em 2006.

Recentemente, os pinguins gays de Toronto, no Canadá, trouxeram o assunto à tona mais uma vez. Buddy e Pedro, no entanto, se separaram oficialmente em novembro após um deles ter encontrado uma outra cara metade, mas do sexo feminino. Na década de 1990, outro casal de pinguins machos que vivia no Central Park, em Nova York, ficou bastante conhecido. Juntos, eles adotaram um ovo fecundado, do qual nasceu Tango. Esta história rendeu até livro infantil.

“Estes comportamentos possuem várias explicações nesta grande diversidade. Neste caso das aves, é normal pelas condições de confinamento, pela indisponibilidade de parceiros de outro sexo e pelo instinto de reprodução da espécie, por isso eles acabam tendo cuidado e comportamento de casal. Mas não tem nenhuma comparação com o comportamento humano”, esclareceu a bióloga da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) Patrícia Witt.
Valdeir Winkelmann observa Linda, a arara de penugem azul (Foto: Tatiana Lopes/G1)Valdeir Winkelmann observa Linda, a arara de
penugem azul (Foto: Tatiana Lopes/G1)

Segundo Simone, outros casais gays devem se formar em breve no minizoo de Porto Alegre. Gaviões machos têm “trocado olhares”. Tucanos do sexo masculino também deram os primeiros sinais que estão cada vez mais próximos. Além deles, um pavão macho estaria paquerando outros do mesmo sexo, por não ter uma fêmea no cativeiro. “O importante é que estes animais estão felizes. Eles não estão sozinhos”, conclui a veterinária.

Durante a semana, o zoo recebe de 150 a 200 pessoas por dia. Já aos sábados e domingos, o número aumenta para mais de 2 mil visitantes. Com as araras se tornando cada vez mais conhecidas, a expectativa é que o público seja maior, principalmente em época de férias. No total, o Minizoo Palmira Gobbi abriga 80 animais.



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

RATINHO PUBLICA COM EXCLUSIVIDADE PESQUISA DO DATA FOLHA EM QUE MAIORIA OS PARAENSES VÃO DIZER NÃO À DIVISÃO DO PARÁ DOMINGO DIA 11 É 55 NELES.VEJAM NO YOU TUBE RATINHO POETA E NO SITE WWW.AMAZONNEWS.COM.BR O PORQUÊ OS SEPARATISTAS QUEREM DIVIDIR O PARÁ E COLOCAR PLACA DE VENDA NA AMAZÔNIA PARA DOLEIROS INTERNACIONAIS A SERVÍÇO DA CAPITAL E ROUBAREM NOSSA CULTURA, FAUNA FLORA E MINÉRIO.

A maior parte dos eleitores do Pará se mantém contra a criação dos estados de Carajás e Tapajós, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (9). O levantamento é o terceiro e último feito pelo instituto antes do plebiscito marcado para este domingo (11). O resultado dos dois anteriores também indicou rejeição dos paraenses à divisão do estado.

A pesquisa divulgada nesta










sexta foi encomendada pelas TVs Liberal e Tapajós, afiliadas da TV Globo no Pará, e pelo jornal "Folha de S.Paulo".

De acordo com o Datafolha, 65% dos entrevistados se disseram contrários ao desmembramento do Pará para a criação do estado de Carajás, e 64%, contrários à divisão para a criação de Tapajós, em pesquisa feita de terça (6) a quinta (8), com 1.213 eleitores em 53 cidades paraenses. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Na comparação com os levantamentos anteriores, divulgados respectivamente em 11 e 25 de novembro, a frente contra Carajás oscilou de 58% para 62% e agora registrou 65%, enquanto o "sim" foi de 33% para 31% e agora manteve os 31%. Indecisos eram 8%, passaram para 7% e agora são 4%.

No caso de Tapajós, o índice dos contrários à criação oscilou de 58% para 61% e agora está com 64%; a fatia do "sim" foi de 33% para 30% e agora está com 32%. Indecisos eram 10%, passaram para 9% e agora são 4%.

O instituto faz um alerta sobre a comparação dos números da pesquisa com o resultado da votação: "O levantamento reflete a opinião dos eleitores nesse período e não pode ser analisado como uma previsão do resultado final do plebiscito, no qual outros fatores podem interferir, tais como abstenção (no 1º turno da eleição de 2010, 21% dos aptos a votar não compareceram às urnas), desconhecimento sobre o número da opção escolhida, o feriado do servidor público - que ocorreu na quinta-feira, dia 8 de dezembro, e desdobramentos das campanhas nos dias que antecedem a votação. Dessa forma, a pesquisa não é um prognóstico numérico sobre o resultado do plebiscito. Portanto, não é possível comparar o resultado deste levantamento ao número das urnas".

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 52641/2011. O plebiscito que decidirá a divisão é restrito aos eleitores do Pará. Caso os paraenses optem pela criação dos outros dois estados, a decisão final ainda passa pelo Congresso e pela presidente Dilma Rousseff.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

CÓDIGO FLORESTAL SÓ DEVE SER VOTADO EM 2012 ALERTA RATINHO


O projeto que altera o Código Florestal, aprovado nesta terça (5) no Senado, só deverá ser votado na Câmara dos Deputados em 2012, informaram nesta quarta (6) líderes do governo e da oposição. A proposta foi aprovada na Câmara em maio, mas como foi modificada no Senado, deverá passar por nova análise dos deputados.
"É muito difícil [colocar em votação]. O projeto chegou aqui hoje e tem duas semanas [para o recesso]. O fato é que nem o Código Florestal nem a Lei Geral da Copa [projeto que flexibiliza licitação para obras da Copa] estão prontos para votar", afirmou o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), após reunião de líderes no gabinete no presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS).
Pela oposição, o líder do DEM, ACM Neto (BA), também avalia que não haverá tempo para votar o Código Florestal até o fim do ano. "O governo vai, com muita dificuldade, aprovar o Funpresp e só. O Código Florestal não vota esse ano", afirmou.
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No início da noite, por volta das 18h45, antes de entrar no plenário da Câmara, o presidente da Casa, Marco Maia, confirmou que o Código Florestal não deverá ser votado pelos deputados em 2011. "Não teremos tempo hábil para votar o Código Florestal antes do início do recesso. É difícil. Qualquer pessoa que olhar para a pauta da Câmara, olhar para as medidas provisórias e olhar para o Funpresp, vai entender que dificilmente votaremos o Código neste ano", disse.
De acordo com o vice-líder do PT, Odair Cunha (MG), a prioridade é concluir até a noite da próxima quarta (14) a votação do projeto que cria o Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público da União (Funpresp). A proposta tem como objetivo reduzir o deficit da Previdência. Pelo texto, os servidores terão aposentadoria até o teto do INSS, que atualmente é de R$ 3,6 mil, e se quiserem receber acima desse valor, deverão contribuir com o fundo complementar.
"O governo tem intenção de votar o Código Florestal, mas a prioridade é aprovar o Funpresp, Dificilmente conseguiremos votar o Código", afirmou Cunha. Para o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (PT), votar a nova lei ambiental na Câmara em 2012 é "só uma hipótese".
Ele destacou que sessão desta quarta será destinada à votação de uma PEC que transfere da União para o Distrito Federal a responsabilidade de organizar e manter a Defensoria Pública do Distrito Federal. Ainda de acordo com o líder do PT, as sessões da próxima semana, na terça (13) e na quarta (14), serão usadas para aprovar o Funprespe e votar em 2º turno a PEC da Música, que concede isenção de impostos para a produção de CDs e DVDs com obras de artistas brasileiros.
Já a última semana da Câmara antes do recesso deve ser dedicada à votação do Orçamento de 2012. "Queremos dedicar os dias 21 e 22 para sessões do Congresso para votação do Orçamento da União de 2012", afirmou o deputado Odair Cunha.
O líder do DEM, ACM Neto, disse que irá obstruir as votações na Câmara porque o presidente da Casa não assumiu o compromisso proposto pelo partido de colocar a PEC 300 em votação no início de 2012. A proposta prevê piso salarial nacional para bombeiros e policiais militares.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

PEGO PELO RABO: DILMA QUER OUVIR LUPI NA PRÓXIMA SEMANA ONDE PRESIDENTE DEVE MANTER NO QUINTAL DO PALÁCIO OU SOLTÁ-LO NA RUA APÓS BARULHOS DA SOCIEDADE QUE NÃO DORME COM TANTOS GRITOS DA MÍDIA: ESSE MESMO MINÍSTRO É QUEM DÁ OUVIDOS AO LÍDER DO PDT NA CÂMARA GIOVANE QUEIROZ QUE ENRIQUECEU ÀS CUSTAS DO PARÁ E AGORA TRAIU OS PARAENSES COM UM PLEBISCITO GOLPISTA E FACISTA PARA ENTREGAR NOSSA AMAZÔNIA AOS DOLEIROS INTERNACIONAIS E ROUBAREM NOSSO MINÉRIO E RESERVAS EXTRATIVISTAS E ECOLÓGICAS.FORA GIOVANE QUEIROZ E SEUS ARROGANTES LIDERADOS CÃES SEM DONO E TRAIDORES DO BRASIL DO PARÁ E AMAZÔNIA.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá, afirmou nesta sexta-feira (2) que a presidente Dilma Rousseff deve decidir se mantém ou demite o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, na próxima semana, após ouvir as explicações dele sobre a denúncia de que teria acumulado, durante quase cinco anos, dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos distintos - um na Câmara dos Deputados e outro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
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Segundo ele, a presidente também analisará o parecer da Comissão de Ética Pública da Presidência que recomendou a demissão do ministro e aplicou a ele uma “advertência ética”.“A Comissão de Ética fez esse relatório, tomou essa decisão. A presidenta Dilma e o governo estão analisando essa documentação e estão pedindo explicações complementares ao ministro do trabalho e, portanto, na próxima semana a posição do governo será explicitada”, disse.
Jucá afirmou que a denúncia de acúmulo de cargos causa “desconforto” e precisa ser "esclarecida". “É uma situação desconfortável, uma situação que precisa de explicações. O governo está pedindo explicações quanto a essas questões de acumulação de cargos. É um caso que precisa ser esclarecido, mas ainda é prematuro tomar qualquer posição.”
O líder do governo destacou ainda, nesta sexta, que cabe somente à presidente Dilma decidir se demite ou não Lupi. “A decisão de nomear e demitir ministros é da presidenta da República. Cabe somente a ela tomar essa decisão e é o que ela fará no momento apropriado.”
Segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, enquanto era assessor do PDT na Câmara, entre 2000 e 2055, Lupi também ocupava cargo de assessor de um vereador da legenda na Câmara Municipal do Rio, a quase 1,2 mil km da capital. O acúmulo de cargos é proibido pela legislação. Nesta quinta (1º), a presidência da Câmara determinou abertura de sindicância para apurar a denúncia.

CONTRA CORRUPÇÃO:

DEMISSÃO É A SOLUÇÃO!
O relatório aprovado pela Comissão de Ética da Presidência da República, elaborado pela conselheira Marília Muricy, afirma que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, agiu com "falta de zelo" e com “certa dose de arrogância” em relação às denúncias das quais é alvo.
O relatório foi divulgado pelo colegiado no início da noite desta quinta-feira (1º), depois de o Palácio do Planalto ter informado que a presidente Dilma Rousseff pediu à comissão que indicasse os "elementos" que justificaram a sugestão de demitir o ministro.

Na quarta-feira, o colegiado recomendou à presidente a exoneração de Lupi do cargo porque classificou como “insatisfatórias” as explicações dadas pelo ministro às diversas acusações que vêm sofrendo.
Lupi ainda não se manifestou sobre a recomendação, mas a assessoria do Ministério do Trabalho informou que ele deverá apresentar argumentos para pedir à comissão que reconsidere a decisão.
Marília Muricy afirmou, no relatório, que “é inequívoca a falta de zelo na conduta do denunciado” e destacou que, “mesmo alertado pelos órgãos de controle, não tomou medidas hábeis para evitar as ocorrências que hoje culminam como uma enxurrada de denúncias”.

A conselheira da Comissão de Ética, Marília Muricy,
durante evento sobre ética pública na Escola de
Administração Fazendária (ESAF), em Brasília
(Foto: Beto Barata / Agência Estado)
A conselheira conclui dizendo que as “inquestionáveis e graves” falhas cometidos por Lupi como gestor “não se coadunam com os preceitos éticos estabelecidos pela Alta Administração Federal”.
O documento diz que investigações da Polícia Federal, da Controladoria-Geral da União e do Tribunal de Contas da União indicam que há “muitas irregularidades” na atuação de Lupi frente ao ministério, “ainda que a sua vinculação direta com o pagamento e recebimento de propinas não haja ficado evidenciada”.
A relatora pondera, no entanto, que a falta de evidências tem “menor importância” se levadas em conta as responsabilidades de um ministro sobre as ações de sua equipe.
As denúncias provocaram, por parte do ministro, “atitude em que se misturam aparente indiferença quanto à gravidade das acusações e certa dose de arrogância frente às possíveis consequências de suas atos”.
Lupi, segundo o documento, manteve a mesma postura mesmo após a sucessão de novas denúncias, como a de uso indevido de avião particular e a de receber salário na condição de “funcionário fantasma”.

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Relatora do caso Lupi na Comissão de Ética diz que não mudará parecer
O relatório enumera os argumentos apresentados por Lupi à comissão em sua defesa. Entre eles, está a demissão de seu então chefe de gabinete, Marcelo Panella, e o afastamento do coordenador-geral de qualificação, Anderson Alexandre dos Santos.
O ministro também argumenta a seu favor que instaurou sindicância para apurar as denúncias e compareceu voluntariamente ao Congresso Nacional.

Marília Muricy, contudo, afirma que “não obstante as justificativas [...] o ministro somente solicitou apuração pelas instituições competentes após a divulgação das denúncias pela imprensa”.


INQUIETO, LUPI SE COÇA NA COMISSÃO DE ÉTICA!A presidência da Câmara dos Deputados determinou nesta quinta-feira (24) a abertura de sindicância para apurar denúncias de que o ministro do Trabalho, Carlos, Lupi, teria acumulado, durante quase cinco anos, dois cargos de assessor parlamentar em órgãos públicos distintos (Câmara dos Deputados e Câmara Municipal do Rio de Janeiro). Também será investigada denúncia de que Lupi teria sido funcionário "fantasma" da Câmara entre 2000 e 2005.
O ministro ainda não se manifestou sobre o assunto nesta quinta (1º). De acordo com a "Folha de S.Paulo", ele disse que, "caso seja comprovada irregularidade", devolverá os valores que eventualmente tenha recebido a mais. Nesta quarta (30), a Comissão de Ética Pública recomendou à presidente Dilma Rousseff a demissão do ministro. A presidente pediu à comissão que informe quais "elementos" embasaram a sugestão.
Para apurar as circunstâncias em que Lupi atuou como funcionário, a Câmara criará uma comissão de sindicância, formada por três funcionários indicados pela Diretoria-Geral. O grupo terá 60 dias para apresentar um relatório com as conclusões da investigação.
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Segundo a assessoria da presidência da Câmara, informações preliminares dão conta de que a legislação vigente quando Lupi era funcionário permitiam que o cargo ocupado por ele fosse exercido fora de Brasília, o que atualmente é proibido. No entanto, o caso será analisado de forma "criteriosa" na sindicância.
Denúncias
Segundo reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, Lupi atuou como funcionário da Câmara, lotado na liderança do PDT, entre dezembro de 2000 e junho de 2006, mas não comparecia a gabinete, em Brasília. De acordo com o jornal, ele se concentrava em atividades partidárias no Rio de Janeiro.
Ainda de acordo com o jornal, enquanto era assessor do PDT na Câmara, Lupi também ocupava o cargo de assessor de um vereador da legenda na Câmara Municipal do Rio, a quase 1,2 mil km da capital.

É SÓ QUESTÃO DE TEMPO: PDT E SUA CÚPULA TRAIDORA DO BRASIL PARÁ E AMAZÔNIA VAI CAIR DO CAVALO.

A presidente Dilma Rousseff determinou na manhã desta quinta-feira (1º) que seja enviado à Comissão de Ética Pública da Presidência um ofício com pedido de informações sobre quais "elementos subsidiaram a decisão da comissão" de recomendar a exoneração do ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
A informação foi dada pela ministra da Secretaria de Comunicação da Presidência, Helena Chagas. De acordo com Helena Chagas, Lupi também solicitou as mesmas informações e deve pedir reconsideração da decisão da Comissão de Ética.
"A Casa Civil, a pedido da presidenta da República, está mandando um ofício requisitando que seja mandado para ela o processo, ou seja, os elementos que subsidiaram, que embasaram a decisão e a sugestão [sobre a exoneração] que ela recebeu por ofício", disse Helena Chagas.
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Na quarta (30), a comissão recomendou, por unanimidade, a exoneração do ministro do Trabalho. Helena Chagas disse que Dilma recebeu a recomendação com "naturalidade",
Lupi é alvo de denúncias pelo uso supostamente irregular de um avião particular cujo aluguel teria sido pago por um dirigente de ONG que mantém contrato com o ministério.
Antes dessa denúncia, o ministro já respondia a acusações sobre a existência de um esquema de arrecadação de propinas junto a ONGs que mantêm convênios com a pasta. Os recursos obtidos seriam supostamente usados para abastecer o caixa do PDT.
A ministra Helena Chagas informou ainda que Lupi esteve no Palácio do Planalto na manhã desta quinta para conversar com a presidente.
"O ministro esteve aqui, conversou com a presidente e disse que também vai oficiar à Comissão de Ética pedindo elementos da decisão. Acho que, inclusive, a ata, degravação da reunião, todos os elementos do processo, para pedir a reconsideração. Me parece que tem dez dias para isso.”
A presidente Dilma Rousseff viaja para Caracas, na Venezuela, nesta quinta-feira e retorna no sábado.
A comissão abriu no dia 7 de outubro um procedimento em que pede esclarecimentos ao ministro sobre as denúncias. Lupi teve dez dias, desde a data em que for notificado, para se explicar.
Além de recomendar a exoneração, o grupo decidiu ainda aplicar uma "advertência ética" ao ministro. A advertência se aplica quando o servidor ainda está no cargo – quando já deixou o cargo, é "censura ética" – mas não tem efeito prático. Representa uma "mancha" no currículo do advertido.
A assessoria do Ministério do Trabalho informou que o ministro não irá se manifestar enquanto não tomar conhecimento do inteiro teor da decisão da comissão.
Segundo o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, as explicações dadas por Lupi às denúncias apresentadas na imprensa no último mês foram "insatisfatórias".
Segunda vez
Esta foi a segunda vez que a Comissão de Ética Pública recomendou a exoneração de Carlos Lupi do cargo.
Em 2007, o colegiado pediu a saída do ministro – que já estava à frente do Trabalho – ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por considerar incompatível o acúmulo da função de ministro de Estado com a de presidente nacional de um partido político. Na ocasião, Lupi presidia o PDT. Após a decisão da Comissão, ele decidiu deixar o comando da legenda.