O governador Geraldo Alckmin afirmou nesta segunda-feira (20), em São Paulo, que o governo paulista fará uma auditoria em todos os hospitais do estado. A medida foi tomada após denúncia de fraudes em escalas de plantões médicos que supostamente aconteciam em hospitais da capital paulista e do interior do estado. Após as denúncias, que foram ao ar no Fantástico deste domingo (19), o secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Jorge Roberto Pagura, pediu demissão. Nesta manhã, o coordenador de Serviços da Saúde de São Paulo, Ricardo Tardelli, também deixou o cargo após a divulgação de gravações feitas com autorização da Justiça. Segundo a polícia, Tardelli tinha conhecimento da fraude em hospitais.
Segundo a reportagem do Fantástico, foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não aconteceram só em Sorocaba, mas se espalharam por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário. Na delegacia, uma das pessoas presas nesta semana em Sorocaba negou que ele trabalhasse no hospital.
Procurado pelo Fantástico, Jorge Pagura não quis gravar entrevista. O agora ex-secretário afirmou, em nota, que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos, com verba do SUS.
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Coordenador de Saúde de SP pede demissão após denúncia de fraudeEm grampo, coordenador de Saúde de SP admite fraudes em plantõesAlckmin aceita demissão de secretário suspeito de participação em fraude“Vamos auditar todos os nossos hospitais”, disse Alckmin. Segundo o governador, um novo interventor para o Hospital Regional de Sorocaba será designado até terça-feira (21), além de uma série de mudanças no controle de marcação de ponto de profissionais da saúde no estado.
Alckmin disse ainda que pretende implantar uma “via rápida”, como há na polícia, para que as denúncias recebidas sejam rapidamente apuradas e os envolvidos, punidos.
Alckmin participou do lançamento do Curso de Empreendedorismo do Banco do Povo Paulista, no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul de São Paulo. Quando questionado se Tardelli havia pedido demissão, o governador falou que haverá substituição na Coordenação de Serviços da Saúde. “Se não saiu, vai sair. Nós vamos substituir também a coordenadoria.”
Sobre o ex-secretário de Esportes, o governador afirmou que Pagura não era funcionário do estado. “Ele nunca recebeu do estado [paulista]. Não teve nenhum envolvimento com licitação, nada disso. Ele é funcionário federal do SUS, que em 2009 foi comissionado e ficou dois anos comissionado no Hospital de Sorocaba e, segundo ele [o ex-secretário], para cuidar de projetos científicos, atividades relacionadas à saúde”, informou. Segundo Alckmin o secretário-adjunto de Esporte, Lazer e Juventude, José Benedito, assumirá a pasta até que haja a nomeação do novo titular.
Coordenador de Saúde de SP pede demissão após denúncia de fraude
Gravações autorizadas pela Justiça flagraram conversa de Ricardo Tardelli.
Ele dá a entender, em telefonema, que sabia sobre fraudes em plantões.
O coordenador de Serviços da Saúde de São Paulo, Ricardo Tardelli, pediu demissão na manhã desta segunda-feira (20), após denúncias de que ele tinha conhecimento das fraudes em escalas de plantões médicos que supostamente aconteciam em hospitais da capital paulista e do interior do estado. No fim da manhã, o secretário estadual da Saúde, Giovanni Cerri, aceitou a demissão do funcionário. Ele afirmou que deixa o cargo para facilitar as investigações. Reportagem do Fantástico no domingo mostrou o envolvimento de funcionários nas denúncias de fraudes.
Segundo a polícia, Tardelli tinha conhecimento da fraude em hospitais - segundo a denúncia, médicos recebiam por plantões que não eram realizados. Ricardo Tadelli informou, por meio da assessoria da imprensa da secretaria, que não sabia de nenhum esquema organizado de fraudes. A Secretaria da Saúde disse que será feita uma auditoria nos plantões de todos os hospitais estaduais e a implantação de pontos eletrônicos para verificar a presença.
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Em grampo, coordenador de Saúde de SP admite fraudes em plantõesAlckmin aceita demissão de secretário suspeito de participação em fraudeCremesp apura conduta de médicos presos suspeitos de plantão fantasmaMP diz que grampo flagrou médicos combinando fraude em plantãoEm uma gravação autorizada pela Justiça, Tardelli dá a entender que as fraudes não são um problema exclusivo dos hospitais de Sorocaba, no interior do estado. Segundo ele, o problema aconteceria “em todo lugar”. Setenta pessoas estão sob investigação e doze já foram presas por suspeita de participação no esquema.
Tardelli conversa, em uma gravação, com o então diretor do Hospital de Sorocaba, Ricardo Salim, sobre o suposto esquema de fraudes nos plantões médicos:
Sallim: "É a única coisa flexível que você tem e que todos têm. O resto não tem o que fazer. Então a gente tem que usar isso até para tocar o serviço."
Tardelli: "Não é uma exclusividade do conjunto do Hospital de Sorocaba. Isso tem em todo lugar. Se fizer um pente-fino vai encontrar problema."
O secretário Giovanni Guido Cerri ficou surpreso com a suspeita sobre a participação do funcionário. “Nós não recebemos informações da promotoria em relação à participação dele nesse esquema. Nós temos que aguardar informações sobre isso. Nós vamos apurar e, se houver qualquer tipo de envolvimento, nós vamos tomar as medidas necessárias”, afirmou.
Demissão de secretário
Neste domingo (19), o secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Jorge Roberto Pagura, pediu demissão do cargo ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Pagura, que é neurocirurgião, é suspeito de receber dinheiro público da saúde sem trabalhar, como mostrou uma reportagem do Fantástico. Ele será investigado pela Procuradoria Geral de Justiça.
A investigação da polícia e do Ministério Público começou no Hospital Regional de Sorocaba, um dos principais do interior. Mas foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não acontecem só em Sorocaba e se espalharam por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário.
O nome de Pagura apareceu durante o monitoramento do homem que foi diretor-geral do Hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro do ano passado. Em 10 de dezembro, ele recebeu uma ligação de Pagura, que ainda não estava sendo investigado pela polícia. O neurocirurgião assumiria a Secretaria de Esporte de São Paulo um mês depois. O diretor propõe que Pagura assine o ponto de frequência em outro hospital. Ele aceita, mas aparenta preocupação.
O ex-secretário não quis gravar entrevista. Ele afirmou em nota que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos com verba do SUS. O advogado Pedro Luiz Cunha, que defende Ricardo Salim, diretor do Hospital de Sorocaba, diz que todos os procedimentos adotados por seu cliente foram legítimos.
Em grampo, coordenador de Saúde de SP admite fraudes em plantões
Médicos são suspeitos de receber sem trabalhar em hospitais.
Secretário de Esportes pediu demissão neste domingo após denúncia.
O coordenador de Serviços da Saúde de São Paulo, Ricardo Tardelli, disse em gravação autorizada pela Justiça que as fraudes nas escalas de plantões médicos não são um problema exclusivo dos hospitais de Sorocaba, no interior do estado. Segundo ele, o problema acontece em todo lugar. Setenta pessoas estão sob investigação e doze já foram presas por suspeita de participação no esquema. Com a fraude, médicos recebiam por plantões que não eram realizados.
Nas gravações, Tardelli conversa com o então diretor do Hospital de Sorocaba, Ricardo Salim, sobre o suposto esquema de fraudes nos plantões médicos.
Sallim: "É a única coisa flexível que você tem e que todos têm. O resto não tem o que fazer. Então a gente tem que usar isso até para tocar o serviço."
Tardelli: "Não é uma exclusividade do conjunto do Hospital de Sorocaba. Isso tem em todo lugar. Se fizer um pente fino vai encontrar problema."
Segundo a polícia, Tardelli tinha conhecimento de tudo o que acontecia. Ricardo Tadelli informou, por meio da assessoria da imprensa da secretaria, que não sabia de nenhum esquema organizado de fraudes dos plantões nos hospitais.
O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, nega que a pasta tenha conheciemento das fraudes. “Nós não recebemos informações da promotoria em relação à participação dele nesse esquema. Nós temos que aguardar informações sobre isso. Nós vamos apurar e se houver qualquer tipo de envolvimento nós vamos tomar as medidas necessárias”, afirmou o secretário estadual de Saúde de São Paulo.
Neste domingo (19), o secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude Jorge Roberto Pagura, pediu demissão do cargo ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, após reportagem do Fantástico. Pagura, que é neurocirurgião, é suspeito de receber dinheiro público da saúde sem trabalhar.Ele será investigado pela Procuradoria Geral de Justiça do estado.
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Ex-secretário será investigado pela Procuradoria Geral de SPAlckmin aceita demissão de secretário suspeito de participação em fraudeA investigação da polícia e do Ministério Público começou no Hospital Regional de Sorocaba, um dos principais do interior. Mas foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não acontecem só em Sorocaba e se espalharam por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário.
O nome de Pagura apareceu durante o monitoramente do homem que foi diretor-geral do Hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro do ano passado. Em 10 de dezembro, ele recebeu uma ligação de Pagura, que ainda não estava sendo investigado pela polícia. O neurocirurgião assumiria a Secretaria de Esporte de São Paulo um mês depois. O diretor propõe que Pagura assine o ponto de frequência em outro hospital. Ele aceita, mas aparenta preocupação.
O ex-secretário não quis gravar entrevista. Ele afirmou em nota que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos com verba do SUS.
Depoimentos
Nesta segunda-feira (20), a partir das 8h, o Ministério Público deve retomar os depoimentos dos presos nesta operação. Dos presos, quatro foram liberados: três por terem colaborado com a polícia e a Promotoria e um por ter habeas corpus concedido. Uma dentista é considerada foragida.
Segundo promotores, todos os detidos já foram ouvidos, mas os novos depoimentos são necessários para que algumas dúvidas sejam esclarecidas.
Ex-secretário será investigado pela Procuradoria Geral de Justiça de SP
Neurocirurgião é suspeito de receber dinheiro público sem trabalhar.
Ele nega as acusações e diz que desenvolvia projetos em hospital.
O ex-secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude Jorge Roberto Pagura, que pediu demissão do cargo ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, será investigado pela Procuradoria Geral de Justiça do estado. Neurocirurgião de renome, ele é suspeito de receber dinheiro público da saúde sem trabalhar.
Segundo nota enviada pelo governo, Pagura pediu demissão para facilitar os esclarecimentos dos fatos mostrados em reportagem do Fantástico deste domingo (19). O governador aceitou o pedido também no domingo.
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Alckmin aceita demissão de secretário suspeito de participação em fraudeCremesp apura conduta de médicos presos suspeitos de plantão fantasmaMP diz que grampo flagrou médicos combinando fraude em plantãoMédicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudesMais de 70 profissionais de saúde foram investigados na capital paulista e no interior sob suspeita de desvio de dinheiro público. A Justiça decretou a prisão de 13 pessoas, entre elas seis médicos, dois dentistas, uma enfermeira e dois empresários. Segundo a polícia, a maioria recebia salário, mas não aparecia para trabalhar nos plantões.
A investigação da polícia e do Ministério Público começou no Hospital Regional de Sorocaba, um dos principais do interior. Mas foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não acontecem só em Sorocaba e se espalharam por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário.
O nome de Pagura apareceu durante o monitoramente do homem que foi diretor-geral do Hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro do ano passado. Em 10 de dezembro, ele recebeu uma ligação de Pagura, que ainda não estava sendo investigado pela polícia. O neurocirurgião assumiria a Secretaria de Esporte de São Paulo um mês depois. O diretor propõe que Pagura assine o ponto de frequência em outro hospital. Ele aceita, mas aparenta preocupação.
O ex-secretário não quis gravar entrevista. Ele afirmou em nota que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos com verba do SUS.
Depoimentos
Nesta segunda-feira (20), a partir das 8h, o Ministério Público deve retomar os depoimentos dos presos nesta operação. Dos presos, quatro foram liberados: três por terem colaborado com a polícia e a Promotoria e um por ter habeas corpus concedido. Uma dentista é considerada foragida.
Segundo promotores, todos os detidos já foram ouvidos, mas os novos depoimentos são necessários para que algumas dúvidas sejam esclarecidas.
Alckmin aceita demissão de secretário suspeito de participação em fraude
Secretário de Esporte é médico e teria recebido sem fazer plantões.
Jorge Pagura foi flagrado em conversas telefônicas durante investigação.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, aceitou na tarde deste domingo (19) o pedido de demissão do secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Jorge Roberto Pagura. Neurocirurgião de renome, ele é suspeito de receber dinheiro público da saúde sem trabalhar. Segundo nota enviada pelo governo, ele pediu demissão para facilitar os esclarecimentos dos fatos mostrados em reportagem do Fantástico deste domingo.
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Procurado pelo Fantástico, Jorge Pagura não quis gravar entrevista. O agora ex-secretário afirmou, em nota, que nunca fez plantões no hospital de Sorocaba nem recebeu por eles. E que o trabalho que realizava lá era o de desenvolvimento de projetos, com verba do SUS.
Mais de 70 profissionais de saúde foram investigados, na capital e no interior, sob suspeita de desvio de dinheiro público. A Justiça decretou a prisão de 13 pessoas, entre elas seis médicos, dois dentistas, uma enfermeira e dois empresários. Segundo as investigações, a maioria recebia salário, mas simplesmente não aparecia para trabalhar nos plantões. Por telefone, alguns admitem a fraude, como mostram gravações autorizadas pela Justiça. “Você sabe, eu sei que, durante um período, você se beneficiou daquela história do plantão”, diz um dos envolvidos.
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Cremesp apura conduta de médicos presos suspeitos de plantão fantasmaMP diz que grampo flagrou médicos combinando fraude em plantãoMédicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudesA investigação da polícia e do Ministério Público começou no Hospital Regional de Sorocaba, um dos principais do interior paulista. Nas escutas telefônicas, a precariedade do atendimento fica evidente. “Dois estão neste momento com fratura exposta de mão e não tem vaga no centro cirúrgico, não tem anestesista”, diz um funcionário.
Foram encontrados indícios de que as fraudes nos plantões não acontecem só em Sorocaba e se espalham por grandes hospitais públicos da capital paulista. Durante o trabalho policial, também surgiram suspeitas contra o secretário. Na delegacia, uma das pessoas presas esta semana em Sorocaba negou que ele trabalhasse no hospital.
O nome do secretário surgiu durante o monitoramente do homem que foi diretor-geral do Hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro do ano passado. No dia 10 de dezembro, ele recebeu uma ligação de Jorge Roberto Pagura, que não estava sendo investigado pela polícia. O neurocirurgião assumiria a Secretaria de Esporte de São Paulo um mês depois.
O diretor propõe que Pagura assine o ponto de frequência em outro hospital. “O teu ponto está sob controle. Mas daí vamos tomar cuidado. Semana que vem vamos pôr em algum lugar mais seguro”, diz. Pagura responde “está certo”, mas aparenta preocupação.
Controles de frequência
Na quinta-feira passada, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em oito hospitais públicos: sete na capital paulista e mais o regional de Sorocaba. Doze pessoas foram presas. Uma é a ex-chefe de recursos humanos do hospital de Sorocaba. Segundo as investigações, ela sabia quem não fazia plantões e recebia propina para esconder a fraude.
É a mulher quem fala sobre o neurocirurgião Jorge Pagura em um vídeo obtido pelo Fantástico, em que nega que o médico ia trabalhar no hospital. Sexta feira, em Sorocaba, no prédio da Diretoria Regional de Saúde, a DRS, foram encontrados, escondidos num armário, os controles de frequência de Jorge Pagura. Nos documentos consta que, entre 2009 e 2010, ele deveria dar expediente no hospital de Sorocaba de segunda a sexta, das 8h ao meio-dia.
“Ele mandava a frequência para mim e eu encaminhava lá para a DRS”, diz a funcionária no vídeo. Ao ser questionada se a frequência já chegava pronta, ela balança a cabeça positivamente. A mulher contou ainda que este mês foi nomeada para trabalhar na Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude - a pasta comandada por Pagura. “Eu sou secretária. Agora eu estou na assessoria de imprensa, mas sou secretária”, disse.
Em nota, Pagura disse que ela foi nomeada para um cargo na Coordenadoria da Juventude. Mas que a nomeação está cancelada. A mulher vai responder ao processo em liberdade.
Investigação
Há um ano, policiais civis e promotores que combatem o crime organizado começaram a investigar o Hospital de Sorocaba. E descobriram que o desvio passou dos R$ 2 milhões. “Se houvesse um controle efetivo, se constataria facilmente que a carga horária desenvolvida por essas pessoas é humanamente impossível. Nós temos aqui médico com 220 horas semanais”, afirma a promotora de Justiça Maria Aparecida Castanho. A semana - incluindo sábado e domingo - tem 168 horas.
Entre os acusados, está a cirurgiã-geral Maria Helena Alberici. Em 2010, de acordo com a polícia, recebeu R$ 14 mil sem trabalhar. Já Tânia Maris de Paiva é cirurgiã-dentista e tinha um cargo importante no hospital: era responsável por apurar irregularidades. Mas uma gravação mostra que Tânia sabe que Maria Helena Alberici recebe sem aparecer no trabalho e diz o que ela tem que fazer. “Como você nunca foi no hospital, a sua cara lá não deveria aparecer em momento nenhum”, diz ela. “Eu acho, assim, como eu não sou conhecida no hospital até que não teria problema”, responde a outra mulher.
A própria Tânia Maris de Paiva é acusada de receber, em 2010, cerca de R$ 49 mil por 80 plantões, sem atender ninguém. “Eu ganhava sete pau e quatrocentos, ganhava os plantões da diretoria e um prêmio de incentivo”, disse em um telefonema. Uma funcionária que trabalha há mais de 20 anos no hospital é uma testemunha da polícia. Ela diz que nunca viu Tânia Maria. “Era frequência de assinatura. Não tinha o ponto eletrônico”, contou.
“Essas pessoas não compareciam ao local de trabalho, causando um enorme prejuízo para a sociedade”, afirma o delegado Wilson Negrão. O Hospital Regional de Sorocaba atende em média 20 mil pessoas por mês. No dia 26 de maio, uma quinta-feira, a fila era imensa do lado de fora. Muitos pacientes haviam chegado de madrugada.
O aposentado Antonio Carlos Gabilan procurou atendimento com a filha de 9 anos. “Desde o começo do ano, ela está tentando marcar consulta com dentista”, disse. Um funcionário confirma a dificuldade. “Tem consulta que demora mesmo. Neurocirurgias, só para o ano que vem agora. Falta médico, falta tudo”, disse.
A equipe do Fantástico flagrou uma cena dramática no hospital. Dona Domingas, de 56 anos, estava passando mal. “Eu nem sei se ela vai aguentar chegar lá onde faz o exame”, diz a filha dela, Elizete Gonçalves. A idosa, que tem Mal de Chagas há 35 anos, vai fazer um exame do coração. A filha diz que Domingas espera há três meses por uma consulta. Depois de quase 2 horas de espera, ela é atendida. “Eu achei a médica com muito descaso para fazer exame. Falou que é por causa de cigarro. Mas minha mãe não fuma”, disse a filha. As duas vão embora com a certeza de que a consulta não valeu de nada.
Telefonema
Um dos acusados de fraudar os plantões é Heitor Consani. Este ano, foi promovido e assumiu a direção-geral do Hospital de Sorocaba. Em um telefonema, realizado mês passado, Consani recebeu um conselho do ex-chefe dele. Antônio Carlos Nasi foi o diretor de saúde da região de Sorocaba de 2007 a fevereiro deste ano.
“Uma das coisas que talvez fosse interessante era pensar na devolução do dinheiro”, diz o ex-chefe em uma gravação autorizada pela Justiça. “Isso a gente chama de uma defesa prévia. Já fui uma vez indiciado. Procurei o promotor, fiz os cálculos e fiz a devolução do dinheiro. Sai como bom moço da história”, completa ele.
Este ano, vários médicos e dentistas acusados de receber dinheiro público irregularmente em Sorocaba passaram a trabalhar na capital paulista. O cirurgião-dentista Tarley de Barros recebeu, no ano passado, por 250 plantões, quase R$ 125 mil. Mas a investigação da polícia e do Ministério Público mostra que ele nem chegou a pisar no Hospital de Sorocaba. E que, se tivesse ido, pelo número de horas recebidas, teria atendido quase 10 mil pessoas em um ano.
Tarley de Carros trabalha num consultório nos Jardins, bairro nobre da capital paulista, a 90 quilômetros de Sorocaba. Segundo os promotores, nos horários de alguns dos supostos plantões, na verdade, ele estava na clínica particular, onde a consulta custa R$ 300. No Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - mantido pelo Ministério da Saúde - Tarley de Barros também aparece como funcionário de um hospital público: o da Vila Nova Cachoeirinha, um dos maiores da capital paulista.
Uma funcionária informou que ele atende de segunda-feira, por volta das 8h30 e 9h. Um produtor do Fantástico voltou nesse dia da semana, e Tarley de Barros chegou atrasado. Ele ficou na sala da diretoria e, 50 minutos depois, foi embora. O cirurgião-dentista deveria trabalhar 20 horas por semana nesse hospital, mas, em ligações realizadas durante a semana toda, a informação no hospital era que ele não apareceu mais.
A equipe do Fantástico foi outra vez até lá na segunda-feira, 13 de junho. Chegou por volta das 8h e ficou em um apartamento em obras bem em frente ao Hospital Vila Nova Cachoerinha, de onde havia uma visão privilegiada do estacionamento dos médicos. Até as 11h20, o dentista não havia aparecido para trabalhar. Uma funcionário confirmou a ausência dele.
“Eles migravam de um hospital para outro, sempre a mesma equipe. o que nós chamou a atenção no decorrer dessa investigação”, comenta o delegado Wilson Negrão. No Hospital Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, trabalha, pelo Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, a cirurgiã-geral Maria Helena Alberici. Ela deveria fazer 30 horas por semana, mas uma funcionária confirmou que ela não é presente por lá.
O Ministério da Saúde informou que o cadastro nacional serve para controlar o destino do dinheiro público. A Secretaria de Saúde de São Paulo informou que orienta os hospitais a manter os dados em dia. De acordo com esse cadastro do Ministério da Saúde, também trabalharia no Hospital Ipiranga a médica especialista em doenças do aparelho digestivo Vera Regina Salim. “Já vai fazer dois anos que ela não está aqui”, diz uma funcionária.
A médica tem um consultório em São Paulo. O produtor do Fantástico marca uma consulta, paga R$ 250 e puxa conversa sobre Sorocaba. Sem saber que estava sendo gravada, ela fala que não chegou a trabalhar no município. “Sorocaba eu conheço bem também porque é aqui do lado e meu marido era diretor do hospital lá”, disse. O marido dela é Ricardo Salim e foi diretor-geral do hospital de Sorocaba entre outubro de 2008 e dezembro passado.
O secretário de Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, disse o que pretende fazer após as denúncias. “A nossa impressão é que é uma quadrilha. Nós estabelecemos a obrigatoriedade do ponto eletrônico, que será implantada a curto prazo e também uma auditoria em relação à presença, em particular aos plantões”, afirma.
Prisões
O casal Vera Regina e Ricardo Salim foi preso na quinta-feira (16). “Ele me assegurou que todos os procedimentos adotados eram legítimos. São funcionários públicos dedicados. No caso do meu cliente e da minha cliente, são a voz que sempre prestaram bons serviços para o estado”, afirma Pedro Luiz de Oliveira, advogado do casal.
A cirurgiã-geral Maria Helena Alberici também foi para a cadeia e o advogado dela não quis se manifestar. O de Tarley de Barros disse que o cirurgião-dentista negou que ele tenha recebido dinheiro público sem trabalhar nos hospitais de Sorocaba e da Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo. “Ele pode não estar atendendo diretamente o paciente, mas está no hospital, coordenando a equipe dele de trabalho. Cumpre a jornada, tanto que ele assina o ponto. Se ele não assinar não consegue receber da secretaria”, explica o advogado Antônio Osmar Baltazar.
O diretor-geral do Hospital de Sorocaba, Heitor Consani, conseguiu um habeas corpus neste sábado (18) e foi solto. “Ele nega peremptoriamente. Eu quero ter pelo menos acesso aos autos para poder me posicionar sobre essa situação”, afirma o defensor de Consani, Alberto Zacharias Toron. Antônio Carlos Nasi também não está mais preso. A equipe do Fantástico deixou vários recados, mas ele não retornou as ligações. A dentista Tânia Maris de Paiva teve a prisão decretada e está foragida.
Cremesp apura conduta de médicos presos suspeitos de plantão fantasma
Conselho de Medicina quer saber se eles ganharam dinheiro sem trabalhar.
Enfermeiros e dentistas foram presos por fraude em hospital de Sorocaba.
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) apura a conduta dos médicos presos na quinta-feira (16) pelas polícias Civil e Militar por suspeita de envolvimento em um esquema que fraudava plantões no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), no interior do estado. A informação foi confirmada nesta sexta (17) pela assessoria de imprensa do Cremesp.
O conselho informou que, se ficar comprovado que os médicos presos ganharam dinheiro público por plantões que não trabalharam, eles responderão a processos éticos profissionais.
Caso sejam considerados culpados no âmbito disciplinar, poderão ser punidos com: advertência ou censura confidencial, censura pública, suspensão por 30 dias e até cassação do registro.
O Cremesp também informou que pediu ao Ministério Público autorização para ter acesso aos documentos dos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
A Promotoria, juntamente com o Grupo Antissequestro da Polícia Civil em Sorocaba e a PM, realizou a Operação Hipócrates, em homenagem ao pai da medicina, para cumprir mandados de prisão contra os suspeitos de integrarem a quadrilha, que agia havia três anos.
Pelo menos 50 pessoas, entre elas diretores, médicos, enfermeiros e dentistas do CHS, recebiam verba por serviços que jamais foram prestados à população que procurava o hospital. O centro atende quase 2 milhões de pessoas de 48 cidades, segundo o Ministério Público.
A ação foi deflagrada na manhã de quinta. Treze mandados de prisão temporária de cinco dias foram expedidos pelo Poder Judiciário contra possíveis mentores da quadrilha. Até o início da tarde, 12 investigados haviam sido presos. Um dos suspeitos é uma dentista, que não foi localizada e é procurada pela polícia.
Entre os presos está o diretor do Conjunto Hospitalar de Sorocaba. A polícia também cumpriu ainda mandados de busca e apreensão de computadores e documentos em 13 hospitais. No Leonor Mendes de Barros, um dos mais movimentados de Sorocaba, os policiais interditaram o 2º andar do prédio, onde fica o setor administrativo, e recolheram computadores e documentos.
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Presos 12 suspeitos de fraudes em escalas de plantões em hospitaisMédicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudesMP diz que grampo flagrou médicos combinando fraude em plantãoNovos depoimentos
Quatro presos ouvidos pela Polícia Civil e Ministério Público negaram envolvimento com o esquema criminoso, segundo afirmou nesta sexta ao G1 o promotor Welington dos Santos Veloso.
“Outros três optaram pelo direito de ficar em silêncio durante o interrogatório. Ainda faltam mais cinco pessoas para serem ouvidas”, disse o promotor, que pretende realizar uma acareação entre os detidos. “Há muitas contradições entre os depoimentos deles e precisamos esclarecer algumas dúvidas”.
Segundo as investigações, o esquema permitia que médicos ganhassem por plantões em dois hospitais diferentes ao mesmo tempo. Verbas destinadas ao pagamento a servidores do CHS eram desviadas para pessoas que não cumpriam suas jornadas de trabalho.
Hospitais são investigados
A polícia disse que o esquema funcionava pelo menos desde 2008. Onze hospitais da capital paulista e de Itapevi, na Grande São Paulo, e outros dois de Sorocaba, onde os suspeitos trabalhavam, são investigados.
Num dos grampos obtidos pela investigação, duas mulheres suspeitas de integrar o grupo de fraudadores combinam quem deveria assinar o ponto de uma delas. “Numa escuta, uma diz claramente que iria assinar no lugar da colega e falou para a outra não aparecer no hospital porque os funcionários poderiam estranhar. Já que ela nunca pisou lá, mas recebia por plantões que não trabalhava”, afirmou o promotor Veloso.
As investigações começaram no ano passado com uma denúncia feita ao Ministério Público. Segundo a polícia, o esquema funcionava havia pelo menos três anos. Os médicos que estavam na lista de hospitais públicos eram, na verdade, funcionários fantasmas, de acordo com a denúncia. Eles recebiam por plantões que nunca eram feitos, de acordo com o MP.
Cada médico ganhava R$ 600 por plantão de 12 horas, o que dava até R$ 15 mil por mês, segundo o Ministério Público. Cerca de 300 mil pessoas podem ter sido prejudicadas pelo esquema porque deixaram de ser atendidas.
Atestados de óbitos
“Estamos levantando os atestados de óbitos registrados no hospital para saber se algum paciente morreu por falta de atendimento médico que deveria ter sido feito por alguns dos suspeitos. Se ficar comprovado que alguma dessa morte foi por descaso, omissão ou negligência de alguém que faltou ao serviço quando deveria ter estado lá, esse suspeito poderá responder por homicídio doloso ou culposo”, disse a promotora Maria Aparecida Rodrigues Mendes Castanho, do Gaeco.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo decretou na tarde de quinta a intervenção no Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Um interventor será nomeado nos próximos dias.
De acordo com um dos delegados do Grupo Antissequestro, Rodrigo Ayres, os 12 suspeitos detidos serão interrogados e posteriormente seguirão para o Comando da Polícia Militar de Sorocaba, onde ficarão presos.
Os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsificação de documento público e fraudes em licitações.
Procurado para comentar o que pretende fazer a respeito da suspeita de envolvimento de enfermeiros no esquema criminoso, o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) informou que iria se pronunciar mais tarde.
Sobre a suposta participação de dentistas, o Conselho Regional de Odontologia de SP (Crosp) vai aguardar a conclusão do inquérito policial. Se for confirmada a culpa dos envolvidos, abrirá uma sindicância.
MP diz que grampo flagrou médicos combinando fraude em plantão
Segundo Gaeco, uma mulher fala para outra que irá assinar o ponto dela.
Conjunto Hospitalar de Sorocaba atende 2 milhões em 48 cidades.
Kleber Tomaz
Do G1 SP, em Sorocaba
imprimir Além das denúncias de funcionários e documentos fraudados dos plantões no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), no interior de São Paulo, escutas telefônicas autorizadas pela Justiça gravaram conversas entre os suspeitos de pertencer à quadrilha que durante três anos ganhou dinheiro público sem nunca ter trabalhado nem sequer pisado na unidade médica.
As gravações contribuíram para o Ministério Público e para a Polícia Civil buscarem indícios dos envolvidos no esquema criminoso.
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Presos 12 suspeitos de fraudes em escalas de plantões em hospitaisMédicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudesPelo menos 50 pessoas, entre elas diretores, médicos, enfermeiros e dentistas do CHS, recebiam verba por serviços que jamais foram prestados à população que procurava o hospital, que atende quase 2 milhões de pessoas de 48 cidades, segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público.
Além do Gaeco e do Grupo Antissequestro da Polícia Civil em Sorocaba, participam da Operação Hipócrates, em homenagem ao pai da medicina, a Polícia Militar. A ação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (16). Treze mandados de prisão temporária de cinco dias foram expedidos pelo Poder Judiciário contra possíveis mentores da quadrilha. Até o início da tarde, 12 investigados haviam sido presos. Um dos suspeitos não foi localizado e é procurado pela polícia.
Representante do Ministério Público e da polícia dão entrevista coletiva sobre o caso (Foto: Kleber Tomaz/G1)Entre os presos está o diretor do Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Ele foi detido em casa, em um condomínio de luxo de São Paulo. A polícia cumpriu ainda mandados de busca e apreensão em 13 hospitais. No Leonor Mendes de Barros, um dos mais movimentados de Sorocaba, os policiais interditaram o 2º andar do prédio, onde fica o setor administrativo, e recolheram computadores e documentos.
Segundo as investigações, o esquema permitia que médicos ganhassem por plantões em dois hospitais diferentes ao mesmo tempo. Verbas destinadas ao pagamento a servidores do CHS eram desviadas para pessoas que não cumpriam suas jornadas de trabalho.
A polícia disse que o esquema funcionava pelo menos desde 2008. Onze hospitais da capital paulista e de Itapevi, na Grande São Paulo, e outros dois de Sorocaba, onde os suspeitos trabalhavam, são investigados.
Num dos grampos obtidos pela investigação, duas mulheres suspeitas de integrar o grupo de fraudadores combinam quem deveria assinar o ponto de uma delas. “Numa escuta, uma diz claramente que iria assinar no lugar da colega e falou para a outra não aparecer no hospital porque os funcionários poderiam estranhar. Já que ela nunca pisou lá, mas recebia por plantões que não trabalhava”, afirmou o promotor Welington dos Santos Veloso.
As investigações começaram no ano passado com uma denúncia feita ao Ministério Público. Segundo a polícia, o esquema funcionava havia pelo menos três anos. Os médicos que estavam na lista de hospitais públicos eram, na verdade, funcionários fantasmas, de acordo com a denúncia. Eles recebiam por plantões que nunca eram feitos, de acordo com o MP.
Cada médico ganhava R$ 600 por plantão de 12 horas, o que dava até R$ 15 mil por mês, segundo o Ministério Público. Cerca de 300 mil pessoas podem ter sido prejudicadas pelo esquema porque deixaram de ser atendidas.
“Estamos levantando os atestados de óbitos registrados no hospital para saber se algum paciente morreu por falta de atendimento médico que deveria ter sido feito por alguns dos suspeitos. Se ficar comprovado que alguma dessa morte foi por descaso, omissão ou negligência de alguém que faltou ao serviço quando deveria ter estado lá, esse suspeito poderá responder por homicídio doloso ou culposo”, disse a promotora Maria Aparecida Rodrigues Mendes Castanho, do Gaeco.
Segundo a Promotoria, o Conselho Regional de Medicina em São Paulo (Cremesp) será comunicado da investigação que culminou na prisão de parte da equipe médica do hospital em Sorocaba. Caberá ao conselho decidir se irá apurar as denúncias contra eles administrativamente ou não.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo decretou na tarde desta quinta a intervenção no Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Um interventor será nomeado nos próximos dias.
De acordo com um dos delegados do Grupo Antissequestro, Rodrigo Ayres, os 12 suspeitos detidos serão interrogados e posteriormente seguirão para o Comando da Polícia Militar de Sorocaba, onde ficarão presos.
Os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, peculato, estelionato, falsificação de documento público e fraudes em licitações.
Médicos e funcionários de hospitais são presos por suspeita de fraudes
Operação da Polícia Civil cumpre mandados de prisão em SP.
Médicos recebiam por plantões em hospitais diferentes ao mesmo tempo.
A Polícia Civil desarticulou na manhã desta quinta-feira (16) uma quadrilha de médicos e funcionários de hospitais públicos no estado de São Paulo suspeita de fraudes em licitação e em escalas de plantão. Segundo as investigações, médicos conseguiam receber por plantões em dois hospitais diferentes ao mesmo tempo.
Os mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos na capital e em cidades do interior. Em São Paulo, até as 8h30, foram cinco detidos. Em Sorocaba, no interior, duas pessoas foram presas, incluindo o diretor do Conjunto Hospitalar da cidade.
Segundo a polícia, o esquema funcionava pelo menos de 2008. Onze hospitais de São Paulo e outros dois de Sorocaba foram investigados.
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