Uma lâmpada em uma central de bombeiros na Califórnia está acesa há 110 anos e ninguém sabe como ou por que ela ainda não parou de funcionar.
A lâmpada foi acesa em 1901 na cidade de Livermore, norte da Califórnia e foi apagada apenas por alguns cortes de energia e a mudança de prédio dos bombeiros em 1976.
A lâmpada famosa e misteriosa tem até um comitê formado em seu centenário. O presidente é o chefe de divisão dos bombeiros aposentado, Lynn Owens. 'Ninguém sabe como é possível uma lâmpada funcionar por tanto tempo', disse Owens.
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Veja a íntegra do vídeo (no site da BBC)
Ele acrescenta que a corrente baixa que alimenta a lâmpada de 60 watts pode ter prolongado sua vida, mas ninguém descobriu porque ela continua brilhando. E Owens afirma que cientistas de todos os Estados Unidos já foram ver a lâmpada. A lâmpada entrou para o livro Guinness World Record e já virou atração turística de Livermore.
"A lâmpada foi criada por um inventor chamado Adolphe Chaillet, que foi convidado pelo governo do Estado de Ohio para fundar uma fábrica de lâmpadas no século dezenove. Ele aceitou o convite e criou uma lâmpada especial", um presente para os bombeiros, afirmou Steve Bunn, que faz parte do comitê do centenário.
Bunn disse que, no começo pensou que a lâmpada centenária era um objeto comum, mas depois descobriu que ela custou muito mais do que as outras e sua fabricação, à mão, deu muito mais trabalho.
E a lâmpada famosa já demonstra isto na aparên
cia de seus filamentos. "A primeira coisa que fiz quando olhei para cima foi notar que o filamento escrevia a palavra 'no' (não, em inglês). Mas, então, olhei de outro jeito e vi que de fato ela dizia 'on', (ligada em inglês)", conta Steve Bunn. Os 110 anos da lâmpada dos bombeiros de Livermore são comemorados em junho.
Saiba qual tipo de lâmpada é mais econômica e como jogá-la fora
Lâmpadas fluorescentes contêm mércurio, um metal pesado que pode contaminar a água da região. Apenas 6% são descartadas corretamente.
Mais antigas e conhecidas do consumidor, as lâmpadas incandescentes iluminam 80% das residências em todo o país.
Elas custam bem menos, um terço do preço de uma lâmpada fluorescente, mas gastam mais energia. É que a iluminação gerada por uma lâmpada comum, de 60 watts, é igual a produzida por uma fluorescente de 15 watts.
Apesar de serem mais econômicas as lâmpadas comuns, as lâmpadas fluorescentes um dia também chegam ao fim. O problema é que elas contêm mercúrio, um material tóxico, e por isso não podem ser jogadas em qualquer lugar.
Hoje no Brasil, de cada 100 lâmpadas frias, apenas seis têm a destinação correta. Se forem jogadas num lixão ou terreno baldio, podem contaminar a água da região.
“O mercúrio, da mesma forma que os metais pesados, também causam problemas neurológicos”, explica a engenheira química Eliane Train.
O risco é aspirar o gás quando a lâmpada se quebra. “O mercúrio pode provocar uma intoxicação aguda três a quatro horas após essa inalação. Pode causar tremores, náusea, vômitos, dores abdominais”, conta o médico Carlos Roberto Naufel Júnior.
Em Curitiba, um caminhão especial faz a coleta de material tóxico. Antes de ir para o lixo as lâmpadas do tipo bastão devem ser embaladas com cartolina recortada. Assim, correm menos risco de se quebrar e de machucar alguém. É importante que a pessoa sempre use uma luva.
As lâmpadas comuns também devem ser separadas do lixo orgânico. Acomodar em caixas de sapato, por exemplo.
Mesmo em municípios que não tem a coleta especial, é dever de cada morador separar o lixo perigoso. Uma das sugestões é usar garrafa pet pra guardar pilhas botões, usadas em calculadoras, relógios. Outra forma é reutilizar embalagens de amaciantes de roupas pra colocar baterias de celulares que você não usa mais.
Uma lei aprovada no ano passado obriga as indústrias a recolher os produtos que elas fabricam. Até agora isso não entrou vigor, mas o comerciante Paulo Takahashi já faz a parte dele.
“Para conservar o meio-ambiente limpo, para não deixar sujeira jogada. Fica vergonhoso pra nós, então vamos dar o exemplo e todo mundo trazer", diz Paulo.
Lâmpadas incandescentes podem sumir das prateleiras até 2016
O objetivo é que sejam usadas apenas as de baixo consumo. Muitos consumidores ainda preferem as lâmpadas tradicionais pelo baixo custo
As lâmpadas que consomem mais energia vão sair do mercado em até cinco anos. O governo calcula que a medida irá trazer economia para o país, mas o preço das lâmpadas mais modernas preocupa o consumidor.
Economia na conta de luz ou na hora de comprar uma lâmpada? A funcionária pública Walquíria Lana prefere o modelo de baixo consumo: “Em termos de custo unitário da lâmpada, ele é mais caro, o custo inicial, mas que se paga rapidamente porque o consumo de energia é muito baixinho”, conta.
Lição que o vendedor Francisco Alves da Silva ensina sempre: “Uma lâmpada comum de 100, ela clareia 100 e consume 100 watts/hora. Uma lâmpada econômica, ela clareia 100 e consome 20 watts/hora, ou seja, 80% de economia, o grande diferencial está aí”, explica Francisco.
É, mas a lâmpada que consome menos pode custar dez vezes mais. Por isso, na casa da dona de casa Antônia Lopes, só entra a lâmpada a tradicional, a incandescente: “Que é mais comum, mais simples e que é também mais barato, que dá pro bolso de todo mundo”, conta.
E ela está em 70% das casas brasileiras. São 300 milhões de unidades vendidas por ano. Mas a lâmpada antiga pode sumir das prateleiras. A partir do ano que vem, o governo vai aumentar a exigência aos fabricantes e até 2016 ela deve ser substituída pela lâmpada mais econômica.
“A nossa intenção é acompanhar a tendência mundial e fazer com outras tecnologias mais eficientes sejam incorporadas no nosso dia-a-dia, fazendo com que haja um ganho de escala na sua produção e uma diminuição do preço ao consumidor”, explica o coordenador-geral de eficiência energética do Ministério de Minas e Energia Carlos Alexandre Pires.
O governo também já fez as contas: em cinco anos vai ser possível poupar o suficiente para abastecer até seis milhões de casas em todo o país. É o dobro do popular Programa Procel, que garante o baixo consumo de energia dos eletrodomésticos.
A indústria pretende passar a produzir as novas lâmpadas, que hoje são todas importadas. E acredita que, com mais oferta, o preço pode cair: “Os preços devem baixar por conta dos incentivos na hora da produção local”, diz o diretor-técnico da Abilux Isac Roizenblatt.
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