Em Brasília para participar de uma homenagem do PSDB aos seus 80 anos, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso defendeu nesta quinta (30) o fim do sigilo eterno para documentos oficiais do governo. Ele argumentou que assinou a manutenção do sigilo no “último dia de mandato”, sem ter o conhecimento da questão.
“Não precisa ter sigilo eterno. Mas podem perguntar: ‘por que você fez?’. Fiz sem tomar conhecimento, no último dia de mandato, uma pilha de documentos e só vi dois anos depois. O que é isso? Mandei reconstituir para saber o que era. Agora, o presidente da República pode alterar o sigilo. Então, não vejo mais razão para sigilo”, afirmou Fernando Henrique.
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Governo desiste de manter sigilo eterno de documentos
Dilma diz que há 'confusão' no debate sobre sigilo de documentos
'Não podemos fazer o WikiLeaks da história do Brasil', diz Sarney
O ex-presidente da República fez uma visita ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), nesta manhã, antes de participar de homenagem do PSDB, e disse que irá conversar com Sarney, defensor do sigilo eterno, para convencer o colega sobre a abertura dos documentos.
“Vou falar com o presidente Sarney porque parece que ele tem posição discordante. Além do mais, vamos ser claros, com WikiLeaks e internet, o sigilo desaparece”, argumentou o ex-presidente.
‘Feridas’
Em 13 de junho, Sarney defendeu a manutenção do sigilo eterno sobre documentos oficiais históricos como forma de evitar que “feridas” fossem abertas nas relações diplomáticas do Brasil com países vizinhos.
“Defendo a abertura recente de documentos, agora, os documentos históricos que fazem parte da nossa história diplomática, da nossa história do Brasil, que tenham articulações como Rio Branco teve que fazer muitas vezes, não podemos revelar esses documentos se não vamos abrir feridas”, afirmou Sarney.
Já em 21 de junho, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que solicitou ao Planalto o prazo de dois meses para debater a questão. “O governo está avaliando. Ainda não há uma posição. A posição do governo vai depender do debate no Senado. Pedi dois meses para discutir a questão, o governo está avaliando [a concessão do prazo], mas o pedido de urgência ainda está mantido”, disse Jucá.
Sigilo de documentos
A discussão sobre documentos sigilosos tem como base um projeto enviado ao Congresso em 2009 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No ano passado, a Câmara aprovou o texto com uma mudança substancial: limitava a uma única vez a possibilidade de renovação do prazo de 25 anos de sigilo.
Com isso, documentos classificados como ultrassecretos seriam divulgados em, no máximo, 50 anos. É essa limitação que se pretende derrubar agora, abrindo possibilidade para sucessivas renovações do sigilo.
A ministra das Relações Institucionais afirmou no dia 14 de junho que o governo pretendia eliminar no Senado as mudanças realizadas pela Câmara no projeto que trata do sigilo eterno de documentos oficiais. “O projeto que está tramitando aqui [no Senado] sofreu modificações na Câmara e toda a nossa vontade é de que possamos restabelecer o projeto original, aquele que foi encaminhado ao Congresso ainda durante o governo do presidente Lula. Não gostaríamos de retirar a urgência, mas gostaríamos de poder ter o retorno da proposta original”, afirmou Ideli.
A presidente Dilma Rousseff já afirrmou que há "confusão" neste debate. Segundo ele, o objetivo é avaliar, a cada 25 anos, se documentos ultrassecretos, ligados à soberania nacional e relações internacionais, podem ser divulgados. Depois, Ideli voltou a falar sobre o tema e disse que o governo já admitia discutir o fim do sigilo mesmo para documentos ligados à soberania nacional.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
quarta-feira, 22 de junho de 2011
RATINHO PUBLICA ESCUTAS TELEFÔNICAS DA QUADRILHA PRESA EM SP COM AUTORIZAÇÃO DA JUSTÍÇA: INTEGRANTES DO PSDB TERÃO DIFICULDADES EM SE EXPLICAR NA PRÓXIMA ELEIÇÃO.
Anotações de médicos em um livro e escutas telefônicas divulgadas nesta terça-feira (21) revelam que o esquema de fraude nos plantões dos hospitais estaduais de São Paulo existia pelo menos desde 2005. Cópias do livro de controle dos plantões revelam o que acontecia no Hospital Estadual de Sorocaba, no interior.
Veja o site do Jornal da Globo
Em janeiro de 2005, uma médica reclamou que o plantão ficou aos cuidados de um residente. “Por não ter médico no pronto-socorro, deixei o plantão da enfermaria aos cuidados de uma residente. Não concordo, mas não tive escolha”, diz ela na gravação.
No mesmo mês, uma médica residente reclama de ter que cuidar dos pacientes sozinha, sem supervisão, como prevê a lei. "Venho fazer uma queixa de que não há plantonista na enfermaria. Como residente, estou sozinha, sem chefe. Um absurdo, pois na escala estava um plantonista."
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Presos 12 suspeitos de fraudes em escalas de plantões em hospitais
Fraude em plantões médicos pode envolver mais 50 pessoas, diz MP
Em grampo, coordenador de Saúde de SP admite fraudes em plantões
Em agosto, uma funcionária reclama do mesmo problema. “Não havia nenhum médico responsável na enfermaria. Acho uma situação de extrema gravidade”.
As queixas continuaram por mais três anos. Em 2008, o diretor técnico de Serviços de Saúde, Antonio Carlos Guerra, advertiu os funcionários. “Este é um livro não de dasabafos ou críticas mal definidas, peço maior cuidado nas anotações".
O Hospital Estadual de Sorocaba está no centro das denúncias que levaram à prisão de 12 pessoas na semana passada. Todas são acusadas de participar de um esquema em que médicos recebiam plantões que não faziam. No domingo (19), o secretário estadual de Esportes, o neurocirurgião Jorge Roberto Pagura, pediu demissão depois de ser citado como suspeito de participação em uma reportagem do Fantástico.
Nesta segunda-feira (20), o coordenador estadual de Serviços da Saúde, Ricardo Tardelli, também pediu demissão. Em uma escuta, ele afirmou que as fraudes aconteciam em vários hospitais.
VEJAM COM ELLES AGIAM.
A polícia prendeu, na manhã desta quinta-feira (16), 12 pessoas, entre diretores, médicos e funcionários de hospitais, suspeitos de fraudes em licitação e em escalas de plantão que ocorriam na Grande São Paulo e em Sorocaba, no interior do estado, de acordo com a polícia.
O delegado Rodrigo Ayres, do Grupo Antissequestro de Sorocaba, informou que 12 dos 13 mandados de prisão expedidos pela Justiça tinham sido cumpridos até as 11h30. Um suspeito era considerado foragido.
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Médicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudes
Além do Grupo Antissequestro, participam da operação o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e a Polícia Militar. Segundo as investigações do MP, verbas destinadas ao pagamento de plantões a servidores do Conjunto Hospitalar de Sorocaba eram desviadas para pessoas que não cumpriam suas jornadas de trabalho.
Entre os presos, está o diretor do Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Segundo as investigações, médicos conseguiam receber por plantões em dois hospitais diferentes ao mesmo tempo. A polícia diz que o esquema funcionava pelo menos desde 2008. Onze hospitais da capital paulista e de Itapevi, na Grande São Paulo, e outros dois de Sorocaba foram investigados. Pelo menos 40 pessoas devem ser indiciadas, segundo o MP.
O G1 procurou a Secretaria de Estado da Saúde, que responde pelo Conjunto Hospitalar, e aguarda um posicionamento.
Denúncia ao MP
As investigações começaram no ano passado com uma denúncia feita ao Ministério Público. Segundo a polícia, o esquema funcionava há pelo menos 3 anos. Os médicos que estavam na lista de hospitais públicos eram, na verdade, funcionários fantasmas, de acordo com a denúncia. Eles receberiam por plantões que nunca eram feitos.
Cada médico ganhava R$ 600 por plantão de 12 horas, o que dava até R$ 15 mil por mês, segundo o Ministério Público. Cerca de 300 mil pessoas teriam sido prejudicadas pelo esquema, porque deixaram de ser atendidas. A suspeita é que a fraude tenha desviado mais de R$ 2 milhões de hospitais públicos e particulares.
O diretor do Hospital Regional de Sorocaba foi detido em casa, num condomínio de luxo da cidade. A polícia cumpriu, ainda, mandados de busca e apreensão em 13 hospitais. No Leonor Mendes de Barros, um dos mais movimentados da região, os policiais interditaram o 2º andar do prédio, onde fica o setor administrativo, e recolheram computadores e documentos.
Escutas autorizadas pela Justiça divulgadas nesta terça-feira mostram conversas em que o ex-diretor do hospital de Sorocaba, Heitor Consani, aprende com outro ex-diretor a disfarçar as ausências nos plantões. Sidnei Abdalla diz para Consani justificar as faltas alegando que está atendendo fora do hospital e em outros horários.
Heitor Consani foi diretor do conjunto hospitalar até quinta-feira (18), quando foi preso. Sidnei Abdalla ocupou o mesmo cargo de 2005 até 2008.
O advogado de Heitor Consani, Alberto Toron, informou que aguarda ter acesso às informações do processo e que por enquanto seu cliente não vai se pronunciar sobre as denúncias.
SAIBA MAIS...
A Polícia Civil desarticulou na manhã desta quinta-feira (16) uma quadrilha de médicos e funcionários de hospitais públicos no estado de São Paulo suspeita de fraudes em licitação e em escalas de plantão. Segundo as investigações, médicos conseguiam receber por plantões em dois hospitais diferentes ao mesmo tempo.
Os mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos na capital e em cidades do interior. Em São Paulo, até as 8h30, foram cinco detidos. Em Sorocaba, no interior, duas pessoas foram presas, incluindo o diretor do Conjunto Hospitalar da cidade.
Segundo a polícia, o esquema funcionava pelo menos de 2008. Onze hospitais de São Paulo e outros dois de Sorocaba foram investigados.
AS FRAUDES...
A promotora responsável pela investigação do esquema de fraudes em escalas de plantões médicos que aconteciam no Hospital Regional de Sorocaba, no interior de São Paulo, disse nesta segunda-feira (20) que, além das 12 pessoas indiciadas no inquérito, mais 50 podem ter sido beneficiadas pelas irregularidades.
Após as denúncias, que foram ao ar no Fantástico deste domingo (19), o secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Jorge Roberto Pagura, pediu demissão. Na manhã desta segunda-feira, o coordenador de Serviços da Saúde de São Paulo, Ricardo Tardelli, também deixou o cargo após a divulgação de gravações feitas com autorização da Justiça. Segundo a polícia, Tardelli tinha conhecimento da fraude em hospitais. O movimento era intenso nesta segunda na delegacia do Grupo Antissequestro de Sorocaba, onde as investigações se concentram.
"Temos a investigação dividida em duas fases. Na primeira fase, que é esta em que estamos no momento, procuramos pegar os principais alvos desse esquema. Posteriormente tem uma segunda fase onde nós vamos partir para aqueles que se beneficiaram com todo esse esquema. Não está descartada a possibilidade de atingir um nível de 40 a 50 pessoas", disse Maria Aparecida Castanho, promotora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). De acordo com os promotores, dezenas de testemunhas se apresentaram espontaneamente para dar mais informações sobre o esquema.
"Há um fator extremamente positivo com relação a pessoas que sem nenhuma convocação estão vindo aqui nos prestar importantes informações", afirmou. Até a tarde dessa segunda-feira, oito pessoas permaneciam presas, três haviam sido soltas após prestar depoimento e uma conseguiu deixar a prisão após decisão judicial.
A promotora disse que os suspeitos presos estão sendo indiciados por crimes como falsificação de documentos, desvio de dinheiro público e formação de quadrilha. De acordo com a promotora, as investigações se reportam aos últimos três anos, para que não percam o foco, mas não há prazo previsto para que elas sejam concluídas. "Com três anos já está um monstro essa investigação." A lista pode ir além. "Existem outros crimes que dizem respeito à lei de licitações públicas. Existe um complexo de fatos de documentos e de provas que temos de arregimentar."
Tardelli pode ser chamado a depor em Sorocaba, segundo a promotora. "Ele é investigado. Nós vamos investigar todos os que forem apontados como possíveis autores desses crimes." Quanto a Pagura, a decisão caberá ao procurador-geral de Justiçca. "Nós vamos encaminhar os materiais que foram apreendidos aqui para o procurador-geral de Justiça e ele que vai avaliar se vai continuar ou não. Porque até agora, para nós, doutor Pagura é secretário de estado e nós não temos atribuição para investigá-lo. Quem tem é o procurador-geral."
Maria Aparecida Castanho afirmou que o fato de os médicos não baterem ponto eletrônico colaborou para o esquema de fraudes. "Era uma falha no sistema da secretaria", afirmou. "Foi importante essa colocação da secretaria, de colocar ponto eletrônico e fazer auditoria nos hospitais. Isso vai acabar levantando que não era só no regional que isso acontecia."
GOVERNADOR DO PSDB TENTA SE EXPLICAR E NÃO CONVENCE OPINIÃO PÚBLICA COM AUDITORIA...
O governador Geraldo Alckmin afirmou nesta segunda-feira (20), em São Paulo, que o governo paulista fará uma auditoria em todos os hospitais do estado. A medida foi tomada após denúncia de fraudes em escalas de plantões médicos que supostamente aconteciam em hospitais da capital paulista e do interior do estado. Após as denúncias, que foram ao ar no Fantástico deste domingo (19), o secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Jorge Roberto Pagura, pediu demissão. Nesta manhã, o coordenador de Serviços da Saúde de São Paulo, Ricardo Tardelli, também deixou o cargo após a divulgação de gravações feitas com autorização da Justiça. Segundo a polícia, Tardelli tinha conhecimento da fraude em hospitais.
Segundo a reportagem do Fantástico, foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não aconteceram só em Sorocaba, mas se espalharam por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário. Na delegacia, uma das pessoas presas nesta semana em Sorocaba negou que ele trabalhasse no hospital.
Procurado pelo Fantástico, Jorge Pagura não quis gravar entrevista. O agora ex-secretário afirmou, em nota, que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos, com verba do SUS.
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“Vamos auditar todos os nossos hospitais”, disse Alckmin. Segundo o governador, um novo interventor para o Hospital Regional de Sorocaba será designado até terça-feira (21), além de uma série de mudanças no controle de marcação de ponto de profissionais da saúde no estado.
Alckmin disse ainda que pretende implantar uma “via rápida”, como há na polícia, para que as denúncias recebidas sejam rapidamente apuradas e os envolvidos, punidos.
Alckmin participou do lançamento do Curso de Empreendedorismo do Banco do Povo Paulista, no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo. Quando questionado se Tardelli havia pedido demissão, o governador falou que haverá substituição na Coordenação de Serviços da Saúde. “Se não saiu, vai sair. Nós vamos substituir também a coordenadoria.”
Sobre o ex-secretário de Esportes, o governador afirmou que Pagura não era funcionário do estado. “Ele nunca recebeu do estado [paulista]. Não teve nenhum envolvimento com licitação, nada disso. Ele é funcionário federal do SUS, que em 2009 foi comissionado e ficou dois anos comissionado no Hospital de Sorocaba e, segundo ele [o ex-secretário], para cuidar de projetos científicos, atividades relacionadas à saúde”, informou. Segundo Alckmin o secretário-adjunto de Esporte, Lazer e Juventude, José Benedito, assumirá a pasta até que haja a nomeação do novo titular.
"HOMEM DE CONFIANÇA DE ALCKMIM" PEDE DEMISSÃO DEPOIS DO ESCÃNDALO EM SP ENVOLVENDO GRANDE ESCALÃO DO GOVERNO DO PSDB.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, aceitou na tarde deste domingo (19) o pedido de demissão do secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Jorge Roberto Pagura. Neurocirurgião de renome, ele é suspeito de receber dinheiro público da saúde sem trabalhar. Segundo nota enviada pelo governo, ele pediu demissão para facilitar os esclarecimentos dos fatos mostrados em reportagem do Fantástico deste domingo.
Veja o site do Fantástico
Procurado pelo Fantástico, Jorge Pagura não quis gravar entrevista. O agora ex-secretário afirmou, em nota, que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos, com verba do SUS.
Mais de 70 profissionais de saúde foram investigados, na capital e no interior, sob suspeita de desvio de dinheiro público. A Justiça decretou a prisão de 13 pessoas, entre elas seis médicos, dois dentistas, uma enfermeira e dois empresários. Segundo as investigações, a maioria recebia salário, mas simplesmente não aparecia para trabalhar nos plantões. Por telefone, alguns admitem a fraude, como mostram gravações autorizadas pela Justiça. “Você sabe, eu sei que, durante um período, você se beneficiou daquela história do plantão”, diz um dos envolvidos.
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Médicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudes
A investigação da polícia e do Ministério Público começou no Hospital Regional de Sorocaba, um dos principais do interior paulista. Nas escutas telefônicas, a precariedade do atendimento fica evidente. “Dois estão neste momento com fratura exposta de mão e não tem vaga no centro cirúrgico, não tem anestesista”, diz um funcionário.
Foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não acontecem só em Sorocaba e se espalham por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário. Na delegacia, uma das pessoas presas esta semana em Sorocaba negou que ele trabalhasse no hospital.
O nome do secretário surgiu durante o monitoramente do homem que foi diretor-geral do Hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro do ano passado. No dia 10 de dezembro, ele recebeu uma ligação de Jorge Roberto Pagura, que não estava sendo investigado pela polícia. O neurocirurgião assumiria a Secretaria de Esporte de São Paulo um mês depois.
O diretor propõe que Pagura assine o ponto de frequência em outro hospital. “O teu ponto está sob controle. Mas daí vamos tomar cuidado. Semana que vem vamos pôr em algum lugar mais seguro”, diz. Pagura responde “está certo”, mas aparenta preocupação.
Controles de frequência
Na quinta-feira passada, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em oito hospitais públicos: sete na capital paulista e mais o regional de Sorocaba. Doze pessoas foram presas. Uma é a ex-chefe de recursos humanos do hospital de Sorocaba. Segundo as investigações, ela sabia quem não fazia plantões e recebia propina para esconder a fraude.
É a mulher quem fala sobre o neurocirurgião Jorge Pagura em um vídeo obtido pelo Fantástico, em que nega que o médico ia trabalhar no hospital. Sexta feira, em Sorocaba, no prédio da Diretoria Regional de Saúde, a DRS, foram encontrados, escondidos num armário, os controles de frequência de Jorge Pagura. Nos documentos consta que, entre 2009 e 2010, ele deveria dar expediente no hospital de Sorocaba de segunda a sexta, das 8h ao meio-dia.
“Ele mandava a frequência para mim e eu encaminhava lá para a DRS”, diz a funcionária no vídeo. Ao ser questionada se a frequência já chegava pronta, ela balança a cabeça positivamente. A mulher contou ainda que este mês foi nomeada para trabalhar na Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude - a pasta comandada por Pagura. “Eu sou secretária. Agora eu estou na assessoria de imprensa, mas sou secretária”, disse.
Em nota, Pagura disse que ela foi nomeada para um cargo na Coordenadoria da Juventude. Mas que a nomeação está cancelada. A mulher vai responder ao processo em liberdade.
Investigação
Há um ano, policiais civis e promotores que combatem o crime organizado começaram a investigar o Hospital de Sorocaba. E descobriram que o desvio passou dos R$ 2 milhões. “Se houvesse um controle efetivo, se constataria facilmente que a carga horária desenvolvida por essas pessoas é humanamente impossível. Nós temos aqui médico com 220 horas semanais”, afirma a promotora de Justiça Maria Aparecida Castanho. A semana - incluindo sábado e domingo - tem 168 horas.
Entre os acusados, está a cirurgiã-geral Maria Helena Alberici. Em 2010, de acordo com a polícia, recebeu R$ 14 mil sem trabalhar. Já Tânia Maris de Paiva é cirurgiã-dentista e tinha um cargo importante no hospital: era responsável por apurar irregularidades. Mas uma gravação mostra que Tânia sabe que Maria Helena Alberici recebe sem aparecer no trabalho e diz o que ela tem que fazer. “Como você nunca foi no hospital, a sua cara lá não deveria aparecer em momento nenhum”, diz ela. “Eu acho, assim, como eu não sou conhecida no hospital até que não teria problema”, responde a outra mulher.
A própria Tânia Maris de Paiva é acusada de receber, em 2010, cerca de R$ 49 mil por 80 plantões, sem atender ninguém. “Eu ganhava sete pau e quatrocentos, ganhava os plantões da diretoria e um prêmio de incentivo”, disse em um telefonema. Uma funcionária que trabalha há mais de 20 anos no hospital é uma testemunha da polícia. Ela diz que nunca viu Tânia Maria. “Era frequência de assinatura. Não tinha o ponto eletrônico”, contou.
“Essas pessoas não compareciam ao local de trabalho, causando um enorme prejuízo para a sociedade”, afirma o delegado Wilson Negrão. O Hospital Regional de Sorocaba atende em média 20 mil pessoas por mês. No dia 26 de maio, uma quinta-feira, a fila era imensa do lado de fora. Muitos pacientes haviam chegado de madrugada.
O aposentado Antonio Carlos Gabilan procurou atendimento com a filha de 9 anos. “Desde o começo do ano, ela está tentando marcar consulta com dentista”, disse. Um funcionário confirma a dificuldade. “Tem consulta que demora mesmo. Neurocirurgias, só para o ano que vem agora. Falta médico, falta tudo”, disse.
A equipe do Fantástico flagrou uma cena dramática no hospital. Dona Domingas, de 56 anos, estava passando mal. “Eu nem sei se ela vai aguentar chegar lá onde faz o exame”, diz a filha dela, Elizete Gonçalves. A idosa, que tem Mal de Chagas há 35 anos, vai fazer um exame do coração. A filha diz que Domingas espera há três meses por uma consulta. Depois de quase 2 horas de espera, ela é atendida. “Eu achei a médica com muito descaso para fazer exame. Falou que é por causa de cigarro. Mas minha mãe não fuma”, disse a filha. As duas vão embora com a certeza de que a consulta não valeu de nada.
Telefonema
Um dos acusados de fraudar os plantões é Heitor Consani. Este ano, foi promovido e assumiu a direção-geral do Hospital de Sorocaba. Em um telefonema, realizado mês passado, Consani recebeu um conselho do ex-chefe dele. Antônio Carlos Nasi foi o diretor de saúde da região de Sorocaba de 2007 a fevereiro deste ano.
“Uma das coisas que talvez fosse interessante era pensar na devolução do dinheiro”, diz o ex-chefe em uma gravação autorizada pela Justiça. “Isso a gente chama de uma defesa prévia. Já fui uma vez indiciado. Procurei o promotor, fiz os cálculos e fiz a devolução do dinheiro. Sai como bom moço da história”, completa ele.
Este ano, vários médicos e dentistas acusados de receber dinheiro público irregularmente em Sorocaba passaram a trabalhar na capital paulista. O cirurgião-dentista Tarley de Barros recebeu, no ano passado, por 250 plantões, quase R$ 125 mil. Mas a investigação da polícia e do Ministério Público mostra que ele nem chegou a pisar no Hospital de Sorocaba. E que, se tivesse ido, pelo número de horas recebidas, teria atendido quase 10 mil pessoas em um ano.
Tarley de Carros trabalha num consultório nos Jardins, bairro nobre da capital paulista, a 90 quilômetros de Sorocaba. Segundo os promotores, nos horários de alguns dos supostos plantões, na verdade, ele estava na clínica particular, onde a consulta custa R$ 300. No Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - mantido pelo Ministério da Saúde - Tarley de Barros também aparece como funcionário de um hospital público: o da Vila Nova Cachoeirinha, um dos maiores da capital paulista.
Uma funcionária informou que ele atende de segunda-feira, por volta das 8h30 e 9h. Um produtor do Fantástico voltou nesse dia da semana, e Tarley de Barros chegou atrasado. Ele ficou na sala da diretoria e, 50 minutos depois, foi embora. O cirurgião-dentista deveria trabalhar 20 horas por semana nesse hospital, mas, em ligações realizadas durante a semana toda, a informação no hospital era que ele não apareceu mais.
A equipe do Fantástico foi outra vez até lá na segunda-feira, 13 de junho. Chegou por volta das 8h e ficou em um apartamento em obras bem em frente ao Hospital Vila Nova Cachoerinha, de onde havia uma visão privilegiada do estacionamento dos médicos. Até as 11h20, o dentista não havia aparecido para trabalhar. Uma funcionário confirmou a ausência dele.
“Eles migravam de um hospital para outro, sempre a mesma equipe. o que nós chamou a atenção no decorrer dessa investigação”, comenta o delegado Wilson Negrão. No Hospital Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, trabalha, pelo Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, a cirurgiã-geral Maria Helena Alberici. Ela deveria fazer 30 horas por semana, mas uma funcionária confirmou que ela não é presente por lá.
O Ministério da Saúde informou que o cadastro nacional serve para controlar o destino do dinheiro público. A Secretaria de Saúde de São Paulo informou que orienta os hospitais a manter os dados em dia. De acordo com esse cadastro do Ministério da Saúde, também trabalharia no Hospital Ipiranga a médica especialista em doenças do aparelho digestivo Vera Regina Salim. “Já vai fazer dois anos que ela não está aqui”, diz uma funcionária.
A médica tem um consultório em São Paulo. O produtor do Fantástico marca uma consulta, paga R$ 250 e puxa conversa sobre Sorocaba. Sem saber que estava sendo gravada, ela fala que não chegou a trabalhar no município. “Sorocaba eu conheço bem também porque é aqui do lado e meu marido era diretor do hospital lá”, disse. O marido dela é Ricardo Salim e foi diretor-geral do hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro passado.
O secretário de Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, disse o que pretende fazer após as denúncias. “A nossa impressão é que é uma quadrilha. Nós estabelecemos a obrigatoriedade do ponto eletrônico, que será implantada a curto prazo e também uma auditoria em relação à presença, em particular aos plantões”, afirma.
Prisões
O casal Vera Regina e Ricardo Salim foi preso na quinta-feira (16). “Ele me assegurou que todos os procedimentos adotados eram legítimos. São funcionários públicos dedicados. No caso do meu cliente e da minha cliente, são a voz que sempre prestaram bons serviços para o estado”, afirma Pedro Luiz de Oliveira, advogado do casal.
A cirurgiã-geral Maria Helena Alberici também foi para a cadeia e o advogado dela não quis se manifestar. O de Tarley de Barros disse que o cirurgião-dentista negou que ele tenha recebido dinheiro público sem trabalhar nos hospitais de Sorocaba e da Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo. “Ele pode não estar atendendo diretamente o paciente, mas está no hospital, coordenando a equipe dele de trabalho. Cumpre a jornada, tanto que ele assina o ponto. Se ele não assinar não consegue receber da secretaria”, explica o advogado Antônio Osmar Baltazar.
O diretor-geral do Hospital de Sorocaba, Heitor Consani, conseguiu um habeas corpus neste sábado (18) e foi solto. “Ele nega peremptoriamente. Eu quero ter pelo menos acesso aos autos para poder me posicionar sobre essa situação”, afirma o defensor de Consani, Alberto Zacharias Toron. Antônio Carlos Nasi também não está mais preso. A equipe do Fantástico deixou vários recados, mas ele não retornou as ligações. A dentista Tânia Maris de Paiva teve a prisão decretada e está foragida.
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Em janeiro de 2005, uma médica reclamou que o plantão ficou aos cuidados de um residente. “Por não ter médico no pronto-socorro, deixei o plantão da enfermaria aos cuidados de uma residente. Não concordo, mas não tive escolha”, diz ela na gravação.
No mesmo mês, uma médica residente reclama de ter que cuidar dos pacientes sozinha, sem supervisão, como prevê a lei. "Venho fazer uma queixa de que não há plantonista na enfermaria. Como residente, estou sozinha, sem chefe. Um absurdo, pois na escala estava um plantonista."
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Presos 12 suspeitos de fraudes em escalas de plantões em hospitais
Fraude em plantões médicos pode envolver mais 50 pessoas, diz MP
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Em agosto, uma funcionária reclama do mesmo problema. “Não havia nenhum médico responsável na enfermaria. Acho uma situação de extrema gravidade”.
As queixas continuaram por mais três anos. Em 2008, o diretor técnico de Serviços de Saúde, Antonio Carlos Guerra, advertiu os funcionários. “Este é um livro não de dasabafos ou críticas mal definidas, peço maior cuidado nas anotações".
O Hospital Estadual de Sorocaba está no centro das denúncias que levaram à prisão de 12 pessoas na semana passada. Todas são acusadas de participar de um esquema em que médicos recebiam plantões que não faziam. No domingo (19), o secretário estadual de Esportes, o neurocirurgião Jorge Roberto Pagura, pediu demissão depois de ser citado como suspeito de participação em uma reportagem do Fantástico.
Nesta segunda-feira (20), o coordenador estadual de Serviços da Saúde, Ricardo Tardelli, também pediu demissão. Em uma escuta, ele afirmou que as fraudes aconteciam em vários hospitais.
VEJAM COM ELLES AGIAM.
A polícia prendeu, na manhã desta quinta-feira (16), 12 pessoas, entre diretores, médicos e funcionários de hospitais, suspeitos de fraudes em licitação e em escalas de plantão que ocorriam na Grande São Paulo e em Sorocaba, no interior do estado, de acordo com a polícia.
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Além do Grupo Antissequestro, participam da operação o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e a Polícia Militar. Segundo as investigações do MP, verbas destinadas ao pagamento de plantões a servidores do Conjunto Hospitalar de Sorocaba eram desviadas para pessoas que não cumpriam suas jornadas de trabalho.
Entre os presos, está o diretor do Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Segundo as investigações, médicos conseguiam receber por plantões em dois hospitais diferentes ao mesmo tempo. A polícia diz que o esquema funcionava pelo menos desde 2008. Onze hospitais da capital paulista e de Itapevi, na Grande São Paulo, e outros dois de Sorocaba foram investigados. Pelo menos 40 pessoas devem ser indiciadas, segundo o MP.
O G1 procurou a Secretaria de Estado da Saúde, que responde pelo Conjunto Hospitalar, e aguarda um posicionamento.
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As investigações começaram no ano passado com uma denúncia feita ao Ministério Público. Segundo a polícia, o esquema funcionava há pelo menos 3 anos. Os médicos que estavam na lista de hospitais públicos eram, na verdade, funcionários fantasmas, de acordo com a denúncia. Eles receberiam por plantões que nunca eram feitos.
Cada médico ganhava R$ 600 por plantão de 12 horas, o que dava até R$ 15 mil por mês, segundo o Ministério Público. Cerca de 300 mil pessoas teriam sido prejudicadas pelo esquema, porque deixaram de ser atendidas. A suspeita é que a fraude tenha desviado mais de R$ 2 milhões de hospitais públicos e particulares.
O diretor do Hospital Regional de Sorocaba foi detido em casa, num condomínio de luxo da cidade. A polícia cumpriu, ainda, mandados de busca e apreensão em 13 hospitais. No Leonor Mendes de Barros, um dos mais movimentados da região, os policiais interditaram o 2º andar do prédio, onde fica o setor administrativo, e recolheram computadores e documentos.
Escutas autorizadas pela Justiça divulgadas nesta terça-feira mostram conversas em que o ex-diretor do hospital de Sorocaba, Heitor Consani, aprende com outro ex-diretor a disfarçar as ausências nos plantões. Sidnei Abdalla diz para Consani justificar as faltas alegando que está atendendo fora do hospital e em outros horários.
Heitor Consani foi diretor do conjunto hospitalar até quinta-feira (18), quando foi preso. Sidnei Abdalla ocupou o mesmo cargo de 2005 até 2008.
O advogado de Heitor Consani, Alberto Toron, informou que aguarda ter acesso às informações do processo e que por enquanto seu cliente não vai se pronunciar sobre as denúncias.
SAIBA MAIS...
A Polícia Civil desarticulou na manhã desta quinta-feira (16) uma quadrilha de médicos e funcionários de hospitais públicos no estado de São Paulo suspeita de fraudes em licitação e em escalas de plantão. Segundo as investigações, médicos conseguiam receber por plantões em dois hospitais diferentes ao mesmo tempo.
Os mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos na capital e em cidades do interior. Em São Paulo, até as 8h30, foram cinco detidos. Em Sorocaba, no interior, duas pessoas foram presas, incluindo o diretor do Conjunto Hospitalar da cidade.
Segundo a polícia, o esquema funcionava pelo menos de 2008. Onze hospitais de São Paulo e outros dois de Sorocaba foram investigados.
AS FRAUDES...
A promotora responsável pela investigação do esquema de fraudes em escalas de plantões médicos que aconteciam no Hospital Regional de Sorocaba, no interior de São Paulo, disse nesta segunda-feira (20) que, além das 12 pessoas indiciadas no inquérito, mais 50 podem ter sido beneficiadas pelas irregularidades.
Após as denúncias, que foram ao ar no Fantástico deste domingo (19), o secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Jorge Roberto Pagura, pediu demissão. Na manhã desta segunda-feira, o coordenador de Serviços da Saúde de São Paulo, Ricardo Tardelli, também deixou o cargo após a divulgação de gravações feitas com autorização da Justiça. Segundo a polícia, Tardelli tinha conhecimento da fraude em hospitais. O movimento era intenso nesta segunda na delegacia do Grupo Antissequestro de Sorocaba, onde as investigações se concentram.
"Temos a investigação dividida em duas fases. Na primeira fase, que é esta em que estamos no momento, procuramos pegar os principais alvos desse esquema. Posteriormente tem uma segunda fase onde nós vamos partir para aqueles que se beneficiaram com todo esse esquema. Não está descartada a possibilidade de atingir um nível de 40 a 50 pessoas", disse Maria Aparecida Castanho, promotora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). De acordo com os promotores, dezenas de testemunhas se apresentaram espontaneamente para dar mais informações sobre o esquema.
"Há um fator extremamente positivo com relação a pessoas que sem nenhuma convocação estão vindo aqui nos prestar importantes informações", afirmou. Até a tarde dessa segunda-feira, oito pessoas permaneciam presas, três haviam sido soltas após prestar depoimento e uma conseguiu deixar a prisão após decisão judicial.
A promotora disse que os suspeitos presos estão sendo indiciados por crimes como falsificação de documentos, desvio de dinheiro público e formação de quadrilha. De acordo com a promotora, as investigações se reportam aos últimos três anos, para que não percam o foco, mas não há prazo previsto para que elas sejam concluídas. "Com três anos já está um monstro essa investigação." A lista pode ir além. "Existem outros crimes que dizem respeito à lei de licitações públicas. Existe um complexo de fatos de documentos e de provas que temos de arregimentar."
Tardelli pode ser chamado a depor em Sorocaba, segundo a promotora. "Ele é investigado. Nós vamos investigar todos os que forem apontados como possíveis autores desses crimes." Quanto a Pagura, a decisão caberá ao procurador-geral de Justiçca. "Nós vamos encaminhar os materiais que foram apreendidos aqui para o procurador-geral de Justiça e ele que vai avaliar se vai continuar ou não. Porque até agora, para nós, doutor Pagura é secretário de estado e nós não temos atribuição para investigá-lo. Quem tem é o procurador-geral."
Maria Aparecida Castanho afirmou que o fato de os médicos não baterem ponto eletrônico colaborou para o esquema de fraudes. "Era uma falha no sistema da secretaria", afirmou. "Foi importante essa colocação da secretaria, de colocar ponto eletrônico e fazer auditoria nos hospitais. Isso vai acabar levantando que não era só no regional que isso acontecia."
GOVERNADOR DO PSDB TENTA SE EXPLICAR E NÃO CONVENCE OPINIÃO PÚBLICA COM AUDITORIA...
O governador Geraldo Alckmin afirmou nesta segunda-feira (20), em São Paulo, que o governo paulista fará uma auditoria em todos os hospitais do estado. A medida foi tomada após denúncia de fraudes em escalas de plantões médicos que supostamente aconteciam em hospitais da capital paulista e do interior do estado. Após as denúncias, que foram ao ar no Fantástico deste domingo (19), o secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Jorge Roberto Pagura, pediu demissão. Nesta manhã, o coordenador de Serviços da Saúde de São Paulo, Ricardo Tardelli, também deixou o cargo após a divulgação de gravações feitas com autorização da Justiça. Segundo a polícia, Tardelli tinha conhecimento da fraude em hospitais.
Segundo a reportagem do Fantástico, foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não aconteceram só em Sorocaba, mas se espalharam por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário. Na delegacia, uma das pessoas presas nesta semana em Sorocaba negou que ele trabalhasse no hospital.
Procurado pelo Fantástico, Jorge Pagura não quis gravar entrevista. O agora ex-secretário afirmou, em nota, que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos, com verba do SUS.
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Coordenador de Saúde de SP pede demissão após denúncia de fraude
Em grampo, coordenador de Saúde de SP admite fraudes em plantões
Alckmin aceita demissão de secretário suspeito de participação em fraude
“Vamos auditar todos os nossos hospitais”, disse Alckmin. Segundo o governador, um novo interventor para o Hospital Regional de Sorocaba será designado até terça-feira (21), além de uma série de mudanças no controle de marcação de ponto de profissionais da saúde no estado.
Alckmin disse ainda que pretende implantar uma “via rápida”, como há na polícia, para que as denúncias recebidas sejam rapidamente apuradas e os envolvidos, punidos.
Alckmin participou do lançamento do Curso de Empreendedorismo do Banco do Povo Paulista, no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo. Quando questionado se Tardelli havia pedido demissão, o governador falou que haverá substituição na Coordenação de Serviços da Saúde. “Se não saiu, vai sair. Nós vamos substituir também a coordenadoria.”
Sobre o ex-secretário de Esportes, o governador afirmou que Pagura não era funcionário do estado. “Ele nunca recebeu do estado [paulista]. Não teve nenhum envolvimento com licitação, nada disso. Ele é funcionário federal do SUS, que em 2009 foi comissionado e ficou dois anos comissionado no Hospital de Sorocaba e, segundo ele [o ex-secretário], para cuidar de projetos científicos, atividades relacionadas à saúde”, informou. Segundo Alckmin o secretário-adjunto de Esporte, Lazer e Juventude, José Benedito, assumirá a pasta até que haja a nomeação do novo titular.
"HOMEM DE CONFIANÇA DE ALCKMIM" PEDE DEMISSÃO DEPOIS DO ESCÃNDALO EM SP ENVOLVENDO GRANDE ESCALÃO DO GOVERNO DO PSDB.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, aceitou na tarde deste domingo (19) o pedido de demissão do secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Jorge Roberto Pagura. Neurocirurgião de renome, ele é suspeito de receber dinheiro público da saúde sem trabalhar. Segundo nota enviada pelo governo, ele pediu demissão para facilitar os esclarecimentos dos fatos mostrados em reportagem do Fantástico deste domingo.
Veja o site do Fantástico
Procurado pelo Fantástico, Jorge Pagura não quis gravar entrevista. O agora ex-secretário afirmou, em nota, que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos, com verba do SUS.
Mais de 70 profissionais de saúde foram investigados, na capital e no interior, sob suspeita de desvio de dinheiro público. A Justiça decretou a prisão de 13 pessoas, entre elas seis médicos, dois dentistas, uma enfermeira e dois empresários. Segundo as investigações, a maioria recebia salário, mas simplesmente não aparecia para trabalhar nos plantões. Por telefone, alguns admitem a fraude, como mostram gravações autorizadas pela Justiça. “Você sabe, eu sei que, durante um período, você se beneficiou daquela história do plantão”, diz um dos envolvidos.
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Médicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudes
A investigação da polícia e do Ministério Público começou no Hospital Regional de Sorocaba, um dos principais do interior paulista. Nas escutas telefônicas, a precariedade do atendimento fica evidente. “Dois estão neste momento com fratura exposta de mão e não tem vaga no centro cirúrgico, não tem anestesista”, diz um funcionário.
Foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não acontecem só em Sorocaba e se espalham por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário. Na delegacia, uma das pessoas presas esta semana em Sorocaba negou que ele trabalhasse no hospital.
O nome do secretário surgiu durante o monitoramente do homem que foi diretor-geral do Hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro do ano passado. No dia 10 de dezembro, ele recebeu uma ligação de Jorge Roberto Pagura, que não estava sendo investigado pela polícia. O neurocirurgião assumiria a Secretaria de Esporte de São Paulo um mês depois.
O diretor propõe que Pagura assine o ponto de frequência em outro hospital. “O teu ponto está sob controle. Mas daí vamos tomar cuidado. Semana que vem vamos pôr em algum lugar mais seguro”, diz. Pagura responde “está certo”, mas aparenta preocupação.
Controles de frequência
Na quinta-feira passada, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em oito hospitais públicos: sete na capital paulista e mais o regional de Sorocaba. Doze pessoas foram presas. Uma é a ex-chefe de recursos humanos do hospital de Sorocaba. Segundo as investigações, ela sabia quem não fazia plantões e recebia propina para esconder a fraude.
É a mulher quem fala sobre o neurocirurgião Jorge Pagura em um vídeo obtido pelo Fantástico, em que nega que o médico ia trabalhar no hospital. Sexta feira, em Sorocaba, no prédio da Diretoria Regional de Saúde, a DRS, foram encontrados, escondidos num armário, os controles de frequência de Jorge Pagura. Nos documentos consta que, entre 2009 e 2010, ele deveria dar expediente no hospital de Sorocaba de segunda a sexta, das 8h ao meio-dia.
“Ele mandava a frequência para mim e eu encaminhava lá para a DRS”, diz a funcionária no vídeo. Ao ser questionada se a frequência já chegava pronta, ela balança a cabeça positivamente. A mulher contou ainda que este mês foi nomeada para trabalhar na Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude - a pasta comandada por Pagura. “Eu sou secretária. Agora eu estou na assessoria de imprensa, mas sou secretária”, disse.
Em nota, Pagura disse que ela foi nomeada para um cargo na Coordenadoria da Juventude. Mas que a nomeação está cancelada. A mulher vai responder ao processo em liberdade.
Investigação
Há um ano, policiais civis e promotores que combatem o crime organizado começaram a investigar o Hospital de Sorocaba. E descobriram que o desvio passou dos R$ 2 milhões. “Se houvesse um controle efetivo, se constataria facilmente que a carga horária desenvolvida por essas pessoas é humanamente impossível. Nós temos aqui médico com 220 horas semanais”, afirma a promotora de Justiça Maria Aparecida Castanho. A semana - incluindo sábado e domingo - tem 168 horas.
Entre os acusados, está a cirurgiã-geral Maria Helena Alberici. Em 2010, de acordo com a polícia, recebeu R$ 14 mil sem trabalhar. Já Tânia Maris de Paiva é cirurgiã-dentista e tinha um cargo importante no hospital: era responsável por apurar irregularidades. Mas uma gravação mostra que Tânia sabe que Maria Helena Alberici recebe sem aparecer no trabalho e diz o que ela tem que fazer. “Como você nunca foi no hospital, a sua cara lá não deveria aparecer em momento nenhum”, diz ela. “Eu acho, assim, como eu não sou conhecida no hospital até que não teria problema”, responde a outra mulher.
A própria Tânia Maris de Paiva é acusada de receber, em 2010, cerca de R$ 49 mil por 80 plantões, sem atender ninguém. “Eu ganhava sete pau e quatrocentos, ganhava os plantões da diretoria e um prêmio de incentivo”, disse em um telefonema. Uma funcionária que trabalha há mais de 20 anos no hospital é uma testemunha da polícia. Ela diz que nunca viu Tânia Maria. “Era frequência de assinatura. Não tinha o ponto eletrônico”, contou.
“Essas pessoas não compareciam ao local de trabalho, causando um enorme prejuízo para a sociedade”, afirma o delegado Wilson Negrão. O Hospital Regional de Sorocaba atende em média 20 mil pessoas por mês. No dia 26 de maio, uma quinta-feira, a fila era imensa do lado de fora. Muitos pacientes haviam chegado de madrugada.
O aposentado Antonio Carlos Gabilan procurou atendimento com a filha de 9 anos. “Desde o começo do ano, ela está tentando marcar consulta com dentista”, disse. Um funcionário confirma a dificuldade. “Tem consulta que demora mesmo. Neurocirurgias, só para o ano que vem agora. Falta médico, falta tudo”, disse.
A equipe do Fantástico flagrou uma cena dramática no hospital. Dona Domingas, de 56 anos, estava passando mal. “Eu nem sei se ela vai aguentar chegar lá onde faz o exame”, diz a filha dela, Elizete Gonçalves. A idosa, que tem Mal de Chagas há 35 anos, vai fazer um exame do coração. A filha diz que Domingas espera há três meses por uma consulta. Depois de quase 2 horas de espera, ela é atendida. “Eu achei a médica com muito descaso para fazer exame. Falou que é por causa de cigarro. Mas minha mãe não fuma”, disse a filha. As duas vão embora com a certeza de que a consulta não valeu de nada.
Telefonema
Um dos acusados de fraudar os plantões é Heitor Consani. Este ano, foi promovido e assumiu a direção-geral do Hospital de Sorocaba. Em um telefonema, realizado mês passado, Consani recebeu um conselho do ex-chefe dele. Antônio Carlos Nasi foi o diretor de saúde da região de Sorocaba de 2007 a fevereiro deste ano.
“Uma das coisas que talvez fosse interessante era pensar na devolução do dinheiro”, diz o ex-chefe em uma gravação autorizada pela Justiça. “Isso a gente chama de uma defesa prévia. Já fui uma vez indiciado. Procurei o promotor, fiz os cálculos e fiz a devolução do dinheiro. Sai como bom moço da história”, completa ele.
Este ano, vários médicos e dentistas acusados de receber dinheiro público irregularmente em Sorocaba passaram a trabalhar na capital paulista. O cirurgião-dentista Tarley de Barros recebeu, no ano passado, por 250 plantões, quase R$ 125 mil. Mas a investigação da polícia e do Ministério Público mostra que ele nem chegou a pisar no Hospital de Sorocaba. E que, se tivesse ido, pelo número de horas recebidas, teria atendido quase 10 mil pessoas em um ano.
Tarley de Carros trabalha num consultório nos Jardins, bairro nobre da capital paulista, a 90 quilômetros de Sorocaba. Segundo os promotores, nos horários de alguns dos supostos plantões, na verdade, ele estava na clínica particular, onde a consulta custa R$ 300. No Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - mantido pelo Ministério da Saúde - Tarley de Barros também aparece como funcionário de um hospital público: o da Vila Nova Cachoeirinha, um dos maiores da capital paulista.
Uma funcionária informou que ele atende de segunda-feira, por volta das 8h30 e 9h. Um produtor do Fantástico voltou nesse dia da semana, e Tarley de Barros chegou atrasado. Ele ficou na sala da diretoria e, 50 minutos depois, foi embora. O cirurgião-dentista deveria trabalhar 20 horas por semana nesse hospital, mas, em ligações realizadas durante a semana toda, a informação no hospital era que ele não apareceu mais.
A equipe do Fantástico foi outra vez até lá na segunda-feira, 13 de junho. Chegou por volta das 8h e ficou em um apartamento em obras bem em frente ao Hospital Vila Nova Cachoerinha, de onde havia uma visão privilegiada do estacionamento dos médicos. Até as 11h20, o dentista não havia aparecido para trabalhar. Uma funcionário confirmou a ausência dele.
“Eles migravam de um hospital para outro, sempre a mesma equipe. o que nós chamou a atenção no decorrer dessa investigação”, comenta o delegado Wilson Negrão. No Hospital Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, trabalha, pelo Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, a cirurgiã-geral Maria Helena Alberici. Ela deveria fazer 30 horas por semana, mas uma funcionária confirmou que ela não é presente por lá.
O Ministério da Saúde informou que o cadastro nacional serve para controlar o destino do dinheiro público. A Secretaria de Saúde de São Paulo informou que orienta os hospitais a manter os dados em dia. De acordo com esse cadastro do Ministério da Saúde, também trabalharia no Hospital Ipiranga a médica especialista em doenças do aparelho digestivo Vera Regina Salim. “Já vai fazer dois anos que ela não está aqui”, diz uma funcionária.
A médica tem um consultório em São Paulo. O produtor do Fantástico marca uma consulta, paga R$ 250 e puxa conversa sobre Sorocaba. Sem saber que estava sendo gravada, ela fala que não chegou a trabalhar no município. “Sorocaba eu conheço bem também porque é aqui do lado e meu marido era diretor do hospital lá”, disse. O marido dela é Ricardo Salim e foi diretor-geral do hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro passado.
O secretário de Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, disse o que pretende fazer após as denúncias. “A nossa impressão é que é uma quadrilha. Nós estabelecemos a obrigatoriedade do ponto eletrônico, que será implantada a curto prazo e também uma auditoria em relação à presença, em particular aos plantões”, afirma.
Prisões
O casal Vera Regina e Ricardo Salim foi preso na quinta-feira (16). “Ele me assegurou que todos os procedimentos adotados eram legítimos. São funcionários públicos dedicados. No caso do meu cliente e da minha cliente, são a voz que sempre prestaram bons serviços para o estado”, afirma Pedro Luiz de Oliveira, advogado do casal.
A cirurgiã-geral Maria Helena Alberici também foi para a cadeia e o advogado dela não quis se manifestar. O de Tarley de Barros disse que o cirurgião-dentista negou que ele tenha recebido dinheiro público sem trabalhar nos hospitais de Sorocaba e da Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo. “Ele pode não estar atendendo diretamente o paciente, mas está no hospital, coordenando a equipe dele de trabalho. Cumpre a jornada, tanto que ele assina o ponto. Se ele não assinar não consegue receber da secretaria”, explica o advogado Antônio Osmar Baltazar.
O diretor-geral do Hospital de Sorocaba, Heitor Consani, conseguiu um habeas corpus neste sábado (18) e foi solto. “Ele nega peremptoriamente. Eu quero ter pelo menos acesso aos autos para poder me posicionar sobre essa situação”, afirma o defensor de Consani, Alberto Zacharias Toron. Antônio Carlos Nasi também não está mais preso. A equipe do Fantástico deixou vários recados, mas ele não retornou as ligações. A dentista Tânia Maris de Paiva teve a prisão decretada e está foragida.
terça-feira, 21 de junho de 2011
RATINHO PUBLICA FUGA DE JACARÉS NA FLORIDA NOS EUA.
Residentes da região de Hernando, no centro da Flórida, estão preocupados com a notícia de um grupo de jacarés americanos ("alligators") que fugiu de uma fazenda de criação desses répteis, noticiou nesta terça-feira (21) o canal local "WPBF".
Segundo oficiais da Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida, 17 jacarés fugiram por um buraco cavado sob a cerca da fazenda. Apenas nove deles foram recapturados.
"O último que foi pego tinha cerca de 1,60 metro", contou um morador. Os oito répteis que continuam soltos têm sido motivo de insegurança para os residentes locais.
Polícia dá tiros em jacaré de concreto após pensar que fosse de verdade
Caso ocorreu em Independence, no estado do Missouri.
Polícia notou que o réptil não era de verdade após bala ricochetear.
A Justiça condenou o dono da fazenda a pagar uma multa de US$ 500 ou passar 60 dias na cadeia por manter animais selvagens presos sem segurança.
Segundo oficiais da Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida, 17 jacarés fugiram por um buraco cavado sob a cerca da fazenda. Apenas nove deles foram recapturados.
"O último que foi pego tinha cerca de 1,60 metro", contou um morador. Os oito répteis que continuam soltos têm sido motivo de insegurança para os residentes locais.
Polícia dá tiros em jacaré de concreto após pensar que fosse de verdade
Caso ocorreu em Independence, no estado do Missouri.
Polícia notou que o réptil não era de verdade após bala ricochetear.
A Justiça condenou o dono da fazenda a pagar uma multa de US$ 500 ou passar 60 dias na cadeia por manter animais selvagens presos sem segurança.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
RATINHO PUBLICA QUADRILHA DO PSDB PRESA EM SP COM RAMIFICAÇÃO NACIONAL SEGUNDO A REDE GLOBO: CORRUPÇÃO DO GOVERNO PSDB EM SP TERIAM RAMIFICAÇÕES COM TUCANOS LIGADOS À ALCKMIN, QUE ESTAVAM NA SERRA DA ROUBALHEIRA DOS TUCANOS NACIONAIS...JÁ PENSSOU "ELLES" NA PRESIDÊNCIA??? PENSSEM ISSO!!!
O governador Geraldo Alckmin afirmou nesta segunda-feira (20), em São Paulo, que o governo paulista fará uma auditoria em todos os hospitais do estado. A medida foi tomada após denúncia de fraudes em escalas de plantões médicos que supostamente aconteciam em hospitais da capital paulista e do interior do estado. Após as denúncias, que foram ao ar no Fantástico deste domingo (19), o secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Jorge Roberto Pagura, pediu demissão. Nesta manhã, o coordenador de Serviços da Saúde de São Paulo, Ricardo Tardelli, também deixou o cargo após a divulgação de gravações feitas com autorização da Justiça. Segundo a polícia, Tardelli tinha conhecimento da fraude em hospitais.
Segundo a reportagem do Fantástico, foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não aconteceram só em Sorocaba, mas se espalharam por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário. Na delegacia, uma das pessoas presas nesta semana em Sorocaba negou que ele trabalhasse no hospital.
Procurado pelo Fantástico, Jorge Pagura não quis gravar entrevista. O agora ex-secretário afirmou, em nota, que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos, com verba do SUS.
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Coordenador de Saúde de SP pede demissão após denúncia de fraudeEm grampo, coordenador de Saúde de SP admite fraudes em plantõesAlckmin aceita demissão de secretário suspeito de participação em fraude“Vamos auditar todos os nossos hospitais”, disse Alckmin. Segundo o governador, um novo interventor para o Hospital Regional de Sorocaba será designado até terça-feira (21), além de uma série de mudanças no controle de marcação de ponto de profissionais da saúde no estado.
Alckmin disse ainda que pretende implantar uma “via rápida”, como há na polícia, para que as denúncias recebidas sejam rapidamente apuradas e os envolvidos, punidos.
Alckmin participou do lançamento do Curso de Empreendedorismo do Banco do Povo Paulista, no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo. Quando questionado se Tardelli havia pedido demissão, o governador falou que haverá substituição na Coordenação de Serviços da Saúde. “Se não saiu, vai sair. Nós vamos substituir também a coordenadoria.”
Sobre o ex-secretário de Esportes, o governador afirmou que Pagura não era funcionário do estado. “Ele nunca recebeu do estado [paulista]. Não teve nenhum envolvimento com licitação, nada disso. Ele é funcionário federal do SUS, que em 2009 foi comissionado e ficou dois anos comissionado no Hospital de Sorocaba e, segundo ele [o ex-secretário], para cuidar de projetos científicos, atividades relacionadas à saúde”, informou. Segundo Alckmin o secretário-adjunto de Esporte, Lazer e Juventude, José Benedito, assumirá a pasta até que haja a nomeação do novo titular.
Coordenador de Saúde de SP pede demissão após denúncia de fraude
Gravações autorizadas pela Justiça flagraram conversa de Ricardo Tardelli.
Ele dá a entender, em telefonema, que sabia sobre fraudes em plantões.
O coordenador de Serviços da Saúde de São Paulo, Ricardo Tardelli, pediu demissão na manhã desta segunda-feira (20), após denúncias de que ele tinha conhecimento das fraudes em escalas de plantões médicos que supostamente aconteciam em hospitais da capital paulista e do interior do estado. No fim da manhã, o secretário estadual da Saúde, Giovanni Cerri, aceitou a demissão do funcionário. Ele afirmou que deixa o cargo para facilitar as investigações. Reportagem do Fantástico no domingo mostrou o envolvimento de funcionários nas denúncias de fraudes.
Segundo a polícia, Tardelli tinha conhecimento da fraude em hospitais - segundo a denúncia, médicos recebiam por plantões que não eram realizados. Ricardo Tadelli informou, por meio da assessoria da imprensa da secretaria, que não sabia de nenhum esquema organizado de fraudes. A Secretaria da Saúde disse que será feita uma auditoria nos plantões de todos os hospitais estaduais e a implantação de pontos eletrônicos para verificar a presença.
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Em grampo, coordenador de Saúde de SP admite fraudes em plantõesAlckmin aceita demissão de secretário suspeito de participação em fraudeCremesp apura conduta de médicos presos suspeitos de plantão fantasmaMP diz que grampo flagrou médicos combinando fraude em plantãoEm uma gravação autorizada pela Justiça, Tardelli dá a entender que as fraudes não são um problema exclusivo dos hospitais de Sorocaba, no interior do estado. Segundo ele, o problema aconteceria “em todo lugar”. Setenta pessoas estão sob investigação e doze já foram presas por suspeita de participação no esquema.
Tardelli conversa, em uma gravação, com o então diretor do Hospital de Sorocaba, Ricardo Salim, sobre o suposto esquema de fraudes nos plantões médicos:
Sallim: "É a única coisa flexível que você tem e que todos têm. O resto não tem o que fazer. Então a gente tem que usar isso até para tocar o serviço."
Tardelli: "Não é uma exclusividade do conjunto do Hospital de Sorocaba. Isso tem em todo lugar. Se fizer um pente-fino vai encontrar problema."
O secretário Giovanni Guido Cerri ficou surpreso com a suspeita sobre a participação do funcionário. “Nós não recebemos informações da promotoria em relação à participação dele nesse esquema. Nós temos que aguardar informações sobre isso. Nós vamos apurar e, se houver qualquer tipo de envolvimento, nós vamos tomar as medidas necessárias”, afirmou.
Demissão de secretário
Neste domingo (19), o secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Jorge Roberto Pagura, pediu demissão do cargo ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Pagura, que é neurocirurgião, é suspeito de receber dinheiro público da saúde sem trabalhar, como mostrou uma reportagem do Fantástico. Ele será investigado pela Procuradoria Geral de Justiça.
A investigação da polícia e do Ministério Público começou no Hospital Regional de Sorocaba, um dos principais do interior. Mas foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não acontecem só em Sorocaba e se espalharam por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário.
O nome de Pagura apareceu durante o monitoramento do homem que foi diretor-geral do Hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro do ano passado. Em 10 de dezembro, ele recebeu uma ligação de Pagura, que ainda não estava sendo investigado pela polícia. O neurocirurgião assumiria a Secretaria de Esporte de São Paulo um mês depois. O diretor propõe que Pagura assine o ponto de frequência em outro hospital. Ele aceita, mas aparenta preocupação.
O ex-secretário não quis gravar entrevista. Ele afirmou em nota que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos com verba do SUS. O advogado Pedro Luiz Cunha, que defende Ricardo Salim, diretor do Hospital de Sorocaba, diz que todos os procedimentos adotados por seu cliente foram legítimos.
Em grampo, coordenador de Saúde de SP admite fraudes em plantões
Médicos são suspeitos de receber sem trabalhar em hospitais.
Secretário de Esportes pediu demissão neste domingo após denúncia.
O coordenador de Serviços da Saúde de São Paulo, Ricardo Tardelli, disse em gravação autorizada pela Justiça que as fraudes nas escalas de plantões médicos não são um problema exclusivo dos hospitais de Sorocaba, no interior do estado. Segundo ele, o problema acontece em todo lugar. Setenta pessoas estão sob investigação e doze já foram presas por suspeita de participação no esquema. Com a fraude, médicos recebiam por plantões que não eram realizados.
Nas gravações, Tardelli conversa com o então diretor do Hospital de Sorocaba, Ricardo Salim, sobre o suposto esquema de fraudes nos plantões médicos.
Sallim: "É a única coisa flexível que você tem e que todos têm. O resto não tem o que fazer. Então a gente tem que usar isso até para tocar o serviço."
Tardelli: "Não é uma exclusividade do conjunto do Hospital de Sorocaba. Isso tem em todo lugar. Se fizer um pente fino vai encontrar problema."
Segundo a polícia, Tardelli tinha conhecimento de tudo o que acontecia. Ricardo Tadelli informou, por meio da assessoria da imprensa da secretaria, que não sabia de nenhum esquema organizado de fraudes dos plantões nos hospitais.
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, nega que a pasta tenha conheciemento das fraudes. “Nós não recebemos informações da promotoria em relação à participação dele nesse esquema. Nós temos que aguardar informações sobre isso. Nós vamos apurar e se houver qualquer tipo de envolvimento nós vamos tomar as medidas necessárias”, afirmou o secretário estadual de Saúde de São Paulo.
Neste domingo (19), o secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude Jorge Roberto Pagura, pediu demissão do cargo ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, após reportagem do Fantástico. Pagura, que é neurocirurgião, é suspeito de receber dinheiro público da saúde sem trabalhar.Ele será investigado pela Procuradoria Geral de Justiça do estado.
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Ex-secretário será investigado pela Procuradoria Geral de SPAlckmin aceita demissão de secretário suspeito de participação em fraudeA investigação da polícia e do Ministério Público começou no Hospital Regional de Sorocaba, um dos principais do interior. Mas foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não acontecem só em Sorocaba e se espalharam por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário.
O nome de Pagura apareceu durante o monitoramente do homem que foi diretor-geral do Hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro do ano passado. Em 10 de dezembro, ele recebeu uma ligação de Pagura, que ainda não estava sendo investigado pela polícia. O neurocirurgião assumiria a Secretaria de Esporte de São Paulo um mês depois. O diretor propõe que Pagura assine o ponto de frequência em outro hospital. Ele aceita, mas aparenta preocupação.
O ex-secretário não quis gravar entrevista. Ele afirmou em nota que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos com verba do SUS.
Depoimentos
Nesta segunda-feira (20), a partir das 8h, o Ministério Público deve retomar os depoimentos dos presos nesta operação. Dos presos, quatro foram liberados: três por terem colaborado com a polícia e a Promotoria e um por ter habeas corpus concedido. Uma dentista é considerada foragida.
Segundo promotores, todos os detidos já foram ouvidos, mas os novos depoimentos são necessários para que algumas dúvidas sejam esclarecidas.
Ex-secretário será investigado pela Procuradoria Geral de Justiça de SP
Neurocirurgião é suspeito de receber dinheiro público sem trabalhar.
Ele nega as acusações e diz que desenvolvia projetos em hospital.
O ex-secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude Jorge Roberto Pagura, que pediu demissão do cargo ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, será investigado pela Procuradoria Geral de Justiça do estado. Neurocirurgião de renome, ele é suspeito de receber dinheiro público da saúde sem trabalhar.
Segundo nota enviada pelo governo, Pagura pediu demissão para facilitar os esclarecimentos dos fatos mostrados em reportagem do Fantástico deste domingo (19). O governador aceitou o pedido também no domingo.
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Alckmin aceita demissão de secretário suspeito de participação em fraudeCremesp apura conduta de médicos presos suspeitos de plantão fantasmaMP diz que grampo flagrou médicos combinando fraude em plantãoMédicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudesMais de 70 profissionais de saúde foram investigados na capital paulista e no interior sob suspeita de desvio de dinheiro público. A Justiça decretou a prisão de 13 pessoas, entre elas seis médicos, dois dentistas, uma enfermeira e dois empresários. Segundo a polícia, a maioria recebia salário, mas não aparecia para trabalhar nos plantões.
A investigação da polícia e do Ministério Público começou no Hospital Regional de Sorocaba, um dos principais do interior. Mas foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não acontecem só em Sorocaba e se espalharam por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário.
O nome de Pagura apareceu durante o monitoramente do homem que foi diretor-geral do Hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro do ano passado. Em 10 de dezembro, ele recebeu uma ligação de Pagura, que ainda não estava sendo investigado pela polícia. O neurocirurgião assumiria a Secretaria de Esporte de São Paulo um mês depois. O diretor propõe que Pagura assine o ponto de frequência em outro hospital. Ele aceita, mas aparenta preocupação.
O ex-secretário não quis gravar entrevista. Ele afirmou em nota que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos com verba do SUS.
Depoimentos
Nesta segunda-feira (20), a partir das 8h, o Ministério Público deve retomar os depoimentos dos presos nesta operação. Dos presos, quatro foram liberados: três por terem colaborado com a polícia e a Promotoria e um por ter habeas corpus concedido. Uma dentista é considerada foragida.
Segundo promotores, todos os detidos já foram ouvidos, mas os novos depoimentos são necessários para que algumas dúvidas sejam esclarecidas.
Alckmin aceita demissão de secretário suspeito de participação em fraude
Secretário de Esporte é médico e teria recebido sem fazer plantões.
Jorge Pagura foi flagrado em conversas telefônicas durante investigação.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, aceitou na tarde deste domingo (19) o pedido de demissão do secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Jorge Roberto Pagura. Neurocirurgião de renome, ele é suspeito de receber dinheiro público da saúde sem trabalhar. Segundo nota enviada pelo governo, ele pediu demissão para facilitar os esclarecimentos dos fatos mostrados em reportagem do Fantástico deste domingo.
Veja o site do Fantástico
Procurado pelo Fantástico, Jorge Pagura não quis gravar entrevista. O agora ex-secretário afirmou, em nota, que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos, com verba do SUS.
Mais de 70 profissionais de saúde foram investigados, na capital e no interior, sob suspeita de desvio de dinheiro público. A Justiça decretou a prisão de 13 pessoas, entre elas seis médicos, dois dentistas, uma enfermeira e dois empresários. Segundo as investigações, a maioria recebia salário, mas simplesmente não aparecia para trabalhar nos plantões. Por telefone, alguns admitem a fraude, como mostram gravações autorizadas pela Justiça. “Você sabe, eu sei que, durante um período, você se beneficiou daquela história do plantão”, diz um dos envolvidos.
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Cremesp apura conduta de médicos presos suspeitos de plantão fantasmaMP diz que grampo flagrou médicos combinando fraude em plantãoMédicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudesA investigação da polícia e do Ministério Público começou no Hospital Regional de Sorocaba, um dos principais do interior paulista. Nas escutas telefônicas, a precariedade do atendimento fica evidente. “Dois estão neste momento com fratura exposta de mão e não tem vaga no centro cirúrgico, não tem anestesista”, diz um funcionário.
Foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não acontecem só em Sorocaba e se espalham por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário. Na delegacia, uma das pessoas presas esta semana em Sorocaba negou que ele trabalhasse no hospital.
O nome do secretário surgiu durante o monitoramente do homem que foi diretor-geral do Hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro do ano passado. No dia 10 de dezembro, ele recebeu uma ligação de Jorge Roberto Pagura, que não estava sendo investigado pela polícia. O neurocirurgião assumiria a Secretaria de Esporte de São Paulo um mês depois.
O diretor propõe que Pagura assine o ponto de frequência em outro hospital. “O teu ponto está sob controle. Mas daí vamos tomar cuidado. Semana que vem vamos pôr em algum lugar mais seguro”, diz. Pagura responde “está certo”, mas aparenta preocupação.
Controles de frequência
Na quinta-feira passada, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em oito hospitais públicos: sete na capital paulista e mais o regional de Sorocaba. Doze pessoas foram presas. Uma é a ex-chefe de recursos humanos do hospital de Sorocaba. Segundo as investigações, ela sabia quem não fazia plantões e recebia propina para esconder a fraude.
É a mulher quem fala sobre o neurocirurgião Jorge Pagura em um vídeo obtido pelo Fantástico, em que nega que o médico ia trabalhar no hospital. Sexta feira, em Sorocaba, no prédio da Diretoria Regional de Saúde, a DRS, foram encontrados, escondidos num armário, os controles de frequência de Jorge Pagura. Nos documentos consta que, entre 2009 e 2010, ele deveria dar expediente no hospital de Sorocaba de segunda a sexta, das 8h ao meio-dia.
“Ele mandava a frequência para mim e eu encaminhava lá para a DRS”, diz a funcionária no vídeo. Ao ser questionada se a frequência já chegava pronta, ela balança a cabeça positivamente. A mulher contou ainda que este mês foi nomeada para trabalhar na Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude - a pasta comandada por Pagura. “Eu sou secretária. Agora eu estou na assessoria de imprensa, mas sou secretária”, disse.
Em nota, Pagura disse que ela foi nomeada para um cargo na Coordenadoria da Juventude. Mas que a nomeação está cancelada. A mulher vai responder ao processo em liberdade.
Investigação
Há um ano, policiais civis e promotores que combatem o crime organizado começaram a investigar o Hospital de Sorocaba. E descobriram que o desvio passou dos R$ 2 milhões. “Se houvesse um controle efetivo, se constataria facilmente que a carga horária desenvolvida por essas pessoas é humanamente impossível. Nós temos aqui médico com 220 horas semanais”, afirma a promotora de Justiça Maria Aparecida Castanho. A semana - incluindo sábado e domingo - tem 168 horas.
Entre os acusados, está a cirurgiã-geral Maria Helena Alberici. Em 2010, de acordo com a polícia, recebeu R$ 14 mil sem trabalhar. Já Tânia Maris de Paiva é cirurgiã-dentista e tinha um cargo importante no hospital: era responsável por apurar irregularidades. Mas uma gravação mostra que Tânia sabe que Maria Helena Alberici recebe sem aparecer no trabalho e diz o que ela tem que fazer. “Como você nunca foi no hospital, a sua cara lá não deveria aparecer em momento nenhum”, diz ela. “Eu acho, assim, como eu não sou conhecida no hospital até que não teria problema”, responde a outra mulher.
A própria Tânia Maris de Paiva é acusada de receber, em 2010, cerca de R$ 49 mil por 80 plantões, sem atender ninguém. “Eu ganhava sete pau e quatrocentos, ganhava os plantões da diretoria e um prêmio de incentivo”, disse em um telefonema. Uma funcionária que trabalha há mais de 20 anos no hospital é uma testemunha da polícia. Ela diz que nunca viu Tânia Maria. “Era frequência de assinatura. Não tinha o ponto eletrônico”, contou.
“Essas pessoas não compareciam ao local de trabalho, causando um enorme prejuízo para a sociedade”, afirma o delegado Wilson Negrão. O Hospital Regional de Sorocaba atende em média 20 mil pessoas por mês. No dia 26 de maio, uma quinta-feira, a fila era imensa do lado de fora. Muitos pacientes haviam chegado de madrugada.
O aposentado Antonio Carlos Gabilan procurou atendimento com a filha de 9 anos. “Desde o começo do ano, ela está tentando marcar consulta com dentista”, disse. Um funcionário confirma a dificuldade. “Tem consulta que demora mesmo. Neurocirurgias, só para o ano que vem agora. Falta médico, falta tudo”, disse.
A equipe do Fantástico flagrou uma cena dramática no hospital. Dona Domingas, de 56 anos, estava passando mal. “Eu nem sei se ela vai aguentar chegar lá onde faz o exame”, diz a filha dela, Elizete Gonçalves. A idosa, que tem Mal de Chagas há 35 anos, vai fazer um exame do coração. A filha diz que Domingas espera há três meses por uma consulta. Depois de quase 2 horas de espera, ela é atendida. “Eu achei a médica com muito descaso para fazer exame. Falou que é por causa de cigarro. Mas minha mãe não fuma”, disse a filha. As duas vão embora com a certeza de que a consulta não valeu de nada.
Telefonema
Um dos acusados de fraudar os plantões é Heitor Consani. Este ano, foi promovido e assumiu a direção-geral do Hospital de Sorocaba. Em um telefonema, realizado mês passado, Consani recebeu um conselho do ex-chefe dele. Antônio Carlos Nasi foi o diretor de saúde da região de Sorocaba de 2007 a fevereiro deste ano.
“Uma das coisas que talvez fosse interessante era pensar na devolução do dinheiro”, diz o ex-chefe em uma gravação autorizada pela Justiça. “Isso a gente chama de uma defesa prévia. Já fui uma vez indiciado. Procurei o promotor, fiz os cálculos e fiz a devolução do dinheiro. Sai como bom moço da história”, completa ele.
Este ano, vários médicos e dentistas acusados de receber dinheiro público irregularmente em Sorocaba passaram a trabalhar na capital paulista. O cirurgião-dentista Tarley de Barros recebeu, no ano passado, por 250 plantões, quase R$ 125 mil. Mas a investigação da polícia e do Ministério Público mostra que ele nem chegou a pisar no Hospital de Sorocaba. E que, se tivesse ido, pelo número de horas recebidas, teria atendido quase 10 mil pessoas em um ano.
Tarley de Carros trabalha num consultório nos Jardins, bairro nobre da capital paulista, a 90 quilômetros de Sorocaba. Segundo os promotores, nos horários de alguns dos supostos plantões, na verdade, ele estava na clínica particular, onde a consulta custa R$ 300. No Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - mantido pelo Ministério da Saúde - Tarley de Barros também aparece como funcionário de um hospital público: o da Vila Nova Cachoeirinha, um dos maiores da capital paulista.
Uma funcionária informou que ele atende de segunda-feira, por volta das 8h30 e 9h. Um produtor do Fantástico voltou nesse dia da semana, e Tarley de Barros chegou atrasado. Ele ficou na sala da diretoria e, 50 minutos depois, foi embora. O cirurgião-dentista deveria trabalhar 20 horas por semana nesse hospital, mas, em ligações realizadas durante a semana toda, a informação no hospital era que ele não apareceu mais.
A equipe do Fantástico foi outra vez até lá na segunda-feira, 13 de junho. Chegou por volta das 8h e ficou em um apartamento em obras bem em frente ao Hospital Vila Nova Cachoerinha, de onde havia uma visão privilegiada do estacionamento dos médicos. Até as 11h20, o dentista não havia aparecido para trabalhar. Uma funcionário confirmou a ausência dele.
“Eles migravam de um hospital para outro, sempre a mesma equipe. o que nós chamou a atenção no decorrer dessa investigação”, comenta o delegado Wilson Negrão. No Hospital Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, trabalha, pelo Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, a cirurgiã-geral Maria Helena Alberici. Ela deveria fazer 30 horas por semana, mas uma funcionária confirmou que ela não é presente por lá.
O Ministério da Saúde informou que o cadastro nacional serve para controlar o destino do dinheiro público. A Secretaria de Saúde de São Paulo informou que orienta os hospitais a manter os dados em dia. De acordo com esse cadastro do Ministério da Saúde, também trabalharia no Hospital Ipiranga a médica especialista em doenças do aparelho digestivo Vera Regina Salim. “Já vai fazer dois anos que ela não está aqui”, diz uma funcionária.
A médica tem um consultório em São Paulo. O produtor do Fantástico marca uma consulta, paga R$ 250 e puxa conversa sobre Sorocaba. Sem saber que estava sendo gravada, ela fala que não chegou a trabalhar no município. “Sorocaba eu conheço bem também porque é aqui do lado e meu marido era diretor do hospital lá”, disse. O marido dela é Ricardo Salim e foi diretor-geral do hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro passado.
O secretário de Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, disse o que pretende fazer após as denúncias. “A nossa impressão é que é uma quadrilha. Nós estabelecemos a obrigatoriedade do ponto eletrônico, que será implantada a curto prazo e também uma auditoria em relação à presença, em particular aos plantões”, afirma.
Prisões
O casal Vera Regina e Ricardo Salim foi preso na quinta-feira (16). “Ele me assegurou que todos os procedimentos adotados eram legítimos. São funcionários públicos dedicados. No caso do meu cliente e da minha cliente, são a voz que sempre prestaram bons serviços para o estado”, afirma Pedro Luiz de Oliveira, advogado do casal.
A cirurgiã-geral Maria Helena Alberici também foi para a cadeia e o advogado dela não quis se manifestar. O de Tarley de Barros disse que o cirurgião-dentista negou que ele tenha recebido dinheiro público sem trabalhar nos hospitais de Sorocaba e da Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo. “Ele pode não estar atendendo diretamente o paciente, mas está no hospital, coordenando a equipe dele de trabalho. Cumpre a jornada, tanto que ele assina o ponto. Se ele não assinar não consegue receber da secretaria”, explica o advogado Antônio Osmar Baltazar.
O diretor-geral do Hospital de Sorocaba, Heitor Consani, conseguiu um habeas corpus neste sábado (18) e foi solto. “Ele nega peremptoriamente. Eu quero ter pelo menos acesso aos autos para poder me posicionar sobre essa situação”, afirma o defensor de Consani, Alberto Zacharias Toron. Antônio Carlos Nasi também não está mais preso. A equipe do Fantástico deixou vários recados, mas ele não retornou as ligações. A dentista Tânia Maris de Paiva teve a prisão decretada e está foragida.
Cremesp apura conduta de médicos presos suspeitos de plantão fantasma
Conselho de Medicina quer saber se eles ganharam dinheiro sem trabalhar.
Enfermeiros e dentistas foram presos por fraude em hospital de Sorocaba.
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) apura a conduta dos médicos presos na quinta-feira (16) pelas polícias Civil e Militar por suspeita de envolvimento em um esquema que fraudava plantões no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), no interior do estado. A informação foi confirmada nesta sexta (17) pela assessoria de imprensa do Cremesp.
O conselho informou que, se ficar comprovado que os médicos presos ganharam dinheiro público por plantões que não trabalharam, eles responderão a processos éticos profissionais.
Caso sejam considerados culpados no âmbito disciplinar, poderão ser punidos com: advertência ou censura confidencial, censura pública, suspensão por 30 dias e até cassação do registro.
O Cremesp também informou que pediu ao Ministério Público autorização para ter acesso aos documentos dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
A Promotoria, juntamente com o Grupo Antissequestro da Polícia Civil em Sorocaba e a PM, realizou a Operação Hipócrates, em homenagem ao pai da medicina, para cumprir mandados de prisão contra os suspeitos de integrarem a quadrilha, que agia havia três anos.
Pelo menos 50 pessoas, entre elas diretores, médicos, enfermeiros e dentistas do CHS, recebiam verba por serviços que jamais foram prestados à população que procurava o hospital. O centro atende quase 2 milhões de pessoas de 48 cidades, segundo o Ministério Público.
A ação foi deflagrada na manhã de quinta. Treze mandados de prisão temporária de cinco dias foram expedidos pelo Poder Judiciário contra possíveis mentores da quadrilha. Até o início da tarde, 12 investigados haviam sido presos. Um dos suspeitos é uma dentista, que não foi localizada e é procurada pela polícia.
Entre os presos está o diretor do Conjunto Hospitalar de Sorocaba. A polícia também cumpriu ainda mandados de busca e apreensão de computadores e documentos em 13 hospitais. No Leonor Mendes de Barros, um dos mais movimentados de Sorocaba, os policiais interditaram o 2º andar do prédio, onde fica o setor administrativo, e recolheram computadores e documentos.
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Presos 12 suspeitos de fraudes em escalas de plantões em hospitaisMédicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudesMP diz que grampo flagrou médicos combinando fraude em plantãoNovos depoimentos
Quatro presos ouvidos pela Polícia Civil e Ministério Público negaram envolvimento com o esquema criminoso, segundo afirmou nesta sexta ao G1 o promotor Welington dos Santos Veloso.
“Outros três optaram pelo direito de ficar em silêncio durante o interrogatório. Ainda faltam mais cinco pessoas para serem ouvidas”, disse o promotor, que pretende realizar uma acareação entre os detidos. “Há muitas contradições entre os depoimentos deles e precisamos esclarecer algumas dúvidas”.
Segundo as investigações, o esquema permitia que médicos ganhassem por plantões em dois hospitais diferentes ao mesmo tempo. Verbas destinadas ao pagamento a servidores do CHS eram desviadas para pessoas que não cumpriam suas jornadas de trabalho.
Hospitais são investigados
A polícia disse que o esquema funcionava pelo menos desde 2008. Onze hospitais da capital paulista e de Itapevi, na Grande São Paulo, e outros dois de Sorocaba, onde os suspeitos trabalhavam, são investigados.
Num dos grampos obtidos pela investigação, duas mulheres suspeitas de integrar o grupo de fraudadores combinam quem deveria assinar o ponto de uma delas. “Numa escuta, uma diz claramente que iria assinar no lugar da colega e falou para a outra não aparecer no hospital porque os funcionários poderiam estranhar. Já que ela nunca pisou lá, mas recebia por plantões que não trabalhava”, afirmou o promotor Veloso.
As investigações começaram no ano passado com uma denúncia feita ao Ministério Público. Segundo a polícia, o esquema funcionava havia pelo menos três anos. Os médicos que estavam na lista de hospitais públicos eram, na verdade, funcionários fantasmas, de acordo com a denúncia. Eles recebiam por plantões que nunca eram feitos, de acordo com o MP.
Cada médico ganhava R$ 600 por plantão de 12 horas, o que dava até R$ 15 mil por mês, segundo o Ministério Público. Cerca de 300 mil pessoas podem ter sido prejudicadas pelo esquema porque deixaram de ser atendidas.
Atestados de óbitos
“Estamos levantando os atestados de óbitos registrados no hospital para saber se algum paciente morreu por falta de atendimento médico que deveria ter sido feito por alguns dos suspeitos. Se ficar comprovado que alguma dessa morte foi por descaso, omissão ou negligência de alguém que faltou ao serviço quando deveria ter estado lá, esse suspeito poderá responder por homicídio doloso ou culposo”, disse a promotora Maria Aparecida Rodrigues Mendes Castanho, do Gaeco.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo decretou na tarde de quinta a intervenção no Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Um interventor será nomeado nos próximos dias.
De acordo com um dos delegados do Grupo Antissequestro, Rodrigo Ayres, os 12 suspeitos detidos serão interrogados e posteriormente seguirão para o Comando da Polícia Militar de Sorocaba, onde ficarão presos.
Os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsificação de documento público e fraudes em licitações.
Procurado para comentar o que pretende fazer a respeito da suspeita de envolvimento de enfermeiros no esquema criminoso, o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) informou que iria se pronunciar mais tarde.
Sobre a suposta participação de dentistas, o Conselho Regional de Odontologia de SP (Crosp) vai aguardar a conclusão do inquérito policial. Se for confirmada a culpa dos envolvidos, abrirá uma sindicância.
MP diz que grampo flagrou médicos combinando fraude em plantão
Segundo Gaeco, uma mulher fala para outra que irá assinar o ponto dela.
Conjunto Hospitalar de Sorocaba atende 2 milhões em 48 cidades.
Kleber Tomaz
Do G1 SP, em Sorocaba
imprimir Além das denúncias de funcionários e documentos fraudados dos plantões no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), no interior de São Paulo, escutas telefônicas autorizadas pela Justiça gravaram conversas entre os suspeitos de pertencer à quadrilha que durante três anos ganhou dinheiro público sem nunca ter trabalhado nem sequer pisado na unidade médica.
As gravações contribuíram para o Ministério Público e para a Polícia Civil buscarem indícios dos envolvidos no esquema criminoso.
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Presos 12 suspeitos de fraudes em escalas de plantões em hospitaisMédicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudesPelo menos 50 pessoas, entre elas diretores, médicos, enfermeiros e dentistas do CHS, recebiam verba por serviços que jamais foram prestados à população que procurava o hospital, que atende quase 2 milhões de pessoas de 48 cidades, segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público.
Além do Gaeco e do Grupo Antissequestro da Polícia Civil em Sorocaba, participam da Operação Hipócrates, em homenagem ao pai da medicina, a Polícia Militar. A ação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (16). Treze mandados de prisão temporária de cinco dias foram expedidos pelo Poder Judiciário contra possíveis mentores da quadrilha. Até o início da tarde, 12 investigados haviam sido presos. Um dos suspeitos não foi localizado e é procurado pela polícia.
Representante do Ministério Público e da polícia dão entrevista coletiva sobre o caso (Foto: Kleber Tomaz/G1)Entre os presos está o diretor do Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Ele foi detido em casa, em um condomínio de luxo de São Paulo. A polícia cumpriu ainda mandados de busca e apreensão em 13 hospitais. No Leonor Mendes de Barros, um dos mais movimentados de Sorocaba, os policiais interditaram o 2º andar do prédio, onde fica o setor administrativo, e recolheram computadores e documentos.
Segundo as investigações, o esquema permitia que médicos ganhassem por plantões em dois hospitais diferentes ao mesmo tempo. Verbas destinadas ao pagamento a servidores do CHS eram desviadas para pessoas que não cumpriam suas jornadas de trabalho.
A polícia disse que o esquema funcionava pelo menos desde 2008. Onze hospitais da capital paulista e de Itapevi, na Grande São Paulo, e outros dois de Sorocaba, onde os suspeitos trabalhavam, são investigados.
Num dos grampos obtidos pela investigação, duas mulheres suspeitas de integrar o grupo de fraudadores combinam quem deveria assinar o ponto de uma delas. “Numa escuta, uma diz claramente que iria assinar no lugar da colega e falou para a outra não aparecer no hospital porque os funcionários poderiam estranhar. Já que ela nunca pisou lá, mas recebia por plantões que não trabalhava”, afirmou o promotor Welington dos Santos Veloso.
As investigações começaram no ano passado com uma denúncia feita ao Ministério Público. Segundo a polícia, o esquema funcionava havia pelo menos três anos. Os médicos que estavam na lista de hospitais públicos eram, na verdade, funcionários fantasmas, de acordo com a denúncia. Eles recebiam por plantões que nunca eram feitos, de acordo com o MP.
Cada médico ganhava R$ 600 por plantão de 12 horas, o que dava até R$ 15 mil por mês, segundo o Ministério Público. Cerca de 300 mil pessoas podem ter sido prejudicadas pelo esquema porque deixaram de ser atendidas.
“Estamos levantando os atestados de óbitos registrados no hospital para saber se algum paciente morreu por falta de atendimento médico que deveria ter sido feito por alguns dos suspeitos. Se ficar comprovado que alguma dessa morte foi por descaso, omissão ou negligência de alguém que faltou ao serviço quando deveria ter estado lá, esse suspeito poderá responder por homicídio doloso ou culposo”, disse a promotora Maria Aparecida Rodrigues Mendes Castanho, do Gaeco.
Segundo a Promotoria, o Conselho Regional de Medicina em São Paulo (Cremesp) será comunicado da investigação que culminou na prisão de parte da equipe médica do hospital em Sorocaba. Caberá ao conselho decidir se irá apurar as denúncias contra eles administrativamente ou não.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo decretou na tarde desta quinta a intervenção no Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Um interventor será nomeado nos próximos dias.
De acordo com um dos delegados do Grupo Antissequestro, Rodrigo Ayres, os 12 suspeitos detidos serão interrogados e posteriormente seguirão para o Comando da Polícia Militar de Sorocaba, onde ficarão presos.
Os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsificação de documento público e fraudes em licitações.
Médicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudes
Operação da Polícia Civil cumpre mandados de prisão em SP.
Médicos recebiam por plantões em hospitais diferentes ao mesmo tempo.
A Polícia Civil desarticulou na manhã desta quinta-feira (16) uma quadrilha de médicos e funcionários de hospitais públicos no estado de São Paulo suspeita de fraudes em licitação e em escalas de plantão. Segundo as investigações, médicos conseguiam receber por plantões em dois hospitais diferentes ao mesmo tempo.
Os mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos na capital e em cidades do interior. Em São Paulo, até as 8h30, foram cinco detidos. Em Sorocaba, no interior, duas pessoas foram presas, incluindo o diretor do Conjunto Hospitalar da cidade.
Segundo a polícia, o esquema funcionava pelo menos de 2008. Onze hospitais de São Paulo e outros dois de Sorocaba foram investigados.
Segundo a reportagem do Fantástico, foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não aconteceram só em Sorocaba, mas se espalharam por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário. Na delegacia, uma das pessoas presas nesta semana em Sorocaba negou que ele trabalhasse no hospital.
Procurado pelo Fantástico, Jorge Pagura não quis gravar entrevista. O agora ex-secretário afirmou, em nota, que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos, com verba do SUS.
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Coordenador de Saúde de SP pede demissão após denúncia de fraudeEm grampo, coordenador de Saúde de SP admite fraudes em plantõesAlckmin aceita demissão de secretário suspeito de participação em fraude“Vamos auditar todos os nossos hospitais”, disse Alckmin. Segundo o governador, um novo interventor para o Hospital Regional de Sorocaba será designado até terça-feira (21), além de uma série de mudanças no controle de marcação de ponto de profissionais da saúde no estado.
Alckmin disse ainda que pretende implantar uma “via rápida”, como há na polícia, para que as denúncias recebidas sejam rapidamente apuradas e os envolvidos, punidos.
Alckmin participou do lançamento do Curso de Empreendedorismo do Banco do Povo Paulista, no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo. Quando questionado se Tardelli havia pedido demissão, o governador falou que haverá substituição na Coordenação de Serviços da Saúde. “Se não saiu, vai sair. Nós vamos substituir também a coordenadoria.”
Sobre o ex-secretário de Esportes, o governador afirmou que Pagura não era funcionário do estado. “Ele nunca recebeu do estado [paulista]. Não teve nenhum envolvimento com licitação, nada disso. Ele é funcionário federal do SUS, que em 2009 foi comissionado e ficou dois anos comissionado no Hospital de Sorocaba e, segundo ele [o ex-secretário], para cuidar de projetos científicos, atividades relacionadas à saúde”, informou. Segundo Alckmin o secretário-adjunto de Esporte, Lazer e Juventude, José Benedito, assumirá a pasta até que haja a nomeação do novo titular.
Coordenador de Saúde de SP pede demissão após denúncia de fraude
Gravações autorizadas pela Justiça flagraram conversa de Ricardo Tardelli.
Ele dá a entender, em telefonema, que sabia sobre fraudes em plantões.
O coordenador de Serviços da Saúde de São Paulo, Ricardo Tardelli, pediu demissão na manhã desta segunda-feira (20), após denúncias de que ele tinha conhecimento das fraudes em escalas de plantões médicos que supostamente aconteciam em hospitais da capital paulista e do interior do estado. No fim da manhã, o secretário estadual da Saúde, Giovanni Cerri, aceitou a demissão do funcionário. Ele afirmou que deixa o cargo para facilitar as investigações. Reportagem do Fantástico no domingo mostrou o envolvimento de funcionários nas denúncias de fraudes.
Segundo a polícia, Tardelli tinha conhecimento da fraude em hospitais - segundo a denúncia, médicos recebiam por plantões que não eram realizados. Ricardo Tadelli informou, por meio da assessoria da imprensa da secretaria, que não sabia de nenhum esquema organizado de fraudes. A Secretaria da Saúde disse que será feita uma auditoria nos plantões de todos os hospitais estaduais e a implantação de pontos eletrônicos para verificar a presença.
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Em grampo, coordenador de Saúde de SP admite fraudes em plantõesAlckmin aceita demissão de secretário suspeito de participação em fraudeCremesp apura conduta de médicos presos suspeitos de plantão fantasmaMP diz que grampo flagrou médicos combinando fraude em plantãoEm uma gravação autorizada pela Justiça, Tardelli dá a entender que as fraudes não são um problema exclusivo dos hospitais de Sorocaba, no interior do estado. Segundo ele, o problema aconteceria “em todo lugar”. Setenta pessoas estão sob investigação e doze já foram presas por suspeita de participação no esquema.
Tardelli conversa, em uma gravação, com o então diretor do Hospital de Sorocaba, Ricardo Salim, sobre o suposto esquema de fraudes nos plantões médicos:
Sallim: "É a única coisa flexível que você tem e que todos têm. O resto não tem o que fazer. Então a gente tem que usar isso até para tocar o serviço."
Tardelli: "Não é uma exclusividade do conjunto do Hospital de Sorocaba. Isso tem em todo lugar. Se fizer um pente-fino vai encontrar problema."
O secretário Giovanni Guido Cerri ficou surpreso com a suspeita sobre a participação do funcionário. “Nós não recebemos informações da promotoria em relação à participação dele nesse esquema. Nós temos que aguardar informações sobre isso. Nós vamos apurar e, se houver qualquer tipo de envolvimento, nós vamos tomar as medidas necessárias”, afirmou.
Demissão de secretário
Neste domingo (19), o secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Jorge Roberto Pagura, pediu demissão do cargo ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Pagura, que é neurocirurgião, é suspeito de receber dinheiro público da saúde sem trabalhar, como mostrou uma reportagem do Fantástico. Ele será investigado pela Procuradoria Geral de Justiça.
A investigação da polícia e do Ministério Público começou no Hospital Regional de Sorocaba, um dos principais do interior. Mas foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não acontecem só em Sorocaba e se espalharam por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário.
O nome de Pagura apareceu durante o monitoramento do homem que foi diretor-geral do Hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro do ano passado. Em 10 de dezembro, ele recebeu uma ligação de Pagura, que ainda não estava sendo investigado pela polícia. O neurocirurgião assumiria a Secretaria de Esporte de São Paulo um mês depois. O diretor propõe que Pagura assine o ponto de frequência em outro hospital. Ele aceita, mas aparenta preocupação.
O ex-secretário não quis gravar entrevista. Ele afirmou em nota que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos com verba do SUS. O advogado Pedro Luiz Cunha, que defende Ricardo Salim, diretor do Hospital de Sorocaba, diz que todos os procedimentos adotados por seu cliente foram legítimos.
Em grampo, coordenador de Saúde de SP admite fraudes em plantões
Médicos são suspeitos de receber sem trabalhar em hospitais.
Secretário de Esportes pediu demissão neste domingo após denúncia.
O coordenador de Serviços da Saúde de São Paulo, Ricardo Tardelli, disse em gravação autorizada pela Justiça que as fraudes nas escalas de plantões médicos não são um problema exclusivo dos hospitais de Sorocaba, no interior do estado. Segundo ele, o problema acontece em todo lugar. Setenta pessoas estão sob investigação e doze já foram presas por suspeita de participação no esquema. Com a fraude, médicos recebiam por plantões que não eram realizados.
Nas gravações, Tardelli conversa com o então diretor do Hospital de Sorocaba, Ricardo Salim, sobre o suposto esquema de fraudes nos plantões médicos.
Sallim: "É a única coisa flexível que você tem e que todos têm. O resto não tem o que fazer. Então a gente tem que usar isso até para tocar o serviço."
Tardelli: "Não é uma exclusividade do conjunto do Hospital de Sorocaba. Isso tem em todo lugar. Se fizer um pente fino vai encontrar problema."
Segundo a polícia, Tardelli tinha conhecimento de tudo o que acontecia. Ricardo Tadelli informou, por meio da assessoria da imprensa da secretaria, que não sabia de nenhum esquema organizado de fraudes dos plantões nos hospitais.
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, nega que a pasta tenha conheciemento das fraudes. “Nós não recebemos informações da promotoria em relação à participação dele nesse esquema. Nós temos que aguardar informações sobre isso. Nós vamos apurar e se houver qualquer tipo de envolvimento nós vamos tomar as medidas necessárias”, afirmou o secretário estadual de Saúde de São Paulo.
Neste domingo (19), o secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude Jorge Roberto Pagura, pediu demissão do cargo ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, após reportagem do Fantástico. Pagura, que é neurocirurgião, é suspeito de receber dinheiro público da saúde sem trabalhar.Ele será investigado pela Procuradoria Geral de Justiça do estado.
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Ex-secretário será investigado pela Procuradoria Geral de SPAlckmin aceita demissão de secretário suspeito de participação em fraudeA investigação da polícia e do Ministério Público começou no Hospital Regional de Sorocaba, um dos principais do interior. Mas foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não acontecem só em Sorocaba e se espalharam por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário.
O nome de Pagura apareceu durante o monitoramente do homem que foi diretor-geral do Hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro do ano passado. Em 10 de dezembro, ele recebeu uma ligação de Pagura, que ainda não estava sendo investigado pela polícia. O neurocirurgião assumiria a Secretaria de Esporte de São Paulo um mês depois. O diretor propõe que Pagura assine o ponto de frequência em outro hospital. Ele aceita, mas aparenta preocupação.
O ex-secretário não quis gravar entrevista. Ele afirmou em nota que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos com verba do SUS.
Depoimentos
Nesta segunda-feira (20), a partir das 8h, o Ministério Público deve retomar os depoimentos dos presos nesta operação. Dos presos, quatro foram liberados: três por terem colaborado com a polícia e a Promotoria e um por ter habeas corpus concedido. Uma dentista é considerada foragida.
Segundo promotores, todos os detidos já foram ouvidos, mas os novos depoimentos são necessários para que algumas dúvidas sejam esclarecidas.
Ex-secretário será investigado pela Procuradoria Geral de Justiça de SP
Neurocirurgião é suspeito de receber dinheiro público sem trabalhar.
Ele nega as acusações e diz que desenvolvia projetos em hospital.
O ex-secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude Jorge Roberto Pagura, que pediu demissão do cargo ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, será investigado pela Procuradoria Geral de Justiça do estado. Neurocirurgião de renome, ele é suspeito de receber dinheiro público da saúde sem trabalhar.
Segundo nota enviada pelo governo, Pagura pediu demissão para facilitar os esclarecimentos dos fatos mostrados em reportagem do Fantástico deste domingo (19). O governador aceitou o pedido também no domingo.
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Alckmin aceita demissão de secretário suspeito de participação em fraudeCremesp apura conduta de médicos presos suspeitos de plantão fantasmaMP diz que grampo flagrou médicos combinando fraude em plantãoMédicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudesMais de 70 profissionais de saúde foram investigados na capital paulista e no interior sob suspeita de desvio de dinheiro público. A Justiça decretou a prisão de 13 pessoas, entre elas seis médicos, dois dentistas, uma enfermeira e dois empresários. Segundo a polícia, a maioria recebia salário, mas não aparecia para trabalhar nos plantões.
A investigação da polícia e do Ministério Público começou no Hospital Regional de Sorocaba, um dos principais do interior. Mas foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não acontecem só em Sorocaba e se espalharam por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário.
O nome de Pagura apareceu durante o monitoramente do homem que foi diretor-geral do Hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro do ano passado. Em 10 de dezembro, ele recebeu uma ligação de Pagura, que ainda não estava sendo investigado pela polícia. O neurocirurgião assumiria a Secretaria de Esporte de São Paulo um mês depois. O diretor propõe que Pagura assine o ponto de frequência em outro hospital. Ele aceita, mas aparenta preocupação.
O ex-secretário não quis gravar entrevista. Ele afirmou em nota que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos com verba do SUS.
Depoimentos
Nesta segunda-feira (20), a partir das 8h, o Ministério Público deve retomar os depoimentos dos presos nesta operação. Dos presos, quatro foram liberados: três por terem colaborado com a polícia e a Promotoria e um por ter habeas corpus concedido. Uma dentista é considerada foragida.
Segundo promotores, todos os detidos já foram ouvidos, mas os novos depoimentos são necessários para que algumas dúvidas sejam esclarecidas.
Alckmin aceita demissão de secretário suspeito de participação em fraude
Secretário de Esporte é médico e teria recebido sem fazer plantões.
Jorge Pagura foi flagrado em conversas telefônicas durante investigação.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, aceitou na tarde deste domingo (19) o pedido de demissão do secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Jorge Roberto Pagura. Neurocirurgião de renome, ele é suspeito de receber dinheiro público da saúde sem trabalhar. Segundo nota enviada pelo governo, ele pediu demissão para facilitar os esclarecimentos dos fatos mostrados em reportagem do Fantástico deste domingo.
Veja o site do Fantástico
Procurado pelo Fantástico, Jorge Pagura não quis gravar entrevista. O agora ex-secretário afirmou, em nota, que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos, com verba do SUS.
Mais de 70 profissionais de saúde foram investigados, na capital e no interior, sob suspeita de desvio de dinheiro público. A Justiça decretou a prisão de 13 pessoas, entre elas seis médicos, dois dentistas, uma enfermeira e dois empresários. Segundo as investigações, a maioria recebia salário, mas simplesmente não aparecia para trabalhar nos plantões. Por telefone, alguns admitem a fraude, como mostram gravações autorizadas pela Justiça. “Você sabe, eu sei que, durante um período, você se beneficiou daquela história do plantão”, diz um dos envolvidos.
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Cremesp apura conduta de médicos presos suspeitos de plantão fantasmaMP diz que grampo flagrou médicos combinando fraude em plantãoMédicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudesA investigação da polícia e do Ministério Público começou no Hospital Regional de Sorocaba, um dos principais do interior paulista. Nas escutas telefônicas, a precariedade do atendimento fica evidente. “Dois estão neste momento com fratura exposta de mão e não tem vaga no centro cirúrgico, não tem anestesista”, diz um funcionário.
Foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não acontecem só em Sorocaba e se espalham por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário. Na delegacia, uma das pessoas presas esta semana em Sorocaba negou que ele trabalhasse no hospital.
O nome do secretário surgiu durante o monitoramente do homem que foi diretor-geral do Hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro do ano passado. No dia 10 de dezembro, ele recebeu uma ligação de Jorge Roberto Pagura, que não estava sendo investigado pela polícia. O neurocirurgião assumiria a Secretaria de Esporte de São Paulo um mês depois.
O diretor propõe que Pagura assine o ponto de frequência em outro hospital. “O teu ponto está sob controle. Mas daí vamos tomar cuidado. Semana que vem vamos pôr em algum lugar mais seguro”, diz. Pagura responde “está certo”, mas aparenta preocupação.
Controles de frequência
Na quinta-feira passada, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em oito hospitais públicos: sete na capital paulista e mais o regional de Sorocaba. Doze pessoas foram presas. Uma é a ex-chefe de recursos humanos do hospital de Sorocaba. Segundo as investigações, ela sabia quem não fazia plantões e recebia propina para esconder a fraude.
É a mulher quem fala sobre o neurocirurgião Jorge Pagura em um vídeo obtido pelo Fantástico, em que nega que o médico ia trabalhar no hospital. Sexta feira, em Sorocaba, no prédio da Diretoria Regional de Saúde, a DRS, foram encontrados, escondidos num armário, os controles de frequência de Jorge Pagura. Nos documentos consta que, entre 2009 e 2010, ele deveria dar expediente no hospital de Sorocaba de segunda a sexta, das 8h ao meio-dia.
“Ele mandava a frequência para mim e eu encaminhava lá para a DRS”, diz a funcionária no vídeo. Ao ser questionada se a frequência já chegava pronta, ela balança a cabeça positivamente. A mulher contou ainda que este mês foi nomeada para trabalhar na Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude - a pasta comandada por Pagura. “Eu sou secretária. Agora eu estou na assessoria de imprensa, mas sou secretária”, disse.
Em nota, Pagura disse que ela foi nomeada para um cargo na Coordenadoria da Juventude. Mas que a nomeação está cancelada. A mulher vai responder ao processo em liberdade.
Investigação
Há um ano, policiais civis e promotores que combatem o crime organizado começaram a investigar o Hospital de Sorocaba. E descobriram que o desvio passou dos R$ 2 milhões. “Se houvesse um controle efetivo, se constataria facilmente que a carga horária desenvolvida por essas pessoas é humanamente impossível. Nós temos aqui médico com 220 horas semanais”, afirma a promotora de Justiça Maria Aparecida Castanho. A semana - incluindo sábado e domingo - tem 168 horas.
Entre os acusados, está a cirurgiã-geral Maria Helena Alberici. Em 2010, de acordo com a polícia, recebeu R$ 14 mil sem trabalhar. Já Tânia Maris de Paiva é cirurgiã-dentista e tinha um cargo importante no hospital: era responsável por apurar irregularidades. Mas uma gravação mostra que Tânia sabe que Maria Helena Alberici recebe sem aparecer no trabalho e diz o que ela tem que fazer. “Como você nunca foi no hospital, a sua cara lá não deveria aparecer em momento nenhum”, diz ela. “Eu acho, assim, como eu não sou conhecida no hospital até que não teria problema”, responde a outra mulher.
A própria Tânia Maris de Paiva é acusada de receber, em 2010, cerca de R$ 49 mil por 80 plantões, sem atender ninguém. “Eu ganhava sete pau e quatrocentos, ganhava os plantões da diretoria e um prêmio de incentivo”, disse em um telefonema. Uma funcionária que trabalha há mais de 20 anos no hospital é uma testemunha da polícia. Ela diz que nunca viu Tânia Maria. “Era frequência de assinatura. Não tinha o ponto eletrônico”, contou.
“Essas pessoas não compareciam ao local de trabalho, causando um enorme prejuízo para a sociedade”, afirma o delegado Wilson Negrão. O Hospital Regional de Sorocaba atende em média 20 mil pessoas por mês. No dia 26 de maio, uma quinta-feira, a fila era imensa do lado de fora. Muitos pacientes haviam chegado de madrugada.
O aposentado Antonio Carlos Gabilan procurou atendimento com a filha de 9 anos. “Desde o começo do ano, ela está tentando marcar consulta com dentista”, disse. Um funcionário confirma a dificuldade. “Tem consulta que demora mesmo. Neurocirurgias, só para o ano que vem agora. Falta médico, falta tudo”, disse.
A equipe do Fantástico flagrou uma cena dramática no hospital. Dona Domingas, de 56 anos, estava passando mal. “Eu nem sei se ela vai aguentar chegar lá onde faz o exame”, diz a filha dela, Elizete Gonçalves. A idosa, que tem Mal de Chagas há 35 anos, vai fazer um exame do coração. A filha diz que Domingas espera há três meses por uma consulta. Depois de quase 2 horas de espera, ela é atendida. “Eu achei a médica com muito descaso para fazer exame. Falou que é por causa de cigarro. Mas minha mãe não fuma”, disse a filha. As duas vão embora com a certeza de que a consulta não valeu de nada.
Telefonema
Um dos acusados de fraudar os plantões é Heitor Consani. Este ano, foi promovido e assumiu a direção-geral do Hospital de Sorocaba. Em um telefonema, realizado mês passado, Consani recebeu um conselho do ex-chefe dele. Antônio Carlos Nasi foi o diretor de saúde da região de Sorocaba de 2007 a fevereiro deste ano.
“Uma das coisas que talvez fosse interessante era pensar na devolução do dinheiro”, diz o ex-chefe em uma gravação autorizada pela Justiça. “Isso a gente chama de uma defesa prévia. Já fui uma vez indiciado. Procurei o promotor, fiz os cálculos e fiz a devolução do dinheiro. Sai como bom moço da história”, completa ele.
Este ano, vários médicos e dentistas acusados de receber dinheiro público irregularmente em Sorocaba passaram a trabalhar na capital paulista. O cirurgião-dentista Tarley de Barros recebeu, no ano passado, por 250 plantões, quase R$ 125 mil. Mas a investigação da polícia e do Ministério Público mostra que ele nem chegou a pisar no Hospital de Sorocaba. E que, se tivesse ido, pelo número de horas recebidas, teria atendido quase 10 mil pessoas em um ano.
Tarley de Carros trabalha num consultório nos Jardins, bairro nobre da capital paulista, a 90 quilômetros de Sorocaba. Segundo os promotores, nos horários de alguns dos supostos plantões, na verdade, ele estava na clínica particular, onde a consulta custa R$ 300. No Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - mantido pelo Ministério da Saúde - Tarley de Barros também aparece como funcionário de um hospital público: o da Vila Nova Cachoeirinha, um dos maiores da capital paulista.
Uma funcionária informou que ele atende de segunda-feira, por volta das 8h30 e 9h. Um produtor do Fantástico voltou nesse dia da semana, e Tarley de Barros chegou atrasado. Ele ficou na sala da diretoria e, 50 minutos depois, foi embora. O cirurgião-dentista deveria trabalhar 20 horas por semana nesse hospital, mas, em ligações realizadas durante a semana toda, a informação no hospital era que ele não apareceu mais.
A equipe do Fantástico foi outra vez até lá na segunda-feira, 13 de junho. Chegou por volta das 8h e ficou em um apartamento em obras bem em frente ao Hospital Vila Nova Cachoerinha, de onde havia uma visão privilegiada do estacionamento dos médicos. Até as 11h20, o dentista não havia aparecido para trabalhar. Uma funcionário confirmou a ausência dele.
“Eles migravam de um hospital para outro, sempre a mesma equipe. o que nós chamou a atenção no decorrer dessa investigação”, comenta o delegado Wilson Negrão. No Hospital Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, trabalha, pelo Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, a cirurgiã-geral Maria Helena Alberici. Ela deveria fazer 30 horas por semana, mas uma funcionária confirmou que ela não é presente por lá.
O Ministério da Saúde informou que o cadastro nacional serve para controlar o destino do dinheiro público. A Secretaria de Saúde de São Paulo informou que orienta os hospitais a manter os dados em dia. De acordo com esse cadastro do Ministério da Saúde, também trabalharia no Hospital Ipiranga a médica especialista em doenças do aparelho digestivo Vera Regina Salim. “Já vai fazer dois anos que ela não está aqui”, diz uma funcionária.
A médica tem um consultório em São Paulo. O produtor do Fantástico marca uma consulta, paga R$ 250 e puxa conversa sobre Sorocaba. Sem saber que estava sendo gravada, ela fala que não chegou a trabalhar no município. “Sorocaba eu conheço bem também porque é aqui do lado e meu marido era diretor do hospital lá”, disse. O marido dela é Ricardo Salim e foi diretor-geral do hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro passado.
O secretário de Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, disse o que pretende fazer após as denúncias. “A nossa impressão é que é uma quadrilha. Nós estabelecemos a obrigatoriedade do ponto eletrônico, que será implantada a curto prazo e também uma auditoria em relação à presença, em particular aos plantões”, afirma.
Prisões
O casal Vera Regina e Ricardo Salim foi preso na quinta-feira (16). “Ele me assegurou que todos os procedimentos adotados eram legítimos. São funcionários públicos dedicados. No caso do meu cliente e da minha cliente, são a voz que sempre prestaram bons serviços para o estado”, afirma Pedro Luiz de Oliveira, advogado do casal.
A cirurgiã-geral Maria Helena Alberici também foi para a cadeia e o advogado dela não quis se manifestar. O de Tarley de Barros disse que o cirurgião-dentista negou que ele tenha recebido dinheiro público sem trabalhar nos hospitais de Sorocaba e da Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo. “Ele pode não estar atendendo diretamente o paciente, mas está no hospital, coordenando a equipe dele de trabalho. Cumpre a jornada, tanto que ele assina o ponto. Se ele não assinar não consegue receber da secretaria”, explica o advogado Antônio Osmar Baltazar.
O diretor-geral do Hospital de Sorocaba, Heitor Consani, conseguiu um habeas corpus neste sábado (18) e foi solto. “Ele nega peremptoriamente. Eu quero ter pelo menos acesso aos autos para poder me posicionar sobre essa situação”, afirma o defensor de Consani, Alberto Zacharias Toron. Antônio Carlos Nasi também não está mais preso. A equipe do Fantástico deixou vários recados, mas ele não retornou as ligações. A dentista Tânia Maris de Paiva teve a prisão decretada e está foragida.
Cremesp apura conduta de médicos presos suspeitos de plantão fantasma
Conselho de Medicina quer saber se eles ganharam dinheiro sem trabalhar.
Enfermeiros e dentistas foram presos por fraude em hospital de Sorocaba.
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) apura a conduta dos médicos presos na quinta-feira (16) pelas polícias Civil e Militar por suspeita de envolvimento em um esquema que fraudava plantões no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), no interior do estado. A informação foi confirmada nesta sexta (17) pela assessoria de imprensa do Cremesp.
O conselho informou que, se ficar comprovado que os médicos presos ganharam dinheiro público por plantões que não trabalharam, eles responderão a processos éticos profissionais.
Caso sejam considerados culpados no âmbito disciplinar, poderão ser punidos com: advertência ou censura confidencial, censura pública, suspensão por 30 dias e até cassação do registro.
O Cremesp também informou que pediu ao Ministério Público autorização para ter acesso aos documentos dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
A Promotoria, juntamente com o Grupo Antissequestro da Polícia Civil em Sorocaba e a PM, realizou a Operação Hipócrates, em homenagem ao pai da medicina, para cumprir mandados de prisão contra os suspeitos de integrarem a quadrilha, que agia havia três anos.
Pelo menos 50 pessoas, entre elas diretores, médicos, enfermeiros e dentistas do CHS, recebiam verba por serviços que jamais foram prestados à população que procurava o hospital. O centro atende quase 2 milhões de pessoas de 48 cidades, segundo o Ministério Público.
A ação foi deflagrada na manhã de quinta. Treze mandados de prisão temporária de cinco dias foram expedidos pelo Poder Judiciário contra possíveis mentores da quadrilha. Até o início da tarde, 12 investigados haviam sido presos. Um dos suspeitos é uma dentista, que não foi localizada e é procurada pela polícia.
Entre os presos está o diretor do Conjunto Hospitalar de Sorocaba. A polícia também cumpriu ainda mandados de busca e apreensão de computadores e documentos em 13 hospitais. No Leonor Mendes de Barros, um dos mais movimentados de Sorocaba, os policiais interditaram o 2º andar do prédio, onde fica o setor administrativo, e recolheram computadores e documentos.
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Presos 12 suspeitos de fraudes em escalas de plantões em hospitaisMédicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudesMP diz que grampo flagrou médicos combinando fraude em plantãoNovos depoimentos
Quatro presos ouvidos pela Polícia Civil e Ministério Público negaram envolvimento com o esquema criminoso, segundo afirmou nesta sexta ao G1 o promotor Welington dos Santos Veloso.
“Outros três optaram pelo direito de ficar em silêncio durante o interrogatório. Ainda faltam mais cinco pessoas para serem ouvidas”, disse o promotor, que pretende realizar uma acareação entre os detidos. “Há muitas contradições entre os depoimentos deles e precisamos esclarecer algumas dúvidas”.
Segundo as investigações, o esquema permitia que médicos ganhassem por plantões em dois hospitais diferentes ao mesmo tempo. Verbas destinadas ao pagamento a servidores do CHS eram desviadas para pessoas que não cumpriam suas jornadas de trabalho.
Hospitais são investigados
A polícia disse que o esquema funcionava pelo menos desde 2008. Onze hospitais da capital paulista e de Itapevi, na Grande São Paulo, e outros dois de Sorocaba, onde os suspeitos trabalhavam, são investigados.
Num dos grampos obtidos pela investigação, duas mulheres suspeitas de integrar o grupo de fraudadores combinam quem deveria assinar o ponto de uma delas. “Numa escuta, uma diz claramente que iria assinar no lugar da colega e falou para a outra não aparecer no hospital porque os funcionários poderiam estranhar. Já que ela nunca pisou lá, mas recebia por plantões que não trabalhava”, afirmou o promotor Veloso.
As investigações começaram no ano passado com uma denúncia feita ao Ministério Público. Segundo a polícia, o esquema funcionava havia pelo menos três anos. Os médicos que estavam na lista de hospitais públicos eram, na verdade, funcionários fantasmas, de acordo com a denúncia. Eles recebiam por plantões que nunca eram feitos, de acordo com o MP.
Cada médico ganhava R$ 600 por plantão de 12 horas, o que dava até R$ 15 mil por mês, segundo o Ministério Público. Cerca de 300 mil pessoas podem ter sido prejudicadas pelo esquema porque deixaram de ser atendidas.
Atestados de óbitos
“Estamos levantando os atestados de óbitos registrados no hospital para saber se algum paciente morreu por falta de atendimento médico que deveria ter sido feito por alguns dos suspeitos. Se ficar comprovado que alguma dessa morte foi por descaso, omissão ou negligência de alguém que faltou ao serviço quando deveria ter estado lá, esse suspeito poderá responder por homicídio doloso ou culposo”, disse a promotora Maria Aparecida Rodrigues Mendes Castanho, do Gaeco.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo decretou na tarde de quinta a intervenção no Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Um interventor será nomeado nos próximos dias.
De acordo com um dos delegados do Grupo Antissequestro, Rodrigo Ayres, os 12 suspeitos detidos serão interrogados e posteriormente seguirão para o Comando da Polícia Militar de Sorocaba, onde ficarão presos.
Os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsificação de documento público e fraudes em licitações.
Procurado para comentar o que pretende fazer a respeito da suspeita de envolvimento de enfermeiros no esquema criminoso, o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) informou que iria se pronunciar mais tarde.
Sobre a suposta participação de dentistas, o Conselho Regional de Odontologia de SP (Crosp) vai aguardar a conclusão do inquérito policial. Se for confirmada a culpa dos envolvidos, abrirá uma sindicância.
MP diz que grampo flagrou médicos combinando fraude em plantão
Segundo Gaeco, uma mulher fala para outra que irá assinar o ponto dela.
Conjunto Hospitalar de Sorocaba atende 2 milhões em 48 cidades.
Kleber Tomaz
Do G1 SP, em Sorocaba
imprimir Além das denúncias de funcionários e documentos fraudados dos plantões no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), no interior de São Paulo, escutas telefônicas autorizadas pela Justiça gravaram conversas entre os suspeitos de pertencer à quadrilha que durante três anos ganhou dinheiro público sem nunca ter trabalhado nem sequer pisado na unidade médica.
As gravações contribuíram para o Ministério Público e para a Polícia Civil buscarem indícios dos envolvidos no esquema criminoso.
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Presos 12 suspeitos de fraudes em escalas de plantões em hospitaisMédicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudesPelo menos 50 pessoas, entre elas diretores, médicos, enfermeiros e dentistas do CHS, recebiam verba por serviços que jamais foram prestados à população que procurava o hospital, que atende quase 2 milhões de pessoas de 48 cidades, segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público.
Além do Gaeco e do Grupo Antissequestro da Polícia Civil em Sorocaba, participam da Operação Hipócrates, em homenagem ao pai da medicina, a Polícia Militar. A ação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (16). Treze mandados de prisão temporária de cinco dias foram expedidos pelo Poder Judiciário contra possíveis mentores da quadrilha. Até o início da tarde, 12 investigados haviam sido presos. Um dos suspeitos não foi localizado e é procurado pela polícia.
Representante do Ministério Público e da polícia dão entrevista coletiva sobre o caso (Foto: Kleber Tomaz/G1)Entre os presos está o diretor do Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Ele foi detido em casa, em um condomínio de luxo de São Paulo. A polícia cumpriu ainda mandados de busca e apreensão em 13 hospitais. No Leonor Mendes de Barros, um dos mais movimentados de Sorocaba, os policiais interditaram o 2º andar do prédio, onde fica o setor administrativo, e recolheram computadores e documentos.
Segundo as investigações, o esquema permitia que médicos ganhassem por plantões em dois hospitais diferentes ao mesmo tempo. Verbas destinadas ao pagamento a servidores do CHS eram desviadas para pessoas que não cumpriam suas jornadas de trabalho.
A polícia disse que o esquema funcionava pelo menos desde 2008. Onze hospitais da capital paulista e de Itapevi, na Grande São Paulo, e outros dois de Sorocaba, onde os suspeitos trabalhavam, são investigados.
Num dos grampos obtidos pela investigação, duas mulheres suspeitas de integrar o grupo de fraudadores combinam quem deveria assinar o ponto de uma delas. “Numa escuta, uma diz claramente que iria assinar no lugar da colega e falou para a outra não aparecer no hospital porque os funcionários poderiam estranhar. Já que ela nunca pisou lá, mas recebia por plantões que não trabalhava”, afirmou o promotor Welington dos Santos Veloso.
As investigações começaram no ano passado com uma denúncia feita ao Ministério Público. Segundo a polícia, o esquema funcionava havia pelo menos três anos. Os médicos que estavam na lista de hospitais públicos eram, na verdade, funcionários fantasmas, de acordo com a denúncia. Eles recebiam por plantões que nunca eram feitos, de acordo com o MP.
Cada médico ganhava R$ 600 por plantão de 12 horas, o que dava até R$ 15 mil por mês, segundo o Ministério Público. Cerca de 300 mil pessoas podem ter sido prejudicadas pelo esquema porque deixaram de ser atendidas.
“Estamos levantando os atestados de óbitos registrados no hospital para saber se algum paciente morreu por falta de atendimento médico que deveria ter sido feito por alguns dos suspeitos. Se ficar comprovado que alguma dessa morte foi por descaso, omissão ou negligência de alguém que faltou ao serviço quando deveria ter estado lá, esse suspeito poderá responder por homicídio doloso ou culposo”, disse a promotora Maria Aparecida Rodrigues Mendes Castanho, do Gaeco.
Segundo a Promotoria, o Conselho Regional de Medicina em São Paulo (Cremesp) será comunicado da investigação que culminou na prisão de parte da equipe médica do hospital em Sorocaba. Caberá ao conselho decidir se irá apurar as denúncias contra eles administrativamente ou não.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo decretou na tarde desta quinta a intervenção no Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Um interventor será nomeado nos próximos dias.
De acordo com um dos delegados do Grupo Antissequestro, Rodrigo Ayres, os 12 suspeitos detidos serão interrogados e posteriormente seguirão para o Comando da Polícia Militar de Sorocaba, onde ficarão presos.
Os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsificação de documento público e fraudes em licitações.
Médicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudes
Operação da Polícia Civil cumpre mandados de prisão em SP.
Médicos recebiam por plantões em hospitais diferentes ao mesmo tempo.
A Polícia Civil desarticulou na manhã desta quinta-feira (16) uma quadrilha de médicos e funcionários de hospitais públicos no estado de São Paulo suspeita de fraudes em licitação e em escalas de plantão. Segundo as investigações, médicos conseguiam receber por plantões em dois hospitais diferentes ao mesmo tempo.
Os mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos na capital e em cidades do interior. Em São Paulo, até as 8h30, foram cinco detidos. Em Sorocaba, no interior, duas pessoas foram presas, incluindo o diretor do Conjunto Hospitalar da cidade.
Segundo a polícia, o esquema funcionava pelo menos de 2008. Onze hospitais de São Paulo e outros dois de Sorocaba foram investigados.
ENQUANTO O GOVERNO DO PSDB DE SP É DENUNCIADO POR CORRUPÇÃO NA SAÚDE PÚBLICA, SENADOR AÉCIO NEVES CAI DO DO CAVALO EM MINAS, SORRINDO PARA FOTÓGRAFOS DE COSTELA QUEBRADA.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) quebrou a clavícula e cinco costelas em um acidente, enquanto cavalgava na propriedade de sua família, na cidade de Cláudio, no Centro-Oeste de Minas Gerais. Segundo a assessoria do senador, o tombo foi no fim da tarde desta sexta-feira (17). Ele estava com um amigo e um primo.
Neves foi atendido em um hospital de Belo Horizonte, onde ficou internado até a noite deste sábado (18). Ele fraturou a clavícula e cinco costelas do
lado direito. Ainda de acordo com a assessoria, o senador sente dores, mas passa bem.
O senador vai ficar com o braço direito imobilizado de seis a oito semanas. Ele está em repouso absoluto por dez dias em casa, em Belo Horizonte, e só retorna a Brasília após esse período.
Neves foi atendido em um hospital de Belo Horizonte, onde ficou internado até a noite deste sábado (18). Ele fraturou a clavícula e cinco costelas do
lado direito. Ainda de acordo com a assessoria, o senador sente dores, mas passa bem.
O senador vai ficar com o braço direito imobilizado de seis a oito semanas. Ele está em repouso absoluto por dez dias em casa, em Belo Horizonte, e só retorna a Brasília após esse período.
domingo, 19 de junho de 2011
RATINHO PUBLICA NA FRENTE OCUPAÇÃO DO MORRO DA MANGUEIRA NO RIO: O PERAÇÃO DE GUERRA NESTE MOMENTO NOS MORROS CARIOCAS.
O Morro da Mangueira, na Zona Norte do Rio, começou a ser ocupado às 6h deste domingo (19) para instalação da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio, segundo informou por meio de nota oficial a Secretaria de estado de Segurança. Ainda não há informações sobre confrontos na região. Curiosos, alguns moradores acompanham a movimentação pelas janelas de suas casas. Pela primeira vez, a polícia usa rádios com GPS. Com isso, a movimentação dos agentes é acompanhada por equipes num centro de operações que foi montado na 111ª Cia. de Apoio de Material Bélico, próximo ao local.
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VEJA FOTOS DA OCUPAÇÃO NA MANGUEIRA
A operação é coordenada pela Secretaria de Segurança, por meio da Polícia Militar e da Polícia Civil, com apoio da Marinha do Brasil (Corpo de Fuzileiros Navais), da Polícia Federal, do Corpo de Bombeiros, da Defensoria Pública do estado e da Prefeitura do Rio. A ação conta também com a colaboração do Exército e da Força Aérea Brasileira.
Ao todo, mais de 750 pessoas participam da operação, que tem o apoio de 14 blindados das polícias e dos Fuzileiros Navais (entre Piranhas, Lagartas Anfíbio - Clanf e M-113), além de quatro helicópteros, caminhões, motos, reboques, ônibus, ambulâncias e outros veículos.
Além da Mangueira, as comunidades Morro dos Telégrafos, Candelária e Tuiuti também serão ocupadas. Quando inaugurada, a 18ª UPP fechará um conjunto de favelas que compreende todo o Complexo da Tijuca. Após a inauguração, 315 mil pessoas serão beneficiadas diretamente e cerca de 1,5 milhão indiretamente.
Participam da incursão policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque), Companhia de Cães. Para impedir a movimentação de criminosos pela região policiais do 3º BPM (Méier), 4º BPM (São Cristóvão) e 6º BPM (Tijuca) farão o cerco a estas comunidades.
Homens da Corregedoria da PM e da Defensoria Pública participam da operação para atender a população em caso de queixas. Bombeiros e médicos estão de prontidão caso haja necessidade de atender feridos.
Os preparativos para instalação da UPP
A ocupação foi divulgada para evitar confrontos com traficantes. A preparação começou há alguns meses. Em maio, foi montada uma grande operação para combater o tráfico na região. Drogas e armas foram apreendidas e um túnel que era usado como rota de fuga por traficantes foi descoberto.
Helicóptero sobrevoa a Mangueira
A polícia acredita que o chefe do trafico no Morro da Mangueira, o Polegar, tenha fugido. O Disque Denúncia oferece R$ 2 mil de recompensa para quem der informações sobre o paradeiro do suspeito. Além da Mangueira também devem ser ocupados os morros Telégrafos e Parque Candelária.
Outras operações
No dia 17 de junho, policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChq) fizeram uma operação numa área próxima à Mangueira. Os agentes estiveram no Morro do Tuiuti, em São Cristóvão. Houve troca de tiros, mas ninguém ficou ferido. Dois suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas foram presos e dois veículos recuperados. A polícia também achou um saco de drogas dentro de um pote de sorvete.
No dia 19 de maio, o Bope, com o apoio de quatro batalhões, fez uma operação no local, que envolveu 115 policiais militares. A incursão resultou na apreensão de drogas e a descoberta de um túnel de 200 metros, com revestimento e iluminação para abrigar traficantes. A mobilização foi ordenada pelo comando-geral da PM.
No dia 21, dois suspeitos foram baleados durante uma troca de tiros com o Bope, durante uma operação na comunidade. Cerca de 70 agentes participaram da ação, que também foi realizada no Morro Tuiuti.
No dia anterior, uma operação policial para coibir roubo e furto de veículos, na região de São Cristóvão até a comunidade da Mangueira, terminou com 12 motos e um carro apreendidos, duas pessoas presas e oito máquinas caça-níqueis apreendidas.
Polícia do Rio encontra túnel que seria usado por traficantes para fuga
Segundo PM, operação no Morro da Mangueira terminou às 16h30.
Um suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas foi preso.
Polícia do Rio encontra túnel que seria usado por traficantes para fuga
Segundo PM, operação no Morro da Mangueira terminou às 16h30.
Um suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas foi preso.
MATÉRIA ANTERIOR QUE SEGUE O MESMO TEMA...
Polícia acha túnel que seria usado por criminosos (Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo)
Agentes da Polícia Militar encontraram, na tarde desta quinta-feira (19), no Morro da Mangueira, na Zona Norte do Rio, um túnel que seria usado por traficantes da comunidade para fuga. Segundo informações do tenente-coronel Vinícius Melo, comandante do 4º BPM (São Cristóvão), o local foi achado durante uma operação de policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), que teve o apoio do 4º BPM. A ação terminou por volta das 16h30.
De acordo com o comandante, dentro do túnel havia várias tábuas de madeiras e instalações clandestinas de luz. Durante a ação, um suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas foi preso. Também foram apreendidas cerca de 25 tabletes de maconha, cocaína, um fuzil e uma pistola, informou Melo.
O material e o preso foram levados para a 17ª DP (São Cristóvão).
Apoio
Ainda de acordo com o comandante, criminosos soltaram fogos de artifício na chegada dos policiais ao local, mas não houve confronto. A ação teve o objetivo de cumprir mandados de prisão, checar informações e reprimir o tráfico de drogas na região.
Também deram apoio à operação agentes do 16º BPM (Olaria), 3º BPM (Méier), 22º BPM (Maré), 7º BPM (São Gonçalo) e dois blindados.
saiba mais
VEJA FOTOS DA OCUPAÇÃO NA MANGUEIRA
A operação é coordenada pela Secretaria de Segurança, por meio da Polícia Militar e da Polícia Civil, com apoio da Marinha do Brasil (Corpo de Fuzileiros Navais), da Polícia Federal, do Corpo de Bombeiros, da Defensoria Pública do estado e da Prefeitura do Rio. A ação conta também com a colaboração do Exército e da Força Aérea Brasileira.
Ao todo, mais de 750 pessoas participam da operação, que tem o apoio de 14 blindados das polícias e dos Fuzileiros Navais (entre Piranhas, Lagartas Anfíbio - Clanf e M-113), além de quatro helicópteros, caminhões, motos, reboques, ônibus, ambulâncias e outros veículos.
Além da Mangueira, as comunidades Morro dos Telégrafos, Candelária e Tuiuti também serão ocupadas. Quando inaugurada, a 18ª UPP fechará um conjunto de favelas que compreende todo o Complexo da Tijuca. Após a inauguração, 315 mil pessoas serão beneficiadas diretamente e cerca de 1,5 milhão indiretamente.
Participam da incursão policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque), Companhia de Cães. Para impedir a movimentação de criminosos pela região policiais do 3º BPM (Méier), 4º BPM (São Cristóvão) e 6º BPM (Tijuca) farão o cerco a estas comunidades.
Homens da Corregedoria da PM e da Defensoria Pública participam da operação para atender a população em caso de queixas. Bombeiros e médicos estão de prontidão caso haja necessidade de atender feridos.
Os preparativos para instalação da UPP
A ocupação foi divulgada para evitar confrontos com traficantes. A preparação começou há alguns meses. Em maio, foi montada uma grande operação para combater o tráfico na região. Drogas e armas foram apreendidas e um túnel que era usado como rota de fuga por traficantes foi descoberto.
Helicóptero sobrevoa a Mangueira
A polícia acredita que o chefe do trafico no Morro da Mangueira, o Polegar, tenha fugido. O Disque Denúncia oferece R$ 2 mil de recompensa para quem der informações sobre o paradeiro do suspeito. Além da Mangueira também devem ser ocupados os morros Telégrafos e Parque Candelária.
Outras operações
No dia 17 de junho, policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChq) fizeram uma operação numa área próxima à Mangueira. Os agentes estiveram no Morro do Tuiuti, em São Cristóvão. Houve troca de tiros, mas ninguém ficou ferido. Dois suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas foram presos e dois veículos recuperados. A polícia também achou um saco de drogas dentro de um pote de sorvete.
No dia 19 de maio, o Bope, com o apoio de quatro batalhões, fez uma operação no local, que envolveu 115 policiais militares. A incursão resultou na apreensão de drogas e a descoberta de um túnel de 200 metros, com revestimento e iluminação para abrigar traficantes. A mobilização foi ordenada pelo comando-geral da PM.
No dia 21, dois suspeitos foram baleados durante uma troca de tiros com o Bope, durante uma operação na comunidade. Cerca de 70 agentes participaram da ação, que também foi realizada no Morro Tuiuti.
No dia anterior, uma operação policial para coibir roubo e furto de veículos, na região de São Cristóvão até a comunidade da Mangueira, terminou com 12 motos e um carro apreendidos, duas pessoas presas e oito máquinas caça-níqueis apreendidas.
Polícia do Rio encontra túnel que seria usado por traficantes para fuga
Segundo PM, operação no Morro da Mangueira terminou às 16h30.
Um suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas foi preso.
Polícia do Rio encontra túnel que seria usado por traficantes para fuga
Segundo PM, operação no Morro da Mangueira terminou às 16h30.
Um suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas foi preso.
MATÉRIA ANTERIOR QUE SEGUE O MESMO TEMA...
Polícia acha túnel que seria usado por criminosos (Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo)
Agentes da Polícia Militar encontraram, na tarde desta quinta-feira (19), no Morro da Mangueira, na Zona Norte do Rio, um túnel que seria usado por traficantes da comunidade para fuga. Segundo informações do tenente-coronel Vinícius Melo, comandante do 4º BPM (São Cristóvão), o local foi achado durante uma operação de policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), que teve o apoio do 4º BPM. A ação terminou por volta das 16h30.
De acordo com o comandante, dentro do túnel havia várias tábuas de madeiras e instalações clandestinas de luz. Durante a ação, um suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas foi preso. Também foram apreendidas cerca de 25 tabletes de maconha, cocaína, um fuzil e uma pistola, informou Melo.
O material e o preso foram levados para a 17ª DP (São Cristóvão).
Apoio
Ainda de acordo com o comandante, criminosos soltaram fogos de artifício na chegada dos policiais ao local, mas não houve confronto. A ação teve o objetivo de cumprir mandados de prisão, checar informações e reprimir o tráfico de drogas na região.
Também deram apoio à operação agentes do 16º BPM (Olaria), 3º BPM (Méier), 22º BPM (Maré), 7º BPM (São Gonçalo) e dois blindados.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
RATINHO PUBLICA O MISTÉRIO DA LÂMPADA DOS EUA QUE ESTÁ ACESA HÁ 110 ANOS E NÃO APAGA NÉM QUE A VAGA "TUSSA".
Uma lâmpada em uma central de bombeiros na Califórnia está acesa há 110 anos e ninguém sabe como ou por que ela ainda não parou de funcionar.
A lâmpada foi acesa em 1901 na cidade de Livermore, norte da Califórnia e foi apagada apenas por alguns cortes de energia e a mudança de prédio dos bombeiros em 1976.
A lâmpada famosa e misteriosa tem até um comitê formado em seu centenário. O presidente é o chefe de divisão dos bombeiros aposentado, Lynn Owens. 'Ninguém sabe como é possível uma lâmpada funcionar por tanto tempo', disse Owens.
saiba mais
Veja a íntegra do vídeo (no site da BBC)
Ele acrescenta que a corrente baixa que alimenta a lâmpada de 60 watts pode ter prolongado sua vida, mas ninguém descobriu porque ela continua brilhando. E Owens afirma que cientistas de todos os Estados Unidos já foram ver a lâmpada. A lâmpada entrou para o livro Guinness World Record e já virou atração turística de Livermore.
"A lâmpada foi criada por um inventor chamado Adolphe Chaillet, que foi convidado pelo governo do Estado de Ohio para fundar uma fábrica de lâmpadas no século dezenove. Ele aceitou o convite e criou uma lâmpada especial", um presente para os bombeiros, afirmou Steve Bunn, que faz parte do comitê do centenário.
Bunn disse que, no começo pensou que a lâmpada centenária era um objeto comum, mas depois descobriu que ela custou muito mais do que as outras e sua fabricação, à mão, deu muito mais trabalho.
E a lâmpada famosa já demonstra isto na aparên
cia de seus filamentos. "A primeira coisa que fiz quando olhei para cima foi notar que o filamento escrevia a palavra 'no' (não, em inglês). Mas, então, olhei de outro jeito e vi que de fato ela dizia 'on', (ligada em inglês)", conta Steve Bunn. Os 110 anos da lâmpada dos bombeiros de Livermore são comemorados em junho.
Saiba qual tipo de lâmpada é mais econômica e como jogá-la fora
Lâmpadas fluorescentes contêm mércurio, um metal pesado que pode contaminar a água da região. Apenas 6% são descartadas corretamente.
Mais antigas e conhecidas do consumidor, as lâmpadas incandescentes iluminam 80% das residências em todo o país.
Elas custam bem menos, um terço do preço de uma lâmpada fluorescente, mas gastam mais energia. É que a iluminação gerada por uma lâmpada comum, de 60 watts, é igual a produzida por uma fluorescente de 15 watts.
Apesar de serem mais econômicas as lâmpadas comuns, as lâmpadas fluorescentes um dia também chegam ao fim. O problema é que elas contêm mercúrio, um material tóxico, e por isso não podem ser jogadas em qualquer lugar.
Hoje no Brasil, de cada 100 lâmpadas frias, apenas seis têm a destinação correta. Se forem jogadas num lixão ou terreno baldio, podem contaminar a água da região.
“O mercúrio, da mesma forma que os metais pesados, também causam problemas neurológicos”, explica a engenheira química Eliane Train.
O risco é aspirar o gás quando a lâmpada se quebra. “O mercúrio pode provocar uma intoxicação aguda três a quatro horas após essa inalação. Pode causar tremores, náusea, vômitos, dores abdominais”, conta o médico Carlos Roberto Naufel Júnior.
Em Curitiba, um caminhão especial faz a coleta de material tóxico. Antes de ir para o lixo as lâmpadas do tipo bastão devem ser embaladas com cartolina recortada. Assim, correm menos risco de se quebrar e de machucar alguém. É importante que a pessoa sempre use uma luva.
As lâmpadas comuns também devem ser separadas do lixo orgânico. Acomodar em caixas de sapato, por exemplo.
Mesmo em municípios que não tem a coleta especial, é dever de cada morador separar o lixo perigoso. Uma das sugestões é usar garrafa pet pra guardar pilhas botões, usadas em calculadoras, relógios. Outra forma é reutilizar embalagens de amaciantes de roupas pra colocar baterias de celulares que você não usa mais.
Uma lei aprovada no ano passado obriga as indústrias a recolher os produtos que elas fabricam. Até agora isso não entrou vigor, mas o comerciante Paulo Takahashi já faz a parte dele.
“Para conservar o meio-ambiente limpo, para não deixar sujeira jogada. Fica vergonhoso pra nós, então vamos dar o exemplo e todo mundo trazer", diz Paulo.
Lâmpadas incandescentes podem sumir das prateleiras até 2016
O objetivo é que sejam usadas apenas as de baixo consumo. Muitos consumidores ainda preferem as lâmpadas tradicionais pelo baixo custo
As lâmpadas que consomem mais energia vão sair do mercado em até cinco anos. O governo calcula que a medida irá trazer economia para o país, mas o preço das lâmpadas mais modernas preocupa o consumidor.
Economia na conta de luz ou na hora de comprar uma lâmpada? A funcionária pública Walquíria Lana prefere o modelo de baixo consumo: “Em termos de custo unitário da lâmpada, ele é mais caro, o custo inicial, mas que se paga rapidamente porque o consumo de energia é muito baixinho”, conta.
Lição que o vendedor Francisco Alves da Silva ensina sempre: “Uma lâmpada comum de 100, ela clareia 100 e consume 100 watts/hora. Uma lâmpada econômica, ela clareia 100 e consome 20 watts/hora, ou seja, 80% de economia, o grande diferencial está aí”, explica Francisco.
É, mas a lâmpada que consome menos pode custar dez vezes mais. Por isso, na casa da dona de casa Antônia Lopes, só entra a lâmpada a tradicional, a incandescente: “Que é mais comum, mais simples e que é também mais barato, que dá pro bolso de todo mundo”, conta.
E ela está em 70% das casas brasileiras. São 300 milhões de unidades vendidas por ano. Mas a lâmpada antiga pode sumir das prateleiras. A partir do ano que vem, o governo vai aumentar a exigência aos fabricantes e até 2016 ela deve ser substituída pela lâmpada mais econômica.
“A nossa intenção é acompanhar a tendência mundial e fazer com outras tecnologias mais eficientes sejam incorporadas no nosso dia-a-dia, fazendo com que haja um ganho de escala na sua produção e uma diminuição do preço ao consumidor”, explica o coordenador-geral de eficiência energética do Ministério de Minas e Energia Carlos Alexandre Pires.
O governo também já fez as contas: em cinco anos vai ser possível poupar o suficiente para abastecer até seis milhões de casas em todo o país. É o dobro do popular Programa Procel, que garante o baixo consumo de energia dos eletrodomésticos.
A indústria pretende passar a produzir as novas lâmpadas, que hoje são todas importadas. E acredita que, com mais oferta, o preço pode cair: “Os preços devem baixar por conta dos incentivos na hora da produção local”, diz o diretor-técnico da Abilux Isac Roizenblatt.
A lâmpada foi acesa em 1901 na cidade de Livermore, norte da Califórnia e foi apagada apenas por alguns cortes de energia e a mudança de prédio dos bombeiros em 1976.
A lâmpada famosa e misteriosa tem até um comitê formado em seu centenário. O presidente é o chefe de divisão dos bombeiros aposentado, Lynn Owens. 'Ninguém sabe como é possível uma lâmpada funcionar por tanto tempo', disse Owens.
saiba mais
Veja a íntegra do vídeo (no site da BBC)
Ele acrescenta que a corrente baixa que alimenta a lâmpada de 60 watts pode ter prolongado sua vida, mas ninguém descobriu porque ela continua brilhando. E Owens afirma que cientistas de todos os Estados Unidos já foram ver a lâmpada. A lâmpada entrou para o livro Guinness World Record e já virou atração turística de Livermore.
"A lâmpada foi criada por um inventor chamado Adolphe Chaillet, que foi convidado pelo governo do Estado de Ohio para fundar uma fábrica de lâmpadas no século dezenove. Ele aceitou o convite e criou uma lâmpada especial", um presente para os bombeiros, afirmou Steve Bunn, que faz parte do comitê do centenário.
Bunn disse que, no começo pensou que a lâmpada centenária era um objeto comum, mas depois descobriu que ela custou muito mais do que as outras e sua fabricação, à mão, deu muito mais trabalho.
E a lâmpada famosa já demonstra isto na aparên
cia de seus filamentos. "A primeira coisa que fiz quando olhei para cima foi notar que o filamento escrevia a palavra 'no' (não, em inglês). Mas, então, olhei de outro jeito e vi que de fato ela dizia 'on', (ligada em inglês)", conta Steve Bunn. Os 110 anos da lâmpada dos bombeiros de Livermore são comemorados em junho.
Saiba qual tipo de lâmpada é mais econômica e como jogá-la fora
Lâmpadas fluorescentes contêm mércurio, um metal pesado que pode contaminar a água da região. Apenas 6% são descartadas corretamente.
Mais antigas e conhecidas do consumidor, as lâmpadas incandescentes iluminam 80% das residências em todo o país.
Elas custam bem menos, um terço do preço de uma lâmpada fluorescente, mas gastam mais energia. É que a iluminação gerada por uma lâmpada comum, de 60 watts, é igual a produzida por uma fluorescente de 15 watts.
Apesar de serem mais econômicas as lâmpadas comuns, as lâmpadas fluorescentes um dia também chegam ao fim. O problema é que elas contêm mercúrio, um material tóxico, e por isso não podem ser jogadas em qualquer lugar.
Hoje no Brasil, de cada 100 lâmpadas frias, apenas seis têm a destinação correta. Se forem jogadas num lixão ou terreno baldio, podem contaminar a água da região.
“O mercúrio, da mesma forma que os metais pesados, também causam problemas neurológicos”, explica a engenheira química Eliane Train.
O risco é aspirar o gás quando a lâmpada se quebra. “O mercúrio pode provocar uma intoxicação aguda três a quatro horas após essa inalação. Pode causar tremores, náusea, vômitos, dores abdominais”, conta o médico Carlos Roberto Naufel Júnior.
Em Curitiba, um caminhão especial faz a coleta de material tóxico. Antes de ir para o lixo as lâmpadas do tipo bastão devem ser embaladas com cartolina recortada. Assim, correm menos risco de se quebrar e de machucar alguém. É importante que a pessoa sempre use uma luva.
As lâmpadas comuns também devem ser separadas do lixo orgânico. Acomodar em caixas de sapato, por exemplo.
Mesmo em municípios que não tem a coleta especial, é dever de cada morador separar o lixo perigoso. Uma das sugestões é usar garrafa pet pra guardar pilhas botões, usadas em calculadoras, relógios. Outra forma é reutilizar embalagens de amaciantes de roupas pra colocar baterias de celulares que você não usa mais.
Uma lei aprovada no ano passado obriga as indústrias a recolher os produtos que elas fabricam. Até agora isso não entrou vigor, mas o comerciante Paulo Takahashi já faz a parte dele.
“Para conservar o meio-ambiente limpo, para não deixar sujeira jogada. Fica vergonhoso pra nós, então vamos dar o exemplo e todo mundo trazer", diz Paulo.
Lâmpadas incandescentes podem sumir das prateleiras até 2016
O objetivo é que sejam usadas apenas as de baixo consumo. Muitos consumidores ainda preferem as lâmpadas tradicionais pelo baixo custo
As lâmpadas que consomem mais energia vão sair do mercado em até cinco anos. O governo calcula que a medida irá trazer economia para o país, mas o preço das lâmpadas mais modernas preocupa o consumidor.
Economia na conta de luz ou na hora de comprar uma lâmpada? A funcionária pública Walquíria Lana prefere o modelo de baixo consumo: “Em termos de custo unitário da lâmpada, ele é mais caro, o custo inicial, mas que se paga rapidamente porque o consumo de energia é muito baixinho”, conta.
Lição que o vendedor Francisco Alves da Silva ensina sempre: “Uma lâmpada comum de 100, ela clareia 100 e consume 100 watts/hora. Uma lâmpada econômica, ela clareia 100 e consome 20 watts/hora, ou seja, 80% de economia, o grande diferencial está aí”, explica Francisco.
É, mas a lâmpada que consome menos pode custar dez vezes mais. Por isso, na casa da dona de casa Antônia Lopes, só entra a lâmpada a tradicional, a incandescente: “Que é mais comum, mais simples e que é também mais barato, que dá pro bolso de todo mundo”, conta.
E ela está em 70% das casas brasileiras. São 300 milhões de unidades vendidas por ano. Mas a lâmpada antiga pode sumir das prateleiras. A partir do ano que vem, o governo vai aumentar a exigência aos fabricantes e até 2016 ela deve ser substituída pela lâmpada mais econômica.
“A nossa intenção é acompanhar a tendência mundial e fazer com outras tecnologias mais eficientes sejam incorporadas no nosso dia-a-dia, fazendo com que haja um ganho de escala na sua produção e uma diminuição do preço ao consumidor”, explica o coordenador-geral de eficiência energética do Ministério de Minas e Energia Carlos Alexandre Pires.
O governo também já fez as contas: em cinco anos vai ser possível poupar o suficiente para abastecer até seis milhões de casas em todo o país. É o dobro do popular Programa Procel, que garante o baixo consumo de energia dos eletrodomésticos.
A indústria pretende passar a produzir as novas lâmpadas, que hoje são todas importadas. E acredita que, com mais oferta, o preço pode cair: “Os preços devem baixar por conta dos incentivos na hora da produção local”, diz o diretor-técnico da Abilux Isac Roizenblatt.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Ex-deputado Carli Filho vai a júri popular acusado de duplo homicídio Ele é responsabilizado pela morte de dois jovens em maio de 2009. Embriagado, velocidade do carro dele variou entre 161 e 173 km/h.
O ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho vai a júri popular, acusado de duplo homicídio com dolo eventual. A 1º Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná julgou na tarde desta quinta-feira (16) um recurso da defesa pelo qual se tentava livrar Carli Filho de um julgamento pela comunidade.
Cinco integrantes da Câmara votaram em uma sessão que durou duas horas, entre eles o relator juiz substituto Naor Rotoli de Macedo. O voto do relator foi acompanhado duas vezes, liquidando a votação.
A defesa do ex-deputado conseguiu derrubar duas circunstâncias que aumentariam a pena do acusado: o fato dele estar dirigindo embriagado e a impossibilidade de defesa das vítimas. Por isso, a pena que antes era de 12 a 30 anos, varia agora de 6 a 20 anos, em caso de condenação. Por serem duas vítimas, a sentença deve ser acrescida de um a dois terços, explica o advogado Elias Mattar Assad.
Manobra da defesa
Até o recurso da defesa, julgado nesta tarde, a decisão da Justiça já era o julgamento de Carli Filho pelo Tribunal do Júri, acusado de duplo homicídio com dolo eventual qualificado. Agora, o "qualificado" caiu.
O julgamento começou por volta das 13h30 desta quinta. O protocolo padrão para esse tipo de julgamento seria o debate entre promotoria e defesa, seguido das considerações do relator e então a votação.
O ex-deputado é responsabilizado pelo acidente que matou os jovens Gilmar Yared, 26, e Carlos Murilo de Almeida, 20, no dia 7 de maio de 2009. Segundo exame etílico, o ex-deputado estava embriagado. Estava também em alta velocidade. Segundo laudo do Instituto de Criminalística, dirigia a uma velocidade entre 161 e 173 km/h.
Tribunal de Justiça julgará recurso da defesa de Carli Filho
Ele responde à acusação de duplo homicídio com dolo eventual.
Recurso será julgado no dia 16 de junho.
O Tribunal de Justiça irá julgar o recurso apresentado pela defesa do ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho no dia 16 de junho. No pedido, os advogados discordam da sentença que determinou o julgamento do ex-deputado pelo tribunal do júri, sob acusação de duplo homicídio com dolo eventual.
Carli Filho é acusado pelo acidente que matou Gilmar Yared, 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20, no dia 7 de maio de 2009. Segundo exame etílico, o ex-deputado estava embriagado e em alta velocidade, quando bateu no carro onde estavam as vítimas. Segundo laudo do Instituto de Criminalística, o ex-deputado dirigia a uma velocidade entre 161 e 173 km/h.
O advogado criminalista René Ariel Dotti assumiu a defesa de Carli Filho no lugar de Roberto Brzezinski Neto.
Ministério Público emite parecer a favor de júri popular para Carli Filho
Defesa solicitou que ex-deputado fosse julgado por crime de trânsito
Carli Filho é acusado de matar dois jovens em acidente automotivo.
O procurador de Justiça Alfredo Nelson da Silva Baki, do Ministério Público do
Paraná, emitiu nesta sexta-feira (20) parecer que sugere a manutenção do juri popular para o ex-deputado Fernando Carli Filho, acusado de matar dois jovens em um acidente de trânsito em Curitiba. O parecer ainda será julgado por três desembargadores do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) para que se obtenha uma decisão definitiva na esfera estadual.
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Defesa do ex-deputado Carli Filho tenta reverter júri popular
Os advogados de defesa de Carli Filho ingressaram com um recurso contra a sentença que determinou que o ex-deputado responda por duplo homicídio doloso eventual na forma qualificada, cuja pena pode varia de 12 a 30 anos.
A alegação da defesa era de que o Carli Filho deveria responder por um crime de trânsito, o que dispensa a convocação de um júri popular. Neste caso, a pena prevista é de, no máximo, quatro anos.
O ex-deputado é acusado de ser responsável pelo acidente que matou Gilmar Yared, 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20, no dia 7 de maio de 2009. Segundo exame etílico, Carli Filho estava embriagado e em alta velocidade, quando bateu no carro onde estavam as vítimas. Segundo laudo do Instituto de Criminalística, o ex-deputado dirigia a uma velocidade entre 161 e 173 km/h.
De acordo com o advogado da família Yared e assistente de acusação, Elias Mattar Assad, a estimativa é de que entre 15 e 20 dias, o TJ-PR emita uma decisão sobre o parecer do procurador Baki. Se favorável, o julgamento pode ser marcado para o segundo semestre deste ano.
Os advogados de defesa podem recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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Justiça do PR aceita denúncia contra ex-deputado envolvido em acidente
Defesa do ex-deputado Carli Filho tenta reverter júri popular
Advogados de Carli Filho querem que ele responda por homicídio culposo.
Juiz determinou que ex-deputado seja julgado por duplo homicídio doloso.
O juiz da 2ª Vara do Tribunal de Júri de Curitiba, Daniel Surdi de Avelar, vai determinar na segunda-feira (14) prazo de dois dias para que os advogados do ex-deputado Fernando Carli Filho apresentem as razões que os levaram a entrar com um recurso contra a sentença de pronuncia. A decisão prevê que Carli Filho responda por duplo homicídio doloso eventual na forma qualificada, o que exige a convocação de um júri popular. O julgamento ainda não tem data marcada.
O ex-deputado é acusado de ser responsável pelo acidente que matou Gilmar Yared, 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20, no dia 7 de maio de 2009. Carli Filho estava embriagado e em alta velocidade, quando bateu no carro onde estavam as vítimas. Segundo laudo do Instituto de Criminalística, o ex-deputado dirigia a uma velocidade entre 161 e 173 km/h.
De acordo com o professor universitário de Direito Penal, Fábio Teixeira, o objetivo do recurso é, além de ganhar tempo, conseguir que Carli Filho seja julgado por homicídio culposo e não doloso, como prevê a sentença de pronuncia. Desta forma, explicou o professor, caso o ex-deputado seja condenado, a pena será menor.
Na avaliação de Teixeira, o fato de o ex-deputado ter dirigido com a carteira de habilitação suspensa, sobre efeito de bebida alcoólica e em alta velocidade levou o juiz a caracterizar o crime como doloso.
Se a acusação permanecer como determina a sentença de pronuncia e Carli Filho for condenado, ele pode ficar preso de 12 a 30 anos. Mas caso os advogados de defesa consigam alterar a acusação para homicídio culposo, Carli Filho estará sujeito a uma pena alternativa. “A morte de duas pessoas pode virar cesta básica”, comentou o professor.
Cinco integrantes da Câmara votaram em uma sessão que durou duas horas, entre eles o relator juiz substituto Naor Rotoli de Macedo. O voto do relator foi acompanhado duas vezes, liquidando a votação.
A defesa do ex-deputado conseguiu derrubar duas circunstâncias que aumentariam a pena do acusado: o fato dele estar dirigindo embriagado e a impossibilidade de defesa das vítimas. Por isso, a pena que antes era de 12 a 30 anos, varia agora de 6 a 20 anos, em caso de condenação. Por serem duas vítimas, a sentença deve ser acrescida de um a dois terços, explica o advogado Elias Mattar Assad.
Manobra da defesa
Até o recurso da defesa, julgado nesta tarde, a decisão da Justiça já era o julgamento de Carli Filho pelo Tribunal do Júri, acusado de duplo homicídio com dolo eventual qualificado. Agora, o "qualificado" caiu.
O julgamento começou por volta das 13h30 desta quinta. O protocolo padrão para esse tipo de julgamento seria o debate entre promotoria e defesa, seguido das considerações do relator e então a votação.
O ex-deputado é responsabilizado pelo acidente que matou os jovens Gilmar Yared, 26, e Carlos Murilo de Almeida, 20, no dia 7 de maio de 2009. Segundo exame etílico, o ex-deputado estava embriagado. Estava também em alta velocidade. Segundo laudo do Instituto de Criminalística, dirigia a uma velocidade entre 161 e 173 km/h.
Tribunal de Justiça julgará recurso da defesa de Carli Filho
Ele responde à acusação de duplo homicídio com dolo eventual.
Recurso será julgado no dia 16 de junho.
O Tribunal de Justiça irá julgar o recurso apresentado pela defesa do ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho no dia 16 de junho. No pedido, os advogados discordam da sentença que determinou o julgamento do ex-deputado pelo tribunal do júri, sob acusação de duplo homicídio com dolo eventual.
Carli Filho é acusado pelo acidente que matou Gilmar Yared, 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20, no dia 7 de maio de 2009. Segundo exame etílico, o ex-deputado estava embriagado e em alta velocidade, quando bateu no carro onde estavam as vítimas. Segundo laudo do Instituto de Criminalística, o ex-deputado dirigia a uma velocidade entre 161 e 173 km/h.
O advogado criminalista René Ariel Dotti assumiu a defesa de Carli Filho no lugar de Roberto Brzezinski Neto.
Ministério Público emite parecer a favor de júri popular para Carli Filho
Defesa solicitou que ex-deputado fosse julgado por crime de trânsito
Carli Filho é acusado de matar dois jovens em acidente automotivo.
O procurador de Justiça Alfredo Nelson da Silva Baki, do Ministério Público do
Paraná, emitiu nesta sexta-feira (20) parecer que sugere a manutenção do juri popular para o ex-deputado Fernando Carli Filho, acusado de matar dois jovens em um acidente de trânsito em Curitiba. O parecer ainda será julgado por três desembargadores do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) para que se obtenha uma decisão definitiva na esfera estadual.
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Defesa do ex-deputado Carli Filho tenta reverter júri popular
Os advogados de defesa de Carli Filho ingressaram com um recurso contra a sentença que determinou que o ex-deputado responda por duplo homicídio doloso eventual na forma qualificada, cuja pena pode varia de 12 a 30 anos.
A alegação da defesa era de que o Carli Filho deveria responder por um crime de trânsito, o que dispensa a convocação de um júri popular. Neste caso, a pena prevista é de, no máximo, quatro anos.
O ex-deputado é acusado de ser responsável pelo acidente que matou Gilmar Yared, 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20, no dia 7 de maio de 2009. Segundo exame etílico, Carli Filho estava embriagado e em alta velocidade, quando bateu no carro onde estavam as vítimas. Segundo laudo do Instituto de Criminalística, o ex-deputado dirigia a uma velocidade entre 161 e 173 km/h.
De acordo com o advogado da família Yared e assistente de acusação, Elias Mattar Assad, a estimativa é de que entre 15 e 20 dias, o TJ-PR emita uma decisão sobre o parecer do procurador Baki. Se favorável, o julgamento pode ser marcado para o segundo semestre deste ano.
Os advogados de defesa podem recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
saiba mais
Justiça do PR aceita denúncia contra ex-deputado envolvido em acidente
Defesa do ex-deputado Carli Filho tenta reverter júri popular
Advogados de Carli Filho querem que ele responda por homicídio culposo.
Juiz determinou que ex-deputado seja julgado por duplo homicídio doloso.
O juiz da 2ª Vara do Tribunal de Júri de Curitiba, Daniel Surdi de Avelar, vai determinar na segunda-feira (14) prazo de dois dias para que os advogados do ex-deputado Fernando Carli Filho apresentem as razões que os levaram a entrar com um recurso contra a sentença de pronuncia. A decisão prevê que Carli Filho responda por duplo homicídio doloso eventual na forma qualificada, o que exige a convocação de um júri popular. O julgamento ainda não tem data marcada.
O ex-deputado é acusado de ser responsável pelo acidente que matou Gilmar Yared, 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, 20, no dia 7 de maio de 2009. Carli Filho estava embriagado e em alta velocidade, quando bateu no carro onde estavam as vítimas. Segundo laudo do Instituto de Criminalística, o ex-deputado dirigia a uma velocidade entre 161 e 173 km/h.
De acordo com o professor universitário de Direito Penal, Fábio Teixeira, o objetivo do recurso é, além de ganhar tempo, conseguir que Carli Filho seja julgado por homicídio culposo e não doloso, como prevê a sentença de pronuncia. Desta forma, explicou o professor, caso o ex-deputado seja condenado, a pena será menor.
Na avaliação de Teixeira, o fato de o ex-deputado ter dirigido com a carteira de habilitação suspensa, sobre efeito de bebida alcoólica e em alta velocidade levou o juiz a caracterizar o crime como doloso.
Se a acusação permanecer como determina a sentença de pronuncia e Carli Filho for condenado, ele pode ficar preso de 12 a 30 anos. Mas caso os advogados de defesa consigam alterar a acusação para homicídio culposo, Carli Filho estará sujeito a uma pena alternativa. “A morte de duas pessoas pode virar cesta básica”, comentou o professor.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
BIN LADEN AINDA É DESTAQUE DEPOIS DE MORTO NA MÍDIA...
A agência paquistanesa de espionagem militar prendeu alguns informantes que teriam levado os Estados Unidos a encontrar e matar o terrorista Osama bin Laden, segundo o jornal "The New York Times". Cinco informantes teriam sido detidos, incluindo um alto oficial do exército paquistanês.
O oficial teria passado informações sobre os carros que visitavam o complexo onde o terrorista se escondia em Abbottabad, no Paquistão, nas semanas que antecederam o ataque americano, que terminou com a morte do chefe da al-Qaeda.
Não há informações sobre o local para onde os informantes teriam sido levados.
(*) Com informações do NYT e da agência de notícias
EUA encaram 'rebelião muçulmana', diz provável novo líder da al-Qaeda
Egípcio Ayman al-Zawahri ameaça América em vídeo na internet.
Ele celebrou a memória de Bin Laden, morto por americanos em maio.
Mergulhador americano procurará corpo de Bin Laden
Bill Warren diz ter 'fontes' que ajudarão a determinar área a ser vasculhada no fundo de Mar da Arábia.
Bombardeio dos EUA mata membro importante da al-Qaeda no Paquistão
Informação é de fontes da inteligência e da imprensa local.
Morte ocorre quase um mês depois do ataque que matou Bin Laden
Um importante membro da rede terrorista da al-Qaeda, Ilyas Kashmiri, morreu em um ataque de um avião não-tripulado dos EUA no Paquistão, segundo fontes de inteligência e a imprensa local.
"Estamos certos de que ele está morto. Agora estamos tentando recuperar os corpos", afirmou uma autoridade da inteligência paquistanesa. "Queremos tirar fotos dos corpos."
Não é a primeira vez que surgem rumores sobre a morte de Kashmiri. Houve relatos de que ele havia morrido em setembro de 2009 em outro ataque realizado por avião teleguiado norte-americano.
A imprensa paquistanesa afirmou que, desta vez, Kashmiri foi morto, citando o grupo que ele comandava e que é ligado à al-Qaeda, o Harkat-ul Jihad Islami (Huji).
"Confirmamos que nosso Emir (líder) e comandante-chefe, Mohammad Ilyas Kashmiri, além de outros companheiros, foram martirizados por um ataque com avião teleguiado norte-americano no dia 3 de junho de 2011, às 23h15", afirmou Abu Hanzla Kashir, que se identificou como porta-voz do Huji, em comunicado passado por fax a uma emissora de televisão paquistanesa.
A autenticidade do comunicado não pôde ser verificada.
Ilyas Kashmiri dá entrevista em Islamabad em 11
de julho de 2001 (Foto: Reuters)O Huji estava por trás dos ataques suicidas a bomba ao consulado norte-americano em Karachi, em março de 2006, que resultaram em quatro mortos e 48 feridos, informou o Departamento de Estado norte-americano.
O Departamento de Estado classificou Kashmiri como um "terrorista global especialmente designado", acrescentando-o à lista dos militantes mais importantes.
Em março do ano passado, a procuradoria-geral norte-americana citou em um comunicado um motorista de táxi de Chicago acusado de enviar dinheiro a Kashmiri. Ele afirmou que o militante paquistanês disse a ele que "pretendia treinar membros para conduzir ataques nos Estados Unidos".
A imprensa paquistanesa especulou que Kashmiri foi o mentor de um cerco militante a uma base naval paquistanesa no mês passado, causando grande humilhação aos militares do país.
A morte é mais uma baixa importante da rede, pouco mais de um mês depois da morte de Osama bin Laden no país.
A operação que matou Bin Laden gerou um atrito diplomático entre os dois países.
O Paquistão reclamou de não ter sido avisado previamente da ação americana, e os americanos desconfiam de que autoridades paquistanesas tenham ajudado a acobertar a presença de Bin Laden no país.
"Confirmamos que nosso Emir (líder) e comandante-chefe, Mohammad Ilyas Kashmiri, além de outros companheiros, foram martirizados por um ataque com avião teleguiado norte-americano no dia 3 de junho de 2011, às 23h15", afirmou Abu Hanzla Kashir, que se identificou como porta-voz do Huji, em comunicado passado por fax a uma emissora de televisão paquistanesa.
A autenticidade do comunicado não pôde ser verificada.
Ilyas Kashmiri dá entrevista em Islamabad em 11
de julho de 2001 (Foto: Reuters)O Huji estava por trás dos ataques suicidas a bomba ao consulado norte-americano em Karachi, em março de 2006, que resultaram em quatro mortos e 48 feridos, informou o Departamento de Estado norte-americano.
O Departamento de Estado classificou Kashmiri como um "terrorista global especialmente designado", acrescentando-o à lista dos militantes mais importantes.
Em março do ano passado, a procuradoria-geral norte-americana citou em um comunicado um motorista de táxi de Chicago acusado de enviar dinheiro a Kashmiri. Ele afirmou que o militante paquistanês disse a ele que "pretendia treinar membros para conduzir ataques nos Estados Unidos".
A imprensa paquistanesa especulou que Kashmiri foi o mentor de um cerco militante a uma base naval paquistanesa no mês passado, causando grande humilhação aos militares do país.
A morte é mais uma baixa importante da rede, pouco mais de um mês depois da morte de Osama bin Laden no país.
A operação que matou Bin Laden gerou um atrito diplomático entre os dois países.
O Paquistão reclamou de não ter sido avisado previamente da ação americana, e os americanos desconfiam de que autoridades paquistanesas tenham ajudado a acobertar a presença de Bin Laden no país.
Paquistão anuncia investigação própria sobre morte de Bin Laden
Comissão vai apurar operação americana que matou o terrorista.
Ação em território paquistanês gerou mal estar entre os dois países.
O primeiro-ministro do Paquistão ordenou nesta terça-feira (31) que uma comissão independente investigue a operação das forças de elite americanas na cidade de Abbotabad, que em 2 de maio matou o líder da rede terrorista da al-Qaeda, Osama bin Laden, informou seu gabinete.
"O primeiro-ministro Yusuf Raza Gilani instaurou uma comissão para investigar a operação em Abbotabad", cidade situada ao norte de Islamabad, onde morreu Bin Laden, indicou um comunicado.
A comissão de cinco membros será liderada por Javed Iqbal, alto magistrado da Suprema Corte do Paquistão, acrescentou.
Imagem divulgada pelo serviço de monitoramento SITE mostra reprodução de fórum jihadista que publicou o último áudio de Bin Laden em 18de maio(Foto: AFP)O Parlamento paquistanês pediu no dia 14 de maio ao governo "a nomeação de uma comissão independente" para investigar o ataque em que Bin Laden foi morto, e a adoção "de medidas necessárias para impedir que este tipo de incidente se repita".
Em uma dura resolução, os parlamentares paquistaneses ameaçaram pôr fim à cooperação logística do Paquistão com as tropas americanas com sede no Afeganistão se os ataques com aviões sem piloto operados pela CIA não forem interrompidos.
O fato de as autoridades paquistanesas não terem sido avisadas com antecedência da operação gerou mal estar diplomático entre os dois países. Os americanos, por sua vez, suspeitam que elementos no Paquistão tenham ajudado a acobertar a presença do terrorista.
Osama bin Laden, Paquistão
O primeiro-ministro do Paquistão ordenou nesta terça-feira (31) que uma comissão independente investigue a operação das forças de elite americanas na cidade de Abbotabad, que em 2 de maio matou o líder da rede terrorista da al-Qaeda, Osama bin Laden, informou seu gabinete.
"O primeiro-ministro Yusuf Raza Gilani instaurou uma comissão para investigar a operação em Abbotabad", cidade situada ao norte de Islamabad, onde morreu Bin Laden, indicou um comunicado.
A comissão de cinco membros será liderada por Javed Iqbal, alto magistrado da Suprema Corte do Paquistão, acrescentou.
Imagem divulgada pelo serviço de monitoramento SITE mostra reprodução de fórum jihadista que publicou o último áudio de Bin Laden em 18de maio(Foto: AFP)O Parlamento paquistanês pediu no dia 14 de maio ao governo "a nomeação de uma comissão independente" para investigar o ataque em que Bin Laden foi morto, e a adoção "de medidas necessárias para impedir que este tipo de incidente se repita".
Em uma dura resolução, os parlamentares paquistaneses ameaçaram pôr fim à cooperação logística do Paquistão com as tropas americanas com sede no Afeganistão se os ataques com aviões sem piloto operados pela CIA não forem interrompidos.
O fato de as autoridades paquistanesas não terem sido avisadas com antecedência da operação gerou mal estar diplomático entre os dois países. Os americanos, por sua vez, suspeitam que elementos no Paquistão tenham ajudado a acobertar a presença
do terrorista.
O oficial teria passado informações sobre os carros que visitavam o complexo onde o terrorista se escondia em Abbottabad, no Paquistão, nas semanas que antecederam o ataque americano, que terminou com a morte do chefe da al-Qaeda.
Não há informações sobre o local para onde os informantes teriam sido levados.
(*) Com informações do NYT e da agência de notícias
EUA encaram 'rebelião muçulmana', diz provável novo líder da al-Qaeda
Egípcio Ayman al-Zawahri ameaça América em vídeo na internet.
Ele celebrou a memória de Bin Laden, morto por americanos em maio.
Mergulhador americano procurará corpo de Bin Laden
Bill Warren diz ter 'fontes' que ajudarão a determinar área a ser vasculhada no fundo de Mar da Arábia.
Bombardeio dos EUA mata membro importante da al-Qaeda no Paquistão
Informação é de fontes da inteligência e da imprensa local.
Morte ocorre quase um mês depois do ataque que matou Bin Laden
Um importante membro da rede terrorista da al-Qaeda, Ilyas Kashmiri, morreu em um ataque de um avião não-tripulado dos EUA no Paquistão, segundo fontes de inteligência e a imprensa local.
"Estamos certos de que ele está morto. Agora estamos tentando recuperar os corpos", afirmou uma autoridade da inteligência paquistanesa. "Queremos tirar fotos dos corpos."
Não é a primeira vez que surgem rumores sobre a morte de Kashmiri. Houve relatos de que ele havia morrido em setembro de 2009 em outro ataque realizado por avião teleguiado norte-americano.
A imprensa paquistanesa afirmou que, desta vez, Kashmiri foi morto, citando o grupo que ele comandava e que é ligado à al-Qaeda, o Harkat-ul Jihad Islami (Huji).
"Confirmamos que nosso Emir (líder) e comandante-chefe, Mohammad Ilyas Kashmiri, além de outros companheiros, foram martirizados por um ataque com avião teleguiado norte-americano no dia 3 de junho de 2011, às 23h15", afirmou Abu Hanzla Kashir, que se identificou como porta-voz do Huji, em comunicado passado por fax a uma emissora de televisão paquistanesa.
A autenticidade do comunicado não pôde ser verificada.
Ilyas Kashmiri dá entrevista em Islamabad em 11
de julho de 2001 (Foto: Reuters)O Huji estava por trás dos ataques suicidas a bomba ao consulado norte-americano em Karachi, em março de 2006, que resultaram em quatro mortos e 48 feridos, informou o Departamento de Estado norte-americano.
O Departamento de Estado classificou Kashmiri como um "terrorista global especialmente designado", acrescentando-o à lista dos militantes mais importantes.
Em março do ano passado, a procuradoria-geral norte-americana citou em um comunicado um motorista de táxi de Chicago acusado de enviar dinheiro a Kashmiri. Ele afirmou que o militante paquistanês disse a ele que "pretendia treinar membros para conduzir ataques nos Estados Unidos".
A imprensa paquistanesa especulou que Kashmiri foi o mentor de um cerco militante a uma base naval paquistanesa no mês passado, causando grande humilhação aos militares do país.
A morte é mais uma baixa importante da rede, pouco mais de um mês depois da morte de Osama bin Laden no país.
A operação que matou Bin Laden gerou um atrito diplomático entre os dois países.
O Paquistão reclamou de não ter sido avisado previamente da ação americana, e os americanos desconfiam de que autoridades paquistanesas tenham ajudado a acobertar a presença de Bin Laden no país.
"Confirmamos que nosso Emir (líder) e comandante-chefe, Mohammad Ilyas Kashmiri, além de outros companheiros, foram martirizados por um ataque com avião teleguiado norte-americano no dia 3 de junho de 2011, às 23h15", afirmou Abu Hanzla Kashir, que se identificou como porta-voz do Huji, em comunicado passado por fax a uma emissora de televisão paquistanesa.
A autenticidade do comunicado não pôde ser verificada.
Ilyas Kashmiri dá entrevista em Islamabad em 11
de julho de 2001 (Foto: Reuters)O Huji estava por trás dos ataques suicidas a bomba ao consulado norte-americano em Karachi, em março de 2006, que resultaram em quatro mortos e 48 feridos, informou o Departamento de Estado norte-americano.
O Departamento de Estado classificou Kashmiri como um "terrorista global especialmente designado", acrescentando-o à lista dos militantes mais importantes.
Em março do ano passado, a procuradoria-geral norte-americana citou em um comunicado um motorista de táxi de Chicago acusado de enviar dinheiro a Kashmiri. Ele afirmou que o militante paquistanês disse a ele que "pretendia treinar membros para conduzir ataques nos Estados Unidos".
A imprensa paquistanesa especulou que Kashmiri foi o mentor de um cerco militante a uma base naval paquistanesa no mês passado, causando grande humilhação aos militares do país.
A morte é mais uma baixa importante da rede, pouco mais de um mês depois da morte de Osama bin Laden no país.
A operação que matou Bin Laden gerou um atrito diplomático entre os dois países.
O Paquistão reclamou de não ter sido avisado previamente da ação americana, e os americanos desconfiam de que autoridades paquistanesas tenham ajudado a acobertar a presença de Bin Laden no país.
Paquistão anuncia investigação própria sobre morte de Bin Laden
Comissão vai apurar operação americana que matou o terrorista.
Ação em território paquistanês gerou mal estar entre os dois países.
O primeiro-ministro do Paquistão ordenou nesta terça-feira (31) que uma comissão independente investigue a operação das forças de elite americanas na cidade de Abbotabad, que em 2 de maio matou o líder da rede terrorista da al-Qaeda, Osama bin Laden, informou seu gabinete.
"O primeiro-ministro Yusuf Raza Gilani instaurou uma comissão para investigar a operação em Abbotabad", cidade situada ao norte de Islamabad, onde morreu Bin Laden, indicou um comunicado.
A comissão de cinco membros será liderada por Javed Iqbal, alto magistrado da Suprema Corte do Paquistão, acrescentou.
Imagem divulgada pelo serviço de monitoramento SITE mostra reprodução de fórum jihadista que publicou o último áudio de Bin Laden em 18de maio(Foto: AFP)O Parlamento paquistanês pediu no dia 14 de maio ao governo "a nomeação de uma comissão independente" para investigar o ataque em que Bin Laden foi morto, e a adoção "de medidas necessárias para impedir que este tipo de incidente se repita".
Em uma dura resolução, os parlamentares paquistaneses ameaçaram pôr fim à cooperação logística do Paquistão com as tropas americanas com sede no Afeganistão se os ataques com aviões sem piloto operados pela CIA não forem interrompidos.
O fato de as autoridades paquistanesas não terem sido avisadas com antecedência da operação gerou mal estar diplomático entre os dois países. Os americanos, por sua vez, suspeitam que elementos no Paquistão tenham ajudado a acobertar a presença do terrorista.
Osama bin Laden, Paquistão
O primeiro-ministro do Paquistão ordenou nesta terça-feira (31) que uma comissão independente investigue a operação das forças de elite americanas na cidade de Abbotabad, que em 2 de maio matou o líder da rede terrorista da al-Qaeda, Osama bin Laden, informou seu gabinete.
"O primeiro-ministro Yusuf Raza Gilani instaurou uma comissão para investigar a operação em Abbotabad", cidade situada ao norte de Islamabad, onde morreu Bin Laden, indicou um comunicado.
A comissão de cinco membros será liderada por Javed Iqbal, alto magistrado da Suprema Corte do Paquistão, acrescentou.
Imagem divulgada pelo serviço de monitoramento SITE mostra reprodução de fórum jihadista que publicou o último áudio de Bin Laden em 18de maio(Foto: AFP)O Parlamento paquistanês pediu no dia 14 de maio ao governo "a nomeação de uma comissão independente" para investigar o ataque em que Bin Laden foi morto, e a adoção "de medidas necessárias para impedir que este tipo de incidente se repita".
Em uma dura resolução, os parlamentares paquistaneses ameaçaram pôr fim à cooperação logística do Paquistão com as tropas americanas com sede no Afeganistão se os ataques com aviões sem piloto operados pela CIA não forem interrompidos.
O fato de as autoridades paquistanesas não terem sido avisadas com antecedência da operação gerou mal estar diplomático entre os dois países. Os americanos, por sua vez, suspeitam que elementos no Paquistão tenham ajudado a acobertar a presença
do terrorista.
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