terça-feira, 13 de setembro de 2011

POLICIAIS DA BANDA PODRE CARIOCA ACUSDOS DO ASSASSINATO DA JUÍZA QUE DENUNCIAVA CORRUPÇÃO NA CORPORAÇÃO DEPÕE LOGO MAIS


Os três policiais militares suspeitos de matar a juíza Patrícia Acioli, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, vão prestar novos esclarecimentos aos investigadores da Divisão de Homicídios (DH) na tarde desta terça- feira (13). Eles passaram a madrugada na delegacia e na segunda (12) tiveram uma conversa preliminar com os agentes. Ainda de acordo com a polícia, cerca de 90 agentes estão nas ruas para cumprir 18 mandados de busca e apreensão. Eles percorrem endereços de pessoas relacionadas aos três policiais e buscam mais provas do caso para incluir no inquérito.

Quase 700 armas apreendidas
Segundo investigadores, na segunda (12), os agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão. Eles estiveram na casa dos poliais acusados de matar a juíza e na residência de familiares. Ainda na segunda-feira, quase 700 armas, calibre 38 e 40, foram recolhidas do 7º BPM (São Gonçalo). As armas foram levadas para a DH, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, e devem ser encaminhadas ainda nesta terça para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), onde serão periciadas.

No domingo (11), a Justiça decretou a prisão temporária dos três pelo assassinato de Patrícia. Os PMs, identificados como tenente Daniel dos Santos Benitez Lopes e os cabos Sergio Costa Junior e Jefferson de Araujo Miranda já estavam presos na Unidade Especial Prisional, em Benfica, sob suspeita da morte de um jovem de 18 anos, em junho.

O caso era acompanhado pela juíza Patrícia Acioli, que horas antes de morrer pediu a prisão dos três suspeitos. Segundo as investigações, para não serem presos, eles decidiram matá-la, no entanto, eles não sabiam que as prisões já tinham sido decretadas. Segundo a polícia, os três PMs estavam vigiando os passos da juíza por pelo menos um mês antes do crime.

A juíza Patrícia Acioli foi morta com 21 tiros, no dia 12 de agosto, quando chegava em sua casa, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói. De acordo com a polícia, a magistrada sofreu uma emboscada e foi atingida por 21 tiros. A polícia mantém em sigilo as investigações do crime.

PMs achavam que não seriam presos, diz Beltrame
Em coletiva na tarde de segunda, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que os três PMs achavam que não seriam presos se matassem a magistrada: "O ideal seria que não tivesse acontecido, mas em acontecendo, nós temos a obrigação de apurar", afirmou o secretário.

De acordo com o delegado titular da Divisão de Homicídios, Felipe Ettore, o inquérito só será concluído em 30 dias, depois que a polícia descobrir de qual arma partiu o tiro que matou a juíza. "Temos a filmagem do dia do assassinato em que Patricia está sendo seguida por uma moto com duas pessoas", afirmou.

Crime contra juíza foi premeditado
Os PMs do Grupo de Ações Táticas (GAT) do batalhão de São Gonçalo são acusados também de participar do assassinato de um jovem de 18 anos no dia 3 de junho, no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana.

Na época da morte do jovem, os policiais afirmaram que agiram em legítima defesa, o que não foi comprovado pelas investigações.

Segundo Ettore, os três PMs foram ao Morro do Salgueiro ameaçar a família do jovem morto, mas não a encontraram. No dia 11 de julho, eles foram até a residência da juíza Patricia Acioli verificar o local, já pensando num possível assassinato, ainda de acordo com o delegado.

No dia do crime, eles receberam a informação da advogada deles de que a prisão seria decretada. Antes de Patricia deixar o Fórum de São Gonçalo, ela decidiu decretar a prisão do trio. Mas, segundo a polícia, os suspeitos não sabiam que a prisão já havia sido decretada. "A forma de impedir isso seria matando ela. Eles foram até o Fórum e seguiram Patricia até a porta da casa dela", disse Ettore.

De acordo com o presidente da Amaerj, Antônio César de Siqueira, no dia em que foram na casa da juíza (11 de julho), os três PMs usaram um carro do 12º BPM (Niterói) que não possui GPS.

Advogada de PMs é investigada
O presidente do TJ-RJ, Manoel Alberto Rebelo dos Santos, informou que a conduta da advogada dos PMs suspeitos está sendo investigada. "O MP vai verificar se a advogada dos criminosos colaborou no crime. A princípio, não vejo onde ela tenha errado ao comunicar aos seus clientes que a juíza pensava em decretar a prisão deles. É um crime que não tem relação com as ameaças anteriores. A expectativa dos policiais era de que se matassem a juíza, outro juiz não decretaria a prisão deles", disse Rebelo.

Para Rebelo, se Patricia ainda tivesse escolta possivelmente não impediria o crime. "A escolta previne, mas não evita. Se ela tivesse escolta ou não, esses elementos decidiram que iriam matá-la", afirmou o presidente do TJ-RJ.

JUSTÍÇA VASCULHA CASA DOS CRIMINOSOS POLICIAIS

A Justiça do Rio decretou no domingo (11) a prisão temporária de três policiais militares suspeitos de participar do assassinato da juíza Patrícia Acioli, em agosto. Os mandados de prisão foram expedidos pelo plantão judiciário de Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

Os PMs do Grupo de Ações Táticas do batalhão de São Gonçalo (GAT) já estavam presos na Unidade Prisional da PM, em Benfica, na Zona Norte do Rio. Eles são acusados também de participar do assassinato de um jovem de 18 anos em junho, no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Não há informações de quando eles foram presos.

Na época da morte do jovem, os policiais afirmaram que agiram em legítima defesa, o que não foi comprovado pelas investigações. O caso estava sendo acompanhado pela juíza que, horas antes de morrer, decretou a prisão dos três policiais e de outros cincos que estavam envolvidos no crime.

De acordo com as investigações, o três PMs suspeitos teriam tomado conhecimento da decretação da prisão e por isso teriam executado a juíza antes que as prisões fossem cumpridas.

A juíza Patrícia Acioli era conhecida por atuar com rigor contra grupos de extermínio que agem em São Gonçalo. Na lista de condenações há casos contra milícias e máfias dos combustíveis e dos transportes alternativos. Sem escolta policial desde 2007, ela foi morta no dia 12 de agosto, na porta de casa, em Piratininga, Niterói. Segundo a Divisão de Homicídio, ela foi vítima de uma emboscada e levou 21 tiros.

MP pede afastamento de 34 PMs
Na sexta-feira (9), o juiz Fábio Uchôa, em exercício na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, determinou que os advogados e defensores públicos dos policiais militares que respondem a processos de homicídio em autos de resistência se manifestassem sobre o pedido do Ministério Público estadual. No dia anterior, o MP requeriu o afastamento de 34 PMs que respondem a processos em São Gonçalo e pediu a prisão preventiva de 28 deles.

Segundo o juiz, a intimação da defesa dos envolvidos está prevista no Código do Processo Penal (CPP), que diz que ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária.

Segundo o MP, em agosto, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Manoel Alberto Rebêlo, havia informado que solicitaria a transferência de policiais do 7ª BPM (São Gonçalo) que estivessem envolvidos em processos criminais para outros batalhões. No entanto, o Ministério Público julgou que a transferência desses agentes seria pouco eficaz.

De acordo com o procurador-geral de Justiça, Claudio Lopes, todos os 34 policiais militares passaram pelo 7ª BPM, no entanto, alguns já foram transferidos para outros batalhões. A lista de 34 agentes é parcial. Outros casos continuam sendo analisados.

Policiais afastados em Niterói
No dia 25 de agosto, cinco policiais militares do 12º BPM (Niterói), que respondem por homicídio, foram afastados das ruas. Segundo a Polícia Militar, o afastamento foi determinado pelo comandante do batalhão, tenente-coronel Paulo Henrique Moraes, em cumprimento a uma decisão judicial da Patrícia Acioli, feita pouco antes de morrer. Enquanto estiverem afastados das ruas, os cinco PMs só podem fazer trabalhos administrativos, dentro do batalhão. Ainda de acordo com a PM, eles respondem por homicídio na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, onde Patrícia atuava.

Ainda em agosto, a Polícia Militar confirmou também que o comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, recebeu do Tribunal de Justiça do Rio uma lista com nomes de 91 agentes que respondem por homicídios na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. Eles respondem a ações penais que seriam julgadas pela juíza Patricia Acioli.


JUÍZA CARIOCA QUE DENUNCIAVA CORRUPÇÃO TEVE PROTEÇÃO DE 2002 À 2007 MAIS SEM SEGURANÇA, 21 TIROS ELIMINARAM UMA VIDA BRASILEIRA EM DEFESA DA HONESTIDADE NACIONAL DE NÓS BRASILEIROS INDIGNADOS COM O DESCASO.

A juíza Patrícia Acioli, que foi morta na porta de casa na madrugada desta sexta-feira (12), em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, nunca pediu escolta policial, mas, por por iniciativa do Tribunal de Justiça do Rio, teve proteção intensa de 2002 a 2007, com três policiais fazendo a sua segurança 24 horas por dia. A informação é do presidente do TJ, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos.

Segundo ele, em 2007, o Departamento de Segurança Institucional do TJ avaliou o caso e verificou que não havia mais necessidade de segurança intensa. O TJ colocou, então, apenas um policial à disposição da juíza. Foi quando, segundo ele, Patrícia optou por dispensar a proteção do Tribunal. O presidente disse ainda que é muito comum os juízes pediram para serem liberados da segurança porque ela interfere na liberdade dos magistrados.

O presidente disse ainda que, tão logo os assassinos sejam identificados, serão enviados para presídios federais fora do estado do Rio. Rebêlo informou também que está criando uma comissão de três juízes para assumir a 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. O grupo dará andamento aos processos contra as milícias e máfias de transporte ilegal.


O presidente do TJ, Manoel Alberto Rebêlo dos
Santos: "A juíza Patrícia era trabalhadora e vigorosa"
(Foto: Lilian Quaino/G1)Rebêlo explicou que a iniciativa de reduzir ou retirar a escola de um juiz "não é feita em cima da perna". Segundo ele, é resultado de um estudo minucioso, com base numa série de diligências e informações.

O presidente do TJ contou ainda que no último dia 29 de julho esteve no Fórum de Nova Iguaçu, numa visita de rotina, conversando com juízes. Ele disse que a reunião foi numa sala de audiências e Patrícia sentou-se no banco dos jurados. Ao fim da conversa, ela brincou com ele dizendo: "O senhor foi absolvido".

"Ela estava alegre e feliz, tanto que brincou comigo. Não parecia estar sob pressão ou sofrendo ameaças", disse ele, chamando Patrícia de "uma juíza trabalhadora, corajosa e vigorosa".

Manoel Alberto se disse muito triste com a morte da juíza e garantiu que o crime não vai ficar impune, assim como não ficarão impunes os crimes de máfias de jogos ilegais, transportes irregulares e milícias. O presidente do TJ afirmou que o gabinete da juíza, a sala de audiências e as câmaras do Fórum de São Gonçalo estão lacrados para investigações.

O presidente do TJ-RJ se lembrou de um episódio em que negou um habeas corpus há alguns anos, para um acusado de agiotagem que, segundo ele, já havia ameçado a juíza na época em que ela tinha escolta. Rebêlo disse que manteve a condenação de 10 anos e quatro meses de prisão. Ele informou também que não sabia se atuamente a juíza sofria alguma ameaça.

Enterro
O corpo da juíza Patrícia Acioli será enterrado às 16h30 desta sexta-feira (12) no Cemitério de Marui Grande, no bairro do Barreto, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A informação foi confirmada pelo próprio cemitério.

Segundo funcionários do cemitério, o corpo da juíza chegou ao local por volta das 11h e está sendo velado na capela do Santíssimo.

'Crime encomendado', diz primo da vítima
Patrícia Acioli era considerada uma profissional "linha dura". Para o primo da vítima, Humberto Nascimento, não há dúvidas que se trata de uma execução.

"A Patrícia recebia ameaça. Há pelo menos 5 anos ela vinha sendo ameaçada. Ela era considerada uma juíza linha dura, martelo pesado que chama, com condenação sempre na pena máxima. Ela estava assim tão despreocupada que o carro dela não é blindado, (a casa) também não tem portão eletrônico, quer dizer ela iria sair do carro de qualquer maneira para abrir. Então já era uma coisa encomendada, foi coisa de profissional", diz o primo da vítima, Humberto Nascimento.

O carro da juíza foi atingido com pelo menos 16 tiros. Foram encontrados projéteis de dois tipos de armas - pistola 40 e 45 - no veículo. Os disparos teriam sido feitos por criminosos em dois carros e duas motos. O grupo fugiu. O veículo passa por perícia na Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, que está à frente das investigações. Já o corpo de Patrícia foi levado para o Instituto Médico Legal do Rio.

Marido é ouvido
De acordo com a DH, o marido de Patrícia, que é policial militar, está depondo. Ele não estaria em casa na hora do crime, mas ajudaria com informações sobre a rotina da juíza. Uma equipe da DH foi até a 4ª Vara de São Gonçalo, onde Patricia trabalhava, enquanto outros agentes estão na casa da juíza, em Niterói.

A polícia também analisa imagens das câmeras de segurança do condomínio para onde a vítima havia se mudado havia três meses.

Patrícia era conhecida por atuar com rigor contra grupos de extermínio que agem em São Gonçalo. Na lista de condenações há casos contra milícias e máfias dos combustíveis e dos transportes alternativos.

Ameaça de morte e escolta
Familiares disseram que a vítima, de 47 anos, não tinha segurança e já tinha recebido, pelo menos, quatro ameaças de morte. Ela deixa três filhos.

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Nelson Calandra, disse que a juíza chegou a ter escolta, mas depois dispensou a proteção. "Esta juíza, ela foi ameçada, andou com escolta e depois que casou com um PM dispensou a escolta. Ela é mulher, tem 3 filhos, andar com agentes é uma situação que pode ter causado incômodo", explicou.

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, afirmou que o crime "foi uma barbaridade contra um ser humano e, sobretudo, contra a Justiça brasileira e o Estado de Direito".

Cabral pede agilidade
A assessoria do governador Sérgio Cabral informou que ele já entrou em contato com o secretário de Segurança José Mariano Beltrame e a chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, pedindo agilidade na apuração do crime.

Já Beltrame considerou o crime de extrema gravidade e informou que já mobilizou as forças de segurança do estado para esclarecer o caso.

PRESIDENTE DO TJR INTENSIFICA SEGURANÇA DA CÔRTE CARIOCA

MP CARIOCA QUER AFASTAR SUSPEITOS E O ESCÂNDALO NO ASSASSINATO DA JUÍZA CHEGA NA CORPORAÇÃO COM MAIS DE 30 AFASTADOS ATÉ DO ALTO ESCALÃO.

O Ministério Público do Rio informou nesta quinta-feira (8) que solicitou à 4ª Vara Criminal de São Gonçalo o afastamento de 34 policiais militares que respondem a processos em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. A medida foi tomada após a morte da juíza Patrícia Acioli, no dia 12 de agosto. Além do pedido de afastamento, o MP requereu a prisão preventiva de 28 dos 34 policiais.

“O Ministério Público precisava dar uma resposta à sociedade. Por isso fizemos o requerimento pelo afastamento cautelar de 34 policiais militares que respondem a processos por homicídio e formação de quadrilha. Dos 34, pedimos que 28 tenham prisão preventiva decretada”, esclareceu procurador-geral de Justiça, Claudio Lopes, em coletiva de imprensa.

Em agosto, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Manoel Alberto Rebêlo, havia informado que solicitaria a transferência de policiais do 7ª BPM (São Gonçalo) que estivessem envolvidos em processos criminais para outros batalhões. No entanto, o Ministério Público julgou que a transferência desses agentes seria pouco eficaz.

“Esperamos que a 4ª Vara acolha o pedido e afaste os policiais. É mais eficiente do que transferi-los, já que continuariam exercendo a função de agentes nas ruas”, afirmou. Todos os 34 policiais militares passaram pelo 7ª BPM, no entanto, alguns já foram transferidos para outros batalhões.

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Polícia procura bicheiro de São Gonçalo que ameaçou juíza mortaPM investiga 91 policiais suspeitos de homicídios em São GonçaloPMs envolvidos em morte de juíza podem ser expulsos, diz comandanteJuíza assassinada estava em lista de marcados para morrer, diz políciaSegundo Lopes, a lista de 34 agentes é parcial. Outros casos continuam sendo analisados. O subprocurador Antônio José Campos Moreira acredita que o Poder Judiciário vai deferir o pedido do MP.

“Houve uma avaliação criteriosa desses processos, e o Ministério Público está convicto de que o judiciário vai deferir esse pleito”, afirmou.

Policiais afastados em Niterói
No dia 25 de agosto, cinco policiais militares do 12º BPM (Niterói), que respondem por homicídio, foram afastados das ruas. Segundo a Polícia Militar, o afastamento foi determinado pelo comandante do batalhão, tenente-coronel Paulo Henrique Moraes, em cumprimento a uma decisão judicial da Patrícia Acioli, feita pouco antes de morrer. Enquanto estiverem afastados das ruas, os cinco PMs só podem fazer trabalhos administrativos, dentro do batalhão. Ainda de acordo com a PM, eles respondem por homicídio na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, onde Patrícia atuava.

Ainda em agosto, a Polícia Militar confirmou também que o comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, recebeu do Tribunal de Justiça do Rio uma lista com nomes de 91 agentes que respondem por homicídios na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. Eles respondem a ações penais que seriam julgadas pela juíza Patricia Acioli.


JUÍZA ESTAVA MARCADA PARA MORRER SEGUNDO A POLÍCIA: LEIA AQUI EM BAIXO E ENTENDA MELHOR O CASO COMO TAMBÉM ACONTECE NA AMAZÔNIA OS QUE DENUNCIAM A CORRUPÇÃO ILEGAL DE MADEIRA E OS QUE INCOMODAM CORRUPTOS.
O PRESIDENTE DA OAB NACIONAL AMAZÔNIDA DO PARÁ NOSSO AMIGO COM ORGULHO OPHIR CAVALCANTE JR, DECLARA COLOCAR NA CADEIA OS ASSASSINOS DA JUÍZA E SE SOLIDARIZA A FAMÍLIA DA MAGISTRADA CARIOCA
ASSASSINADA NA COVARDIA DOS CORRUPTOS POLICIAS DA BANDA PODRE NO RIO.




























A juíza Patrícia Acioli, assassinada na madrugada desta sexta-feira (12) na porta de casa, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, estava em uma lista de doze pessoas marcadas pra morrer, segundo investigadores. O documento foi encontrado com Wanderson da Silva Tavares, o Gordinho, acusado de ser chefe de uma milícia em São Gonçalo, preso em janeiro deste ano em Guarapari, no Espírito Santo.

De acordo com fontes da polícia, nos últimos dez anos a juíza foi responsável pela prisão de cerca de 60 policiais ligados a milícias e a grupos de extermínio.

Em setembro do ano passado, seis suspeitos, ente eles quatro policiais militares, foram presos. Segundo as investigações, todos faziam parte de um grupo envolvido no assassinato de 11 pessoas em São Gonçalo. A juíza Patricia Acioli foi quem expediu os mandados de prisão.

Ela trabalhava na quarta vara criminal de São Gonçalo. A juíza tem um histórico de condenações contra criminosos que atuam na cidade. Quadrilhas que agem na adulteração de combustíveis, no transporte alternativo entre outros crimes.

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Em uma entrevista ao Jornal O Globo, em setembro do ano passado, a juíza dizia que colecionava ameaças, mas não tinha medo de decretar prisões.

Ela declarou em um trecho da reportagem: "Não tenho medo de ameaças. Quem quer fazer algo vai e faz, não fica ameaçando. Ninguem morre antes da hora."

Mas para preservar a família, Patrícia não deixou que seu rosto fosse mostrado no jornal.

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Segundo o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, a juíza nunca pediu escolta, mas, por iniciativa do Tribunal, teve proteção intensa de 2002 a 2007, com três policiais fazendo a sua segurança 24 horas por dia.

Em 2007, o Departamento de Segurança Institucional do TJ avaliou o caso e verificou que não havia mais necessidade de segurança intensa. O tribunal colocou, então, à disposição da juíza um policial para fazer sua segurança.

Mas, segundo ele, a juíza dispensou a proteção do Tribunal. O presidente disse ainda que é muito comum os juízes pediram para serem liberados da segurança porque ela interfere na liberdade dos magistrados.

O presidente disse ainda que, tão logo os assassinos sejam identificados, serão enviados para presídios federais fora do estado do Rio. Rebêlo informou também que está criando uma comissão de três juízes para assumir a 4ª Vara Criminal de São Gonçalo. O grupo dará andamento aos processos contra as milícias e máfias de transporte ilegal.

Rebêlo explicou que a iniciativa de reduzir ou retirar a escolta de um juiz "não é feita em cima da perna". Segundo ele, é resultado de um estudo minucioso, com base numa série de diligências e informações.

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros falou sobre a escolta da juíza. "Esta juíza, ela foi ameçada, andou com escolta e depois que casou com um PM dispensou a escolta. Ela é mulher, tem 3 filhos, andar com agentes é uma situação que pode ter causado incômodo", explicou.

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, afirmou que o crime "foi uma barbaridade contra um ser humano e, sobretudo, contra a Justiça brasileira e o Estado de Direito". Ele exigiu rigorosa apuração do crime e punição dos culpados.

Enterro
O corpo da juíza Patrícia Acioli será enterrado às 16h30 desta sexta-feira (12) no Cemitério de Marui Grande, no bairro do Barreto, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. A informação foi confirmada pelo próprio cemitério. A juíza foi morta a tiros durante a madrugada, quando chegava em casa.

Segundo funcionários do cemitério, o corpo da juíza chegou ao local por volta das 11h e está sendo velado na capela do Santíssimo.

'Crime encomendado', diz primo da vítima
Patrícia Acioli era considerada uma profissional 'linha dura'. Para o primo da vítima, Humberto Nascimento, não há dúvidas que se trata de uma execução.

"A Patrícia recebia ameaça. Há pelo menos 5 anos ela vinha sendo ameaçada. Ela era considerada uma juíza linha dura, martelo pesado que chama, com condenação sempre na pena máxima. Ela estava assim tão despreocupada que o carro dela não é blindado, (a casa) também não tem portão eletrônico, quer dizer ela iria sair do carro de qualquer maneira para abrir. Então já era uma coisa encomendada, foi coisa de profissional", diz o primo da vítima, Humberto Nascimento.

O carro da juíza foi atingido com pelo menos 16 tiros. Foram encontrados projéteis de dois tipos de armas - pistola 40 e 45 - no veículo. Os disparos teriam sido feitos por criminosos em dois carros e duas motos. O grupo fugiu. O veículo passa por perícia na Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, que está à frente das investigações.

Marido é ouvido
De acordo com a DH, o marido de Patrícia, que é policial militar, está depondo. Ele não estaria em casa na hora do crime, mas ajudaria com informações sobre a rotina da juíza. Uma equipe da DH foi até a 4ª Vara de São Gonçalo, onde Patricia trabalhava, enquanto outros agentes estão na casa da juíza, em Niterói.

A polícia também analisa imagens das câmeras de segurança do condomínio para onde a vítima havia se mudado havia três meses.

Cabral pede agilidade
A assessoria do governador Sérgio Cabral informou que ele já entrou em contato com o secretário de Segurança José Mariano Beltrame e a chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, pedindo agilidade na apuração do crime.

Já Beltrame considerou o crime de extrema gravidade e informou que já mobilizou as forças de segurança do estado para esclarecer o caso.

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